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terça-feira, 14 de abril de 2009

Fraudes, farsas e sonegações.

"Veio, enfim, um tempo em que tudo aquilo que,
antigamente, os homens consideravam inalienável
tornou-se objeto de troca, de tráfico, podendo alienar-se.
Trata-se do tempo em que as próprias coisas que, até então
eram transmitidas, porém jamais trocadas, oferecidas,
mas jamais vendidas, conquistadas, mas jamais compradas - virtude,
amor, opinião, ciência, consciência etc.

Trata-se do tempo em que tudo, finalmente,
passa pelo comércio. O tempo da corrupção geral,
da venalidade universal ou, para expressá-lo
em termos de economia política, o tempo em que todas
as coisas morais ou físicas, tornando-se valores vendáveis,
devem ser levadas ao mercado para que se aprecie
o seu mais justo valor." (Karl Mark, Miséria da Filosofia).

O mar quis, digo, o Marx observou bem um aspecto do Capitalismo que se verifica de forma patente e inapelável em seu atual estágio de desenvolvimento, independente da crise que assola o globo mundial, digo, o mundo global.

Com a combinação da tendência ao monopólio e à queda da taxa de lucro por causa da concentração de capital e das inovações tecnológicas, as empresas privadas, especialmente as pequenas e médias, e também vendedores autônomos (com força!) se vêem obrigados a lançar mão de todo tipo de artifício para garantir a sobrevivência do negócio e deles próprios: a fraude, o dolo, a falsificação dos produtos, a maquiação, a sonegação de impostos, a venda forçada, o calote, a exploração ilegal e predatória da natureza, o comércio de animais e de gente... enfim o roubo, o estelionato, a destruição da natureza, a extorsão... em todas as suas formas, simples ou complexas.

É nessa esteira que surgem diariamente nas reportagens a adulteração dos combustíveis, a falsificação dos alimentos, das roupas, dos remédios... enfim todo tipo de fraude em produtos e serviços cometidos contra o cidadão tipo eu, tipo você, meu caro leitor, minha cara leitora.

Tudo acompanhado, claro, da famigerada sonegação de impostos, ardil preferido da indústria e do comércio capitalista.

Isso é tão vigoroso e abrangente que estabelece uma situação generalizada de insegurança e fragilidade para todos. E isso não se dá apenas no âmbito do comércio das ruas, das feiras, mercados e shoppings. Já tomou conta do comércio eletrônico da internet faz tempo. O problema da sonegação, por exemplo, tem nos sistema de compra e venda como o e-Bay e Mercado Livre seus melhores campos de ocorrência. Muitas empresas utilizam essas feiras virtuais para burlar o fisco. Sorte a sua se a Receita Federal tem poucos fiscais para interceptar sua compra, geralmente enviada pelos correios sem nota fiscal. Você acabaria pagando a conta.

Digo mais: a situação de falsificação é tão generalizada e característica dessa nossa época que já se assentou nas relações pessoais e sociais, onde os valores humanos são comprados e vendidos feito mercadoria. Nada é autêntico e espontâneo, tudo é passado ao crivo do dinheiro. Estamos impregnados até as entranhas desse modus vivendi. Isso nem é novidade. Faz tempo que o capitalismo submeteu ao seu sistema profano de trocas tudo o que era mais sagrado ao ser humano, como os sentimentos de amor e amizade, as opiniões sinceras, as idéias... como disse Marx na transcrição aí em cima.

Não apenas no Brasil, com suas pílulas anticoncepcionais e medicamentos contra câncer transformados em farinha e leite feito de soda cáustica etc., tipo de coisa que se tornou corriqueira no comércio. Isso acontece no mundo quebrado inteiro. Não viu na China, os caras condenados à morte por causa do escândalo do leite adulterado com melamina, um produto que provocou a morte de seis crianças e afetou outras 300 mil ano passado?

Então. Esse monte de coisa afeta nossa vida da forma mais ampla, danosa e próxima possível. E não adianta reclamar do governo e dos políticos. É todo o sistema que precisa ser posto abaixo.

Kali.
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Não falo de mim,
mas do mundo,
bem mais importante
e interessante.
Quiçá, mais bonito :Þ

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