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domingo, 10 de maio de 2009

Hitler, nazismo e eugenia.

O post anterior, da suposta entrevista com o nazista Barollo, foi uma forma suástica, digo, sarcástica de falar sobre um assunto sério. Então, devo uma abordagem um pouco mais precisa. Vou fazer isso apenas para esclarecimentos, pois esse tipo de assunto acaba atraindo nazistas e sionistas para o meu blog, vê se pode.

Hitler. Quem não entende de Economia Política e desconhece os fatores que fazem girar a roda da História está condenado a seguir idéias e líderes que, se não levarem para o inferno, não levam a lugar nenhum. E estão condenados a repetir a mesma tragédia ou farsa que essas idéias e esses líderes protagonizaram.

É o caso do nazismo e seu principal expoente, Adolf Hitler.

Usualmente, o nazismo - forma particular de fascimo - é visto como produto de uma mente aloprada de um cabo do exército alemão. Mas o movimento e a ideologia nazistas não podem ser entendidos fora da luta de classes que acontecia na Alemanha na época. Sem a burguesia e a pequeno-burguesia alemãs, não existiria nazismo. O nazismo e as condições de sua existência existiam antes que Hitler começasse a encher as mentes alemães com seus discursos vazios de sentido e a empurrá-las para o desastre previsível.

E sem tais condições, Hitler morreria como um cabo do exército, veja por quê (tirado daqui):

(...)Mas em Agosto de 1914, quando a Alemanha entrou na Primeira Guerra Mundial, alistou-se imediatamente no exército bávaro. (...) O seu cargo, num lugar baixo da hierarquia militar, refletia a sua posição na sociedade quando entrou para o exército. (...) Depois, em Agosto de 1918, recebeu a Cruz de Ferro de Primeira Classe, uma distinção raramente atribuída a não oficiais, até porque Hitler não podia ascender a uma graduação superior, já que não era cidadão alemão. (...)
Hitler foi um homem ignorante, covarde e presunçoso utilizado pela burguesia alemã não só para enganar o povo alemão e utilizá-lo como bucha de canhão no ataque à classes capitalistas concorrentes e à primeira nação comunista da História mas principalmente para salvar a própria pele diante de um movimento revolucionário que tomava corpo. As maiores vítimas do nazismo não foram os judeus, mas os próprios alemães. Se Hitler estivesse vivo e aparecesse hoje em qualquer cidade da Alemanha, os alemães o comeriam vivo, a dentadas. Seus seguidores que se cuidem. Não haverá segunda chance.

Hitler foi um covarde que, em vez de lutar como fizeram as crianças, jovens, adultos e velhos alemães que ele enviou para a frente de batalha, preferiu se enfiar num buraco como fazem os tatus e ditadores do tipo Saddan Hussein quando estão com medo, e cometer suicídio diante da chegada dos russos. E ainda chamou de fracos os que lutaram e tombaram por suas mentiras, por não terem vencido o inimigo. Um verme.

Nazismo. O nazismo representou uma política desesperada de salvamento da burguesia alemã, com o apoio das classes médias, diante da crise internacional e da perigosa organização e mobilização dos trabalhadores rumo ao socialismo, animados pela Revolução Russa. Foi um instrumento político do capitalismo alemão, especialmente o capital industrial, com amplo apoio do capital detentor dos meios de comunicação alemãs. Essas classes viram num militar ignorante, mas extremamente voluntarioso, o fantoche que precisava para aliciar o povo, quebrar as organizações do proletariado alemão, manter o regime de exploração em meio à crise mundial e garantir a própria sobreviência do capitalismo alemão.

O nazismo não pode ser entendido sem a sustentação financeira do partido nazista pela burguesia alemã, da mesma forma que o führer não poderia se movimentar sem um Mercedes Benz. Hitler e seu discurso raivoso contra judeus e comunistas, e suas idéias idiotas sobre eugenia e raça pura escondiam sob o manto da superioridade racial a dominação de uma classe sobre as demais. Longe de buscar a libertação do povo alemão, queria-o como escravo. Longe de tê-lo como povo heróico, queria-o como bucha de canhão, como de fato aconteceu. Vejam essa análise de Trotsky:

A hora do regime fascista chega no momento em que os meios militares-policias "normais" da ditadura burguesa, com a sua capa parlamentar, se tornam insuficientes para manter a sociedade em equilíbrio. Por meio da agência fascista, a burguesia põe em movimento as massas da pequeno-burguesia enfurecida, os bandos de desclassificados, os "lumpen-proletários" desmoralizados, todas essas inumeráveis existências humanas que o próprio capital financeiro levou ao desespero e à fúria. (Leon Trotsky, revolução e contra-revolução na alemanha).
A história de que o nazismo, em pouco anos, acabou com o desemprego na Alemanha e tirou país do buraco para colocá-las as grandes potências do planeta é pura lenda. Trata-se de mascaramento de dados econônicos, muito comum em democracias e mais ainda em governos totalitários. As mulheres deixaram de ser contadas como desempregadas a partir de 1933; Judeus, a partir de 1935, perderam a condição de cidadãos do Reich, não contando mais como desempregados; Mulheres jovens que se casavam eram excluídas dos cálculos; Ao desempregado eram dadas duas opções: ou trabalhar para o governo sob baixíssimos salários ou permanecer segregado da esfera governamental, longe de todas as suas obrigações, mas também vantagens, como saúde, lazer, etc. E quase todo aumento de atividade econômica foi fruto do direcinamento militarista do Estado. O fato é que o Estado alemão, sob a veborrágica administração de Hitler, se endividou até os cabelos. Hitler, que subiu ao poder com a promessa de acabar com a dívida do povo alemão, mais que a duplicou (também tirado daqui).

De qualquer forma, embora procurasse destruir o marxismo, o movimento nazista acabou servindo de confirmação de uma das máximas marxistas: "em seu atual estágio de produção, o capitalismo só se desenvolve gerando forças destrutivas para a humanidade."

Eugenia. Sobre a eugenia, tomada aqui no sentido nazista, ou seja, racismo puro e simples, não há muito o que conversar. É uma cretinice que só atesta a mediocridade de quem, com base nela, se julga o supra-sumo da raça humana. Raça pura é lenda. Não existe. Até porque, com a invasão aliada, as mulheres alemãs e a suposta pureza ariana germânica foi toda "contaminada" pelo esperma de "qualidade inferior" dos exércitos de homens aliados. Não podemos nos esquecer de que os Estados burgueses formam seus exércitos de gente das classes baixas, que nada tem do que os nazi consideram "sangue azul". Do Estado soviético, na época vindo de uma revolução, então nem se fala. Raça pura é o cacete. Raça pura é a própria humanidade com suas diferenciações e etnias. A eugenia não resiste a uma melhor análise. A riqueza genética vem justamente na maior diversidade cromossômica dos indivíduos que se cruzam. A miscigenação é a síntese da antítese :)

De resto, a humanidade já resolveu esse problema desde os primórdios da civilização, quando o homem primitivo proibiu o incesto. O Homem de Neanderthal é mais evoluído que o nazista de Wiesenthal.

No mundo globalizado, unificado e amancebado de hoje, a "pureza racial" só pode ser defendida por uma escória espúria da humanidade.

Desenhos de Belmonte. Aquele que comeu um nazista atrás de um monte.

Kali.
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