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terça-feira, 11 de agosto de 2009

Descomprando jornal

Acontece que diariamente eu ia à banca de jornais da pracinha para comprar a gazeta do dia. Bem, eu poderia fazer assinatura do jornal para gastar menos, mas gostava de aproveitar a ida à padaria e ler o jornal pela rua, na volta. Além do mais, eu estava ajudando alguém que trabalhava e nunca li em nenhuma edição a notícia de que eu tinha sido atropelado.

Mas já tinha ouvido falar que a dona da banca era uma piranha que dava para todos os homens do bairro. Isso jamais me incomodou. Eu pagava, ela me tratava com carinho e me dava a única coisa que eu queria dela: o jornal.

Até que um dia eu cheguei com o meu jeito de sempre chegar, estendi a mão com o dinheiro. Nem precisava dizer qual jornal eu queria, ela já sabia. Fiquei aguardando. Ela já ia pegando o tablóide para mim, quando um senhor que eu nunca havia visto por lá, passou sua mão contendo 1 real por cima da minha e pediu a Tribuna. Vocês acreditam que ela largou meu jornal para atender o infeliz?

Bem educado que sou, fiquei na minha, calado em minha ira. O cara ainda comentou alguma coisa com ela sobre e por trás de mim, ao que ela respondeu: "Não esquenta, não! Esse aí é sangue bom!"

Sangue bom o cacete! Meu sangue é A+ e já tive hepatite.

Resumo da história: nunca mais apareci por lá para comprar o jornalzinho da coroa de programa, com todo respeito a quem se prostitui. Como disse ontem mesmo um amigo meu, as prostitutas servem para evitar que as filhas de quem as condena sejam estupradas. Gostei da definição.

Até fiz as contas. Se eu ficar 20 anos sem comprar o jornal dela, como estou pensando, ela vai deixar de receber exatos R$ 11.320,00.


Como vocês podem ver, eu não reajo, apenas me vingo.

Mas isso é só na hora da raiva. Daqui a pouco eu volto a comprar jornal com ela. Vinte anos não demoram tanto assim :)

Kali.
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textos: kali