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quinta-feira, 11 de junho de 2009

A Petrobras e a nova imprensa

 

Aconteceu um fato deveras interessante e importante esta semana na mídia escrita, falada, lida e escutada. Em seu blog Fatos e Dados, a Petrobras publicou perguntas de jornalistas endereçadas à estatal, junto com as respostas, antes mesmo que os jornais o fizessem. Foi o maior olé que se viu desde que Pelé deu aquela volta em Mazurkievsky.

E o que isso significa?

Comecemos pelas questões mais importantes e por ela terminemos.

Primeiro.
Trata-se de uma forma inovadora e bastante eficaz de que se serviu uma instituição pública para se defender da imprensa malsã. Quem acredita que a mídia seja confiável, isenta, imparcial ou não tenha interesses políticos a defender, viu através dessa manobra que a quarta empresa mais respeitada do mundo não pensa dessa forma e ainda ofereceu um instrumento inédito e válido para se proteger do quarto poder. Agora ficou mais difícil a imprensa manipular os fatos e as fontes. Só está chiando porque realmente perdeu uma margem de manobra para fazer valer seus interesses e suas más intenções.

Esse recurso já está sendo usado. Vejam aqui no Luis Nassif On Line a forma brilhante, polida e educada com que o assessor especial da Presidência da República para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, mandou a Veja e Diogo Mainardi tomarem no cu, utilizando o mesmo método.

Segundo.
A Petrobras nos apresenta a "meta-imprensa" - a "imprensa da imprensa". Prazer. E isso só foi possível graças à senhora INTERNET que permite a "para-imprensa", a "imprensa paralela" ou a "imprensa de cada um", a verdadeira liberdade de imprensa, expressa nos milhares de blogs, posts e paginas espalhadas pela rede mundial de computadores que permite a pessoas humildes e simples como eu ;) manifestar e publicar a própria opinião sobre tudo, sem serem jornalistas e sem precisar da tutela dos jornais, rádios e tvs que até então detinham o monopólio da informação porque detinham a exclusividade da publicação. Isso é muito valioso. É a democratização da comunicação. Que perdure para sempre, amém. Ferramentas como Blogger, Twitter, Orkut, Myspace, Flickr, Youtube etc. vieram para dar a cada um um pouco do poder que só a imprensa possuía. Agora, até a Petrobras é imprensa e tem seu próprio "jornal", o blog Fatos e Dados. E fez bom uso dele. O meu é o blog kálido, como podem ver :)

Terceiro.
Essa iniciativa permite ver as reais intenções de um veículo de comunicação na abordagem de um tema e na publicação de uma matéria, oculto pela edição antes da publicação. A Petrobras nos brindou com o "making of da imprensa".

Vamos praticar um pouco.

Há poucos dias, o jornal A Gazeta aqui de Vitória promoveu um fórum para ouvir a opinião dos leitores sobre o veto do governador Paulo Hartung à lei que proibia o fumo em ambientes públicos. Um leitor (sigilo da fonte :) escreveu dizendo que o governador agiu assim porque não conseguiu reunir condições morais e políticas para impedir a poluição tabagista do cidadão comum enquanto permitia que a Vale e a ArcelorMittal Tubarão jogassem toneladas de partículas sólidas sobre os lares e pulmões capixabas.

Então. Foi publicada. Só que os sacanas suprimiram as palavras "Vale" e "ArcelorMittal", poderosas empresas da mineração e siderurgia e clientes de publicidade do jornal.

Portanto, não fosse este exemplo de "meta-imprensa" e isso não se tornasse público como agora faço, talvez você não entenderia bem porque essas duas empresas poluem impunemente o meio ambiente capixaba há décadas e vão continuar fazendo isso décadas afora por mais que o governo do Estado e o jornal A Gazeta digam combater a poluição.

Se você pensa que um jornal não se vende, que só vende espaço no jornal, saiba que o jornal é o próprio espaço que ele vende. Capitou?

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