Poemas kálidos:

A Lenda do Beijo
A Mulher que Namorou o Tempo
Aldeia Global
Evolução
Lábios Trêmulos
Poema do Ciúme
Poesia Concreta
Poema do Blogueiro
Cachorra
 

       
Contos kálidos:


A Repulsa
Duetos
Os Olhos do Velho
Tempestade de Neve



Águas passadas 

2002

jan fev mar abr
mai jun jul

ago

set

out

nov

dez

2003

janfev mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2004

jan fev mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2005

jan fev mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2006

jan fev mar abr
mai jun jul ago

set

out

nov

dez

2007

jan fev mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2008

jan

fev

mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2009

jan

fev

mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2010

jan

fev

mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2011

jan

fev

mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2012

fev

fev

mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

 



Blogs:

 
(Selo que concedo
aos blogs que admiro)

Recebi:

Visitantes:

Powered by Blogger

 

 

quarta-feira, 20 de maio de 2009

O muro da ignorância

Agora tem esse negócio aí de cercarem as favelas do Rio para se "preservar a natureza". É o governador do Rio, Sérgio Cabral, que está por trás disso. Como é que um político pode estar em cima do muro e atrás dele ao mesmo tempo? Diz que é para impedir a expansão da favela Dona Marta, zona sul. O muro atende pelo nome de "Ecobarreira", para a gente deixar de ser besta. Diz também que é para proteger a floresta do avanço favelístico e - "principalmente" - para "enfrentar o tráfico de drogas e as milícias, impondo limites ao crescimento desordenado". O que os fuzis não conseguiram durante cinqüenta anos, um muro de três metros de altura vai conseguir, claro. Por que não pensaram nisso antes? Vai ver que teve alguém que pensou, mas pode ser que o cara tenha morrido antes de falar, por conta de uma bala perdida. Pelo menos o diabo da bala foi encontrada.

Agora vem minha crítica, dá licença!

Vem o líder comunitário concordando com esse troço, acreditanto de verdade que o negócio vai mesmo proteger o verde das florestas, as aves em festa, o sol a brilhar, a brisa amiga, a fonte que corre ligeira a cantar. Que vai combater a criminalidade, a violência, a pobreza... Fala sério!

O infeliz nem desconfia de que isso é coisa de político pilantra que não tem o menor interesse em acabar com as favelas, com a pobreza, com a violência, nem em proteger a natureza, porque ele não passa de um reles representante de uma classe que vive política e financeiramente às custas dessa mesma pobreza, dessa mesma favela, da violência e da depredação do meio ambiente: a burguesia brasileña. Em português mais claro, não querem mudar nada, não! Querem é manter esse estado de coisas, pois tudo isso é efeito direto do sistema de dominação e exploração do qual não abrem mão.

O idiota do líder comunitário nem desconfia que, se quisessem mesmo acabar ou simplesmente conter o avanço das favelas, a classe dominante e o Estado que ela comanda simplesmente destruiriam os barracos e construiriam prédios suficientemente decentes para um ser humano morar, liberando espaço livre para as crianças brincarem e para a natureza ficar em paz com sua exuberância.

O estúpido, covarde e submisso líder comunitário não sabe que o muro que estão construindo não é para preservar a mata, mas para preservar a própria favela.

Marcadores: , , ,

Kali.
Gostou, assine.



 

 

Não falo de mim,
mas do mundo,
bem mais importante
e interessante.
Quiçá, mais bonito :Þ

Creative Commons License

Blog Kálido, escrito por kali, é licenciado sob as seguintes condições:
Creative Commons:
Uso Não-Comercial-Vedada a Criação de Obras Derivadas
2.5 Brasil License
.

 



Clique
nos cartões abaixo
para ver os diálogos.

imagens:
Kim Anderson
textos: kali