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segunda-feira, 7 de abril de 2003

UM FILME, UM LIVRO E UM POEMA

Um filme

"Sempre que sair um livro novo, leia um velho". Penso que essa frase atribuída a Samuel Rogers (1754-1832) pode muito bem ser aplicada também para filmes. Nesse final de semana, em vez de assistir um desses filmes ganhadores de Oscar, vi Sunset Boulevard (O Crepúsculo dos Deuses), de Billy Wilder. Genial esse Billy Wilder. É a história melancólica - mas ao mesmo tempo extremamente sarcástica - de uma ex-estrela do cinema mudo vivendo num mundo particular, que já não existe mais, a não ser na cabeça dela e de seu fiel mordomo. A semelhança com Dom Quixote de La Mancha é uma feliz coincidência.

Uma cena que achei magnífica e que, por si só mostra toda a genialidade de Billy Wilder acontece quando a ex-atriz Norma Desmond (Gloria Swanson) vai visitar o diretor Cecil B. DeMille (interpretado por ele mesmo) no estúdio da Paramont, e num instante em que ela fica sozinha, um microfone suspenso esbarra no penacho de seu chapéu. Ela o afasta com desprezo. A meu ver, Wilder conseguiu passar através dessa cena simples uma simbologia que traduz todo um processo de transformação cinematográfica, o da passagem do cinema mudo para o cinema falado. A casualidade do microfone esbarrando no chapéu de Norma Desmond como que debochando da velha atriz representa a tecnologia ultrapassando os valores humanos, a eles se sobrepondo de forma inexorável. E a atitude de desdém da atriz mostra o despeito impotente de toda uma geração de artistas que estava sendo ultrapassada. De uma sutileza impressionante essa cena. Ganhei o domingo.

Um livro

E em vez de ler um livro novo, li A Dama das Camélias, de Alexandre Dumas Filho. Obra do Romantismo, mas já com algumas caracteristicas do Realismo, pois retrata aspectos mundanos da sociedade parisiense do século XIX. Não acho que exista ou tenha existido forma de amor tão puro e desinteressado como a da Senhora Marguerite Gautier. O romance ressalva os valores burgueses da família, em sacrifício do amor pessoal. Porém o efeito é contrário: o leitor acaba simpatizando-se mais pelos amor romântico da cortesã do que por sua doação em favor da família de seu amante. Pelo menos foi o meu caso.

Um poema

Há algum tempo, a Fernanda, do Bavardage, dizia que estava de celular novo. O post dela era assim:" Mudei de celular. Peguem o novo número. :P " Eu fiz o poema abaixo.

NOVO NÚMERO

Mudou de celular.
Perguntaram:
"Qual o novo número?"

Num sorriso, respondeu:
"Este!"
Jogou o celular para o alto,
Rodopiou sobre si mesma
E pegou-o de volta,
Sem deixar cair.

Sob os aplausos
Dos que estavam aí, disse:
"Esse é meu novo número.
Alguém pediu bis?"

A lua, que do alto assistia aquela travessura,
Falou para si mesma:
"Que doçura!
Não vou mais deixar
Essa menina sair
Da minha área de cobertura!"

Ps: Por enquanto, o sistema de comentários está fora do ar. Assim que se normalizar, respondo aos comentários feitos nesse meu pequeno recesso fim-de-semanístico.

Kali.
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Não falo de mim,
mas do mundo,
bem mais importante
e interessante.
Quiçá, mais bonito :Þ

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