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sábado, 2 de maio de 2009

Mataram a pintora

Foi enforcada ontem, 1º de maio, no Irã, Delara Darabi, 23 anos, pintora. A história, resumida, é a seguinte: em 2005, então com 17 anos, ela teria matado a prima de 58 (ou 56) anos de idade com uma facada. Desde então estava presa. Respondia também por furto na casa da prima morta e por relacionamento sexual com o namorado Amir Hossain, de 19 anos de idade. Pelo furto e pela relação com o namorado, cumpriu 3 anos de cadeia e recebeu, em público, 50 chicotadas pelo furto e mais 20 pelas relações amorosas proibidas. Delara Darabi nega ter matado a prima. Teria assumido a culpa para livrar o namorado da pena de morte e por achar que fosse ininputável por ter 17 anos. Não era. No Irã, a responsabilidade criminal começa aos quinze anos para os homens e aos nove para as mulheres. Foi condenada à morte em 2007. No processo, houve um laudo pericial afirmando que a punhalada na vítima foi dado por uma pessoa direita, digo, destra. Delara Darabi era canhota. Seu namorado é destro. Outro fato chocante é que ela teria sido denunciada pelo próprio pai. Quando Delara lhe disse que havia apunhalado a prima, ele achou melhor encaminhar a filha à polícia por achar que fazia isso "no interesse da Justiça”, mas hoje se culpa por tê-la entregado às autoridades e por considerá-la inocente. A única salvação para Delara Darabi seria o perdão dos filhos da vítima, aceitando uma indenização do pai de Delara em troca da condenção. Porém uma delas, Hayedeh Amir-Eftekhari, não aceitou perdoar Delara Darabi. Aqui, pinturas de Delara feita na prisão (colaboração de Íris)

Como vocês podem ver, há diversos ingredientes nessa história, de caráter político, jurídico, religioso, sociológico...

Vão dizer agora que o Ahmadinejad, presidente do Irã, é sanguinário e nazista; que ele vem aí e que Lula vai apertar suas mãos sujas de sangue; que o Irã é uma nação bárbara; mas vão dizer também que nos Estados Unidos também tem pena de morte e é um país civilizado; que aqui no Brasil também deveria ter, inclusive que se deveriam reduzir a maioridade penal como no Irã, mas equiparando-a à da mulher de lá, aos nove anos, não à do homem, que é de quinze... por aí vai...

O que eu posso dizer, e garanto, é que esse negócio de pena de morte é coisa da idade da pedra mesmo, da pré-história.

Portanto, totalmente compatível com a violenta e insana sociedade moderna.

Kali.
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mas do mundo,
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