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quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Jesus, diabo, Robinho, crise e os quinze anos das meninas.

Imagem: Wikpédia

1. Jesus e o diabo nas praias

Como eu já havia dito no poste passado, digo, no post passado, o Jesus Vida Verão encheu o saco. Hoje, no jornal A Gazeta, mais reclamações. Olha só o que diz uma das vítimas daquele circo de adoração e louvor a Deus, Luiz Carlos Barros de Castro:

Entretanto, se constitui num verdadeiro abuso esta manifestação "evangélica" movida a álcool, droga e muita, muita insegurança a todos àqueles que residem na Praia da Costa, e que pagam o IPTU mais caro do município.

O problema é o seguinte, e acontece em todo o litoral brasileiro: os municípios litorâneos não reservaram áreas de lazer no espaço urbano ou simplesmente destruíram as que existiam em favor dos capitalistas da construção civil, para que esses pudessem construir em paz $eu$ prédio$. Resultado: as praias, que são da União, viraram o único espaço disponível para o lazer e eventos de todo o tipo. Logicamente, em consequência sem trema, as praias estão sendo destruídas nesse processo de uso e ocupação. As areias da Praia da Costa e adjacências, por exemplo, já estão claras, preto, digo, já estão pretas, claro. De imundície, evidentemente.

Outra coisa que me passou pela mente agora, raciocinando na forma como raciocinam os presbíteros, pastores, sacerdotes, missionários e bispos macedos: para o teto de uma igreja cair na cabeça de um sujeito que vai lá orar, ele deve estar cheio de capeta no corpo, não?

Imagem: Viralata

2. Estupra, mas não mata

Agora tem esse negócio aí de Robinho ter estuprado uma garota de 18 anos na Ingla-enterra, digo, Inglaterra. Eu nunca achei Robinho boa bisca mesmo. Olha para cara dele para ver se você vê alguma vergonha ali. Não tem. Também nunca achei que ele fosse essa coca-cola toda no futebol. Faz isso, faz aquilo, mas não decide porra nenhuma. Não é matador.

3. Crise nada econômica

Tem também a crise, que não cara de dar as patas, digo, que não pára de dar as caras. As crises capitalista, apesar de todas as tentativas de explicações, não passam de ajustes de contas entre a produção ilimitada de mercadorias alimentada pelo sistema de crédito - como se a sociedade não tivesse limites de consumo - e esses próprios limites. Ou seja, o fundo das crises econômicas ainda continua sendo a pobreza humana que o capitalistmo, como se bem pode ver agora, produz juntamente com suas bagulhadas. O que chamam de falta de crédito, nada mais é do que a falta de meios de pagamento em razão de as vendas finais ao consumidor que garantiriam esses pagamentos não terem se realizado. O crédito seca porque ninguém pode pagar. Não é que exista dinheiro. Dinheiro tem até demais. Parado, sem possibilidade de se investir. Como o industrial e o comerciante vai investir se a produção e o comércio de atacado estão parados e eles estão até o teto com produtos encalhados?

E nem todo o crédito do mundo irá reverter a crise, pois ela foi fomentada exatamente por ele. Crédito fácil, destruição das poupanças individuais e nacionais, incentivo ao consumo. As perdas nada mais são do que compensações em relação aos valores altos e fictícios dos papéis no período anterior de prosperidade. Nada pode ser feito. Há apenas que se esperar a poeira baixar. Isso, se não houver uma revolução socialista a caminho, o que é muito pouco provável.

Eis um bom retrato da crise:

Imagem: Abracadabra

Excesso de oferta, mercado abarrotado de mercadorias invendáveis para uma masssa com poder de compra cada vez mais limitado, e que a própria crise limita ainda mais com as demissões de milhões de trabalhadores. O negócio tá feio e teu nome tá no meio. Essa crise é para arrebentar.

Tá, Lula falou que era só uma marolinha, não é? E daí? Você acha que o que Lula fala se escreve? Deixem ele e o PT cuidarem da crise do Capitalismo que é para isso que vieram ao mundo.

4. Poema de 15 anos

Negócio seguinte, dois pontos. A pedido de uma adorável mãe de uma adorável jovem, fiz um poema em homenagem aos quinze anos da garota, completados vespa assado, digo, mês passado. Claro que a poesia era personalizada, cor dos olhos azuis, essas coisas.

Porém, como neste blog escrevo para o mundo todo, resolvi fazer uma versão genérica desse poema de quinze anos, ou seja, uma poesia para todas as mocinhas que completam quinze anos. Legal, não? Vai com o mesmo carinho com que foi para Isabelle. Ficou assim, dois pontos.

POEMA PARA UMA GAROTA DE 15 ANOS
Kali

Quinze, quinze, quinze,
Você diz que já tem quinze,
Venha aqui para contar
O quinze dessa idade
Que cai no sono a ingenuidade
Para a mocidade despertar,
Quando parte a bela idade
para ficar uma beldade,
Se afastando as leviandades
Para a feminilidade despontar.

E se se abatem temeridades,
Também bate maturidade,
E nos destroços da infantilidade
A sexualidade vem brotar.
É quando saem as veleidades
Tocadas pela vaidade
e se abandona todas - quase todas! -
As futilidades
Para toda liberdade se buscar.

Então diga,
Você que vê tudo flor-de-lis
Agora nessa hora
Por esses olhos
Que choram quando ris
E que Deus deu só para ti:

Dos meses que já viveu,
Contou os nove que tinha quando nasceu?
Ah, se esqueceu.
E tirou os que não exerceu,
Aqueles em que ficou emburrada e não cresceu?

E os dias de dor, o amigo, a amiga que perdeu,
A semente que não vingou,
A flor que secou,
O sonho que morreu,
Quando o tempo parou e você não viveu?

E os instantes de bobeira,
Com as amigas, quanta besteira,
Quando o tempo passou e ninguém percebeu?
E os nove foras que levou? Descontou?
Treze, vai um, quatorze... Faltou?

Mas o que importa?
Se não deu quinze, finge.
Se tem menos, atinge.
Se tem mais, restringe.
Se foram anos óbvios, previsíveis,
Faça-se de enigmática, cara de esfinge.
Se foram sem cor, tinge.
Se foram apagados, distingue,
E se achou um tanto silenciosos, grite.
Grite muito, grite!
Mas tem a lei do silêncio? Infringe!
Pois já tem quinze essa laringe!

Idade das rainhas dos castelos de sonhos,
De receosas ânsias,
De querer ser o que já é,
Como se na menina já não estivesse a mulher,
Como se no Zé não habitasse o José,
Como se pudesse ser o que nunca foi,
Como o bezerro que já traz em si o boi,
Como diz a Mãe Natureza à semente impaciente:
"árvore é o que já sois!"

Quinze, idade que te impele
A ser o que já é, O que já traz na pele.
Parabéns, menina!
Parabéns, mulher.

Até que ficou bonitinho, não?

Kali.
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Não falo de mim,
mas do mundo,
bem mais importante
e interessante.
Quiçá, mais bonito :Þ

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