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Blog by Dani
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segunda-feira, 31 de agosto de 2009 Se eu tivesse diploma de jornalista e encontrasse Belchior antes do Fantástico e de Sônia Bridi![]()
E aí, Belchior?! Sumido, hein, camarada! Vai uma entrevista?
Como chegou aqui no Uruguai?
Direto?
Junto com a esposa.
Estão falando de você o tempo todo no Brasil, do seu sumiço...
E por que decidiu vir logo para o Uruguai?
E essa roupa que você está usando, esse frio todo?
E vai ficar para sempre por aqui?
Não volta mais para o Brasil?
Esse frio não te faz pensar?
E a que conclusão você chegou?
Fique em paz, Belchior. Eu vou indo. Um abraço cálido.
Obrigado pela entrevista, Belchior! Você responde às perguntas como que por música!
Marcadores: Belchior, entrevista.
terça-feira, 11 de agosto de 2009 Descomprando jornal![]() Acontece que diariamente eu ia à banca de jornais da pracinha para comprar a gazeta do dia. Bem, eu poderia fazer assinatura do jornal para gastar menos, mas gostava de aproveitar a ida à padaria e ler o jornal pela rua, na volta. Além do mais, eu estava ajudando alguém que trabalhava e nunca li em nenhuma edição a notícia de que eu tinha sido atropelado. Mas já tinha ouvido falar que a dona da banca era uma piranha que dava para todos os homens do bairro. Isso jamais me incomodou. Eu pagava, ela me tratava com carinho e me dava a única coisa que eu queria dela: o jornal. Até que um dia eu cheguei com o meu jeito de sempre chegar, estendi a mão com o dinheiro. Nem precisava dizer qual jornal eu queria, ela já sabia. Fiquei aguardando. Ela já ia pegando o tablóide para mim, quando um senhor que eu nunca havia visto por lá, passou sua mão contendo 1 real por cima da minha e pediu a Tribuna. Vocês acreditam que ela largou meu jornal para atender o infeliz? Bem educado que sou, fiquei na minha, calado em minha ira. O cara ainda comentou alguma coisa com ela sobre e por trás de mim, ao que ela respondeu: "Não esquenta, não! Esse aí é sangue bom!" Sangue bom o cacete! Meu sangue é A+ e já tive hepatite. Resumo da história: nunca mais apareci por lá para comprar o jornalzinho da coroa de programa, com todo respeito a quem se prostitui. Como disse ontem mesmo um amigo meu, as prostitutas servem para evitar que as filhas de quem as condena sejam estupradas. Gostei da definição. Até fiz as contas. Se eu ficar 20 anos sem comprar o jornal dela, como estou pensando, ela vai deixar de receber exatos R$ 11.320,00.
Mas isso é só na hora da raiva. Daqui a pouco eu volto a comprar jornal com ela. Vinte anos não demoram tanto assim :)
terça-feira, 4 de agosto de 2009 Se eu tivesse diploma de jornalista e Ana Paula Padrão me concedesse uma entrevista![]()
Ana Paula Padrão! Como você está, menina!?
É? Que prêmio?
Jura? Nem acredito! (risos)
Ah, isso é tranquilo! Se você noticiar que eu morri, eu me enterro na mesma hora! Você é uma literal "paulada" na concorrência!
Acho que é porque a mentira é feia, não?
Seu jeans também! (risos) Tudo bem! Vamos lá! Agora é que você vai falar umas verdades! (risos)
Você nasceu no dia de Natal, em Brasília, não é?
Por nada. A entrevista não começou ainda. Foi só para eu saber seu signo. Sagitário. Quando você trabalhou na Globo, você foi escalada para cobrir a guerra do Afeganistão, não foi?
Mas logo você? Não tinham um canhão na redação? (risos)
Boa, boa. E por que você saiu do SBT?
Já pensou em abrir seu próprio jornal? O que você diria de Ana Paula patrão?
Já disseram que você se parece com a Maga Patalójika?
Não.
Não.
Não.
Você enfeitiça.
Beijinho
Marcadores: Ana Paula Padrão, entrevista
Se eu tivesse diploma de jornalista e Chico Buarque de Hollanda fosse meu caro amigo![]()
Salve, Chico!
Amigo, há quanto tempo!
Posso sentar um pouco?
Para dizer a verdade, estava à toa na vida aí me chamaram para fazer essa entrevista. Agora sou jornalista. E você, como está?
Grande Julinho de Adelaide! Onde você arranjou esse nome?
E conseguiu!
Não! Acho que vou cortar essa sua resposta! (risos)
Temos duas coisas em comum, Chico. Fizemos Arquitetura...
Sei disso! A música e a poesia agradecem o abandono! ...e somos tricolores! Sou branco, de cabelos pretos e a barba ruiva, se deixar crescer, e você é branco, de olhos verdes e cabelos castanhos (risos))
E como andam as peladinhas de sábado à tarde?
E aquela mulher que você pegou no mar?
Tudo bem, Chico. Então vamos mudar de assunto. O Collor está voltando, você viu?
Chico, me diga por que a mídia tanto bate em Lula e ele nem tchum? Continua lá em cima nas pesquisas e o povo apoiando.
Caramba! Que bonito! Isso daria uma música, sabia?
Você se acha tímido?
Chico, para não dizer que não falei de valores, você e Vandré protagonizaram dois embates musicais gigantescos, um em 1966 e outro em 1968. A Banda contra Disparada, depois, Sabiá e Caminhando.
Por falar nisso, Zuza Homem de Mello disse que A Banda havia vencido o festival por 7 a 5 e que você foi até a comissão dizendo que não aceitaria a derrota de Disparada. É vero?.
Quando você e Vandré falam do povo, acho que são visões totalmente diferentes do assunto, apesar de ambos estarem do lado dele.
Acho que você vê o povo de maneira parternalista e Vandré, revolucionária. Seu trabalhador é passivo, o de Vandré, ativo; Seu trabalhador é lírico, o de Vandré, heróico. Você tem uma inveja dessa gente que vai em frente sem nem ter com quem contar; para Vandré, essa gente não é boi, mas boiadeiro laço firme e braço forte de um reino que não tem rei; para você, Pedro pedreiro penseiro fica esperando o trem; para Vandré, esperar não é saber, quem sabe faz a hora, não espera acontecer. O que você me diz?
Grande Chico!
Marcadores: Chico Buarque, entrevista, festivais, Geraldo Vandré
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Não falo de mim,
nos cartões abaixo para ver os diálogos. imagens: Kim Anderson textos: kali
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