Poemas kálidos:

A Lenda do Beijo
A Mulher que Namorou o Tempo
Aldeia Global
Evolução
Lábios Trêmulos
Poema do Ciúme
Poesia Concreta
Poema do Blogueiro
Cachorra
 

       
Contos kálidos:


A Repulsa
Duetos
Os Olhos do Velho
Tempestade de Neve



Águas passadas 

2002

jan fev mar abr
mai jun jul

ago

set

out

nov

dez

2003

janfev mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2004

jan fev mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2005

jan fev mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2006

jan fev mar abr
mai jun jul ago

set

out

nov

dez

2007

jan fev mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2008

jan

fev

mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2009

jan

fev

mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2010

jan

fev

mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2011

jan

fev

mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2012

fev

fev

mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

 



Blogs:

 
(Selo que concedo
aos blogs que admiro)

Recebi:

Visitantes:

Powered by Blogger

 

 

sábado, 1 de agosto de 2009

Se eu tivesse diploma de jornalista e Chico Buarque de Hollanda fosse meu caro amigo

Imagem: memória cinematográfica e afins

Salve, Chico!
Kali! Como é que vai?

Amigo, há quanto tempo!
Um ano ou mais!

Posso sentar um pouco?
Faça o favor! O que você anda fazendo?

Para dizer a verdade, estava à toa na vida aí me chamaram para fazer essa entrevista. Agora sou jornalista. E você, como está?
Estou bem. Venho até remoçando, me pego cantando, sem mas nem porquê.

Grande Julinho de Adelaide! Onde você arranjou esse nome?
Adotei esse pseudônimo na época da ditadura para driblar a censura.

E conseguiu!
Claro! Fácil. Toda censura é burra, Kali! Censura é exatamente a limitação da inteligência dos outros para ela não suplantar a sua. Entendeu?

Não! Acho que vou cortar essa sua resposta! (risos)
Entendeu!

Temos duas coisas em comum, Chico. Fizemos Arquitetura...
Não cheguei a concluir o curso.

Sei disso! A música e a poesia agradecem o abandono! ...e somos tricolores! Sou branco, de cabelos pretos e a barba ruiva, se deixar crescer, e você é branco, de olhos verdes e cabelos castanhos (risos))
Rapaz, nem me fale do Fluminense! Deixe em paz meu coração que ele é um pote até aqui de mágoa.

E como andam as peladinhas de sábado à tarde?
Nem pensar! Nesse horário eu jogo bola (risos).

E aquela mulher que você pegou no mar?
Nem me fale! Foi na água, mas o amor é bom mesmo quando em terra (risos). Sei não, acho que Deus me deu mão de veludo pra fazer carícia.

Tudo bem, Chico. Então vamos mudar de assunto. O Collor está voltando, você viu?
Pois é, rapaz! Que coisa! Armou daquela vez como se fosse a última...

Chico, me diga por que a mídia tanto bate em Lula e ele nem tchum? Continua lá em cima nas pesquisas e o povo apoiando.
Seguinte, Kali. De muito gorda a porca já não anda, de muito usada a faca já não corta.

Caramba! Que bonito! Isso daria uma música, sabia?
Fala sério! Pai, afasta de mim esse Kali!

Você se acha tímido?
Não, mas tenho vergonha de dizer isso em público.

Chico, para não dizer que não falei de valores, você e Vandré protagonizaram dois embates musicais gigantescos, um em 1966 e outro em 1968. A Banda contra Disparada, depois, Sabiá e Caminhando.
Não é isso. O que chamam de confronto só existiu por conta dos festivais, já que as músicas concorriam umas com as outras, mas as músicas não brigam umas contra as outras. Só quando tocadas ao mesmo tempo.

Por falar nisso, Zuza Homem de Mello disse que A Banda havia vencido o festival por 7 a 5 e que você foi até a comissão dizendo que não aceitaria a derrota de Disparada. É vero?.
Deixa isso para lá. Estão falando alto pelos botecos. O que será que andam sussurrando em versos e trovas? O que não tem certeza nem nunca terá!

Quando você e Vandré falam do povo, acho que são visões totalmente diferentes do assunto, apesar de ambos estarem do lado dele.
Diga.

Acho que você vê o povo de maneira parternalista e Vandré, revolucionária. Seu trabalhador é passivo, o de Vandré, ativo; Seu trabalhador é lírico, o de Vandré, heróico. Você tem uma inveja dessa gente que vai em frente sem nem ter com quem contar; para Vandré, essa gente não é boi, mas boiadeiro laço firme e braço forte de um reino que não tem rei; para você, Pedro pedreiro penseiro fica esperando o trem; para Vandré, esperar não é saber, quem sabe faz a hora, não espera acontecer. O que você me diz?
Que somos todos iguais, braços dados ou não.

Grande Chico!
Apareça!

Marcadores: , , ,

Kali.
Gostou, assine.



 

 

Não falo de mim,
mas do mundo,
bem mais importante
e interessante.
Quiçá, mais bonito :Þ

Creative Commons License

Blog Kálido, escrito por kali, é licenciado sob as seguintes condições:
Creative Commons:
Uso Não-Comercial-Vedada a Criação de Obras Derivadas
2.5 Brasil License
.

 



Clique
nos cartões abaixo
para ver os diálogos.

imagens:
Kim Anderson
textos: kali