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Blog by Dani
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quarta-feira, 30 de abril de 2003 Chico e Vandré Admiro muito Chico Buarque. Nele reside um músico e um poeta fora do comum, geniais. Porém, faço objeção à sua poesia social, quando ele canta as classes pobres. Transmite uma visão pequeno-burguesa, romântica, onde o pobre, o trabalhador é digno de pena. Vejam, por exemplo, "Gente Humilde". Que vontade de chorar! Isso não quer dizer que essas melodias não sejam maravilhosas e as letras repletas de pura poesia, como em "Construção ("Seus olhos embotados de cimento e lágrima"). Mas essa visão pequeno-burguesa (Chico pertenceu ao PCB, stalinista) não vislumbra na classe operária seu papel histórico: a classe social a quem a História reservou o papel principal na construção de uma nova sociedade, justa, igualitária, fraterna, moderna. Uma visão bem diferente, realmente revolucionária, teve Geraldo Vandré. A diferença é brutal. Vejam, por exemplo, o que fala um boiadeiro através de sua canção "Disparada: Na boiada já fui boi, boiadeiro já fui rei Ou então seu chamado em "Caminhando": "Vem, vamos embora que esperar não é saber,
FIM DE SEMANA Neste final de semana irei para o interior (sábado pela manhã já estarei na estrada), num lugar onde "computador" é apenas o estado em que alguém se encontra quando leva uma pancada muito forte. O lugar onde nasci. Um lugar muito bonito e que, se a sorte me ajudar em obter boas fotos, vocês vão conhecer. Mas não vou sem antes dizer uma frase de uma música gravada por Elvis (Can't Help Falling In Love With You) que, na minha humilde porém apaixonada opinião é a frase mais doce e romântica que existe. Mais romântica até do que "I love you" ao som de violinos:
Legal, não? Então pegue a minha mão. Tchau. ps: Vocês estão ouvindo a Rádio Kali FM, não estão? Ah, bom! Pensei que não :)
sexta-feira, 25 de abril de 2003 Poesia de Pessoa
terça-feira, 22 de abril de 2003 Nos braços inspiradores de Morfeu Acontece que fiquei fora de combate por alguns dias. Menos por causa dos feriados do que por uma febre que me acompanhou nos últimos dias. Menos mal, pois “no delírio da febre que ardia”, sonhei com um poema, este que segue. Lindim, não? Nunca havia acontecido isso comigo antes, de fazer um poema dormindo. O título eu dei acordado mesmo. Créditos a Morfeu, Deus dos sonhos, filho de Hipnos, Deus do sono, e sobrinho da Noite e de Thanatos, a Morte, de quem Hipnos é irmão gêmeo. Espero que gostem. Mas não tanto que torçam para que eu contraia febre novamente.
ESPELHO
Desculpem, mas acho que esse poema não é lindim, não!
quinta-feira, 17 de abril de 2003 O PULSAR DA VIDA II
PS: Eu ainda tenho que colocar vários links aí ao lado, como o da Tchela, da Jackie, da Tami, Your Soul... que eu gosto tanto. Assim que puder, estarão aí. Perdoem minha escassez de tempo e minha indelicadeza. Mas não será por muito tempo, prometo.
quarta-feira, 16 de abril de 2003 BUSCA Procuro Alguém
segunda-feira, 14 de abril de 2003 PÁSCOA Esse desenho aí no top recebi de uma pessoa muito especial, INSANA, a Carolina. Como o anterior, que ela também fez para mim. Uma artista de mão cheia, a Carolina. E uma pessoa de quem jamais abrirei mão de gostar. Já os desenhos abaixo, foi a Lika quem me enviou. Ela não sabe quem é o autor. Mas são muito legais, não são? Claro que são! A ampliação compensa o esforço do clique :Þ.
sexta-feira, 11 de abril de 2003 O POEMA QUE EU NÃO FIZ Conforme prometido, um poema novo. Um poema que não foi feito. Engraçado, né? É verdade, ontem eu fui à praia. E estou indo agora de novo. Isso mesmo: estou de folga. Mas não me inveje, trabalhe hahaha.
quinta-feira, 10 de abril de 2003 A PROPÓSITO A propósito do post anterior, anos mais tarde fiz esse poema para ela. Espero que gostem, pois acho que ela não iria gostar se um dia ela ler.
INFÂNCIA DO MEU AMOR PS1: Estou em dívida com quase todos os blogs que gosto de visitar. É que ando um tanto quanto... digamos... envolvido comigo mesmo. Mas não sou caloteiro. Essa dívida vou pagar. Mesmo porque é uma dívida muito gostosa de se pagar.
PS2: Amanhã tem poema novo aqui. Simplizim, mas bunitim. Claro que vocês vão gostar, não é? Então, tá! Vou cobrar. Vão ter que gostar! :)
SIX YEARS OLD Aos seis anos de idade, quando fazia o primeiro ano primário, me apaixonei por uma coleguinha. Meu primeiro amor. "Uma flor que desabrochou", mas, ao contrário da música, não logo morreu. Em vez de camélia, deve ter sido uma sempre-viva essa flor. E também ao contrário da música, não foi só dor quer "deixou neste peito meu". Apenas uma saudosa e saudável saudade. Anos mais tarde escrevi uma carta para ela dizendo que eu fui o primeiro homem a beijá-la depois de seu pai. Grande kali.
Simples assim meu post de hoje.
quarta-feira, 9 de abril de 2003 A Guerra do Iraque e o Capitalismo O banho de sangue promovido por Bush e seu bando nas terras históricas da Mesopotâmia traz algumas lições importantes àqueles que conseguem enxergar nessa guerra um pouco mais do que a encenação de uma caça a um ditador e às suas armas químicas. De uma forma mais evidente do que nas duas Guerras Mundiais, o capitalismo mostra ao mundo sua face de horror. Se nas duas Grandes Guerras havia a disputa de mercado entre potências para "justificar" a carnificina de milhões de trabalhadores em nome da burguesia e do capitalismo, a Guerra do Iraque mostra que já não é necessário tanto e que guerra de conquista faz parte da própria essência do Capital, de sua necessidade imperiosa de expansão, de sede insaciável e vital de subjugar povos e mercados. Uma outra conclusão importante, decorrente dessa primeira, é que a demonstração de força do governo Bush vem exatamente da fraqueza atual da economia americana que o obriga a obter pelas bombas o que o sistema econômico por si só já não consegue pelos métodos normais das leis de mercado dada a crise em que o sistema como um todo está mergulhado. As bolsas demonstram isso claramente. Mas apesar de toda essa pujança assassina, não há saídas para o capitalismo. Essa e outras guerras que virão apenas farão prolongar a agonia desse sistema econômico que, por suas contradições insuperáveis, hoje só pode oferecer insegurança, violência, terror, fome, desespero e morte à humanidade. Que contradições intransponíveis são essas? O Capitalismo, desde que nasceu, só consegue se desenvolver gerando situações que o levarão ao seu próprio colapso e à necessidade de sua substituição por um outro sistema econômico. O Capitalismo cria seus próprios coveiros, no dizer de Marx. Vamos ver uma dessas contradições num exemplo bem simples. Suponhamos uma empresa com 8 operários trabalhando 8 horas por dia. Temos aí uma produção de 64 horas de trabalho/dia. Suponhamos agora que essa empresa, através de investimentos e inovações tecnológicas em sua produção (isso é imperioso para ela se manter no mercado) consiga obter a mesma produção com 48 horas de trabalho/dia, em vez de 64. Suponhamos ainda que o volume dessa produção deva ser mantido, considerando as condições de mercado. O que acontecerá? Acontecerá o que sempre aconteceu, sempre acontece e sempre acontecerá num sistema capitalista: em vez de o empresário manter os oito operários trabalhanho agora numa jornada reduzida de 6 horas, obtendo as 48 horas de trabalho necessárias, ele dará um pé na bunda em dois operários e manterá os outros seis trabalhando as mesmas oito horas de sempre, totalizando as 48 horas de que precisa. Aí sim, o empresário poderá vender sua mercadoria por um preço menor pois usa agora menos operários do que usava antes. Amplie-se esse caso para sua cidade, para seu país e para o mundo e verá a razão e a realidade de tanta miséria e violência e porque vamos chegar a um momento insustentável. Se quiser ter melhor percepção dessa realidade, é só abrir a janela. O problema insolúvel está aí: pensando que está se salvando, o capitalista e o capitalismo está cada vez mais indo para um beco sem saída, pois o operário a quem ele pagava um salário mas despediu era aquele mesmo que comprava sua mercadoria, que permitia que o capitalista a vendesse. Hoje o empresário olha sua mercadoria encalhada nas prateleiras e fica se perguntando "meu Deus, o que está acontecendo?". Deus não tem nada a haver com isso. O demônio, com certeza.
O Capitalismo é um dentista desempregado ao lado de um pobre desdentado, sem que um nada possa fazer pelo outro. Eis o retrato do Capitalismo. O ser humano é o limite do outro, não o seu complemento.
segunda-feira, 7 de abril de 2003 UM FILME, UM LIVRO E UM POEMA Um filme "Sempre que sair um livro novo, leia um velho". Penso que essa frase atribuída a Samuel Rogers (1754-1832) pode muito bem ser aplicada também para filmes. Nesse final de semana, em vez de assistir um desses filmes ganhadores de Oscar, vi Sunset Boulevard (O Crepúsculo dos Deuses), de Billy Wilder. Genial esse Billy Wilder. É a história melancólica - mas ao mesmo tempo extremamente sarcástica - de uma ex-estrela do cinema mudo vivendo num mundo particular, que já não existe mais, a não ser na cabeça dela e de seu fiel mordomo. A semelhança com Dom Quixote de La Mancha é uma feliz coincidência. Uma cena que achei magnífica e que, por si só mostra toda a genialidade de Billy Wilder acontece quando a ex-atriz Norma Desmond (Gloria Swanson) vai visitar o diretor Cecil B. DeMille (interpretado por ele mesmo) no estúdio da Paramont, e num instante em que ela fica sozinha, um microfone suspenso esbarra no penacho de seu chapéu. Ela o afasta com desprezo. A meu ver, Wilder conseguiu passar através dessa cena simples uma simbologia que traduz todo um processo de transformação cinematográfica, o da passagem do cinema mudo para o cinema falado. A casualidade do microfone esbarrando no chapéu de Norma Desmond como que debochando da velha atriz representa a tecnologia ultrapassando os valores humanos, a eles se sobrepondo de forma inexorável. E a atitude de desdém da atriz mostra o despeito impotente de toda uma geração de artistas que estava sendo ultrapassada. De uma sutileza impressionante essa cena. Ganhei o domingo. Um livro E em vez de ler um livro novo, li A Dama das Camélias, de Alexandre Dumas Filho. Obra do Romantismo, mas já com algumas caracteristicas do Realismo, pois retrata aspectos mundanos da sociedade parisiense do século XIX. Não acho que exista ou tenha existido forma de amor tão puro e desinteressado como a da Senhora Marguerite Gautier. O romance ressalva os valores burgueses da família, em sacrifício do amor pessoal. Porém o efeito é contrário: o leitor acaba simpatizando-se mais pelos amor romântico da cortesã do que por sua doação em favor da família de seu amante. Pelo menos foi o meu caso. Um poema Há algum tempo, a Fernanda, do Bavardage, dizia que estava de celular novo. O post dela era assim:" Mudei de celular. Peguem o novo número. :P " Eu fiz o poema abaixo.
NOVO NÚMERO |
Não falo de mim,
nos cartões abaixo para ver os diálogos. imagens: Kim Anderson textos: kali
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