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segunda-feira, 14 de julho de 2008

Etc e tal

O ó is treat

Tem esse negócio aí de o Supremo Tribunal Federal ficar soltando bandido rico. Normal. Estranho seria se fosse o contrário. Como o "Estado Democrátido de Direito" da burguesia vai ficar prendendo burguês, me diga? Como é que o capitalista vai aceitar ser preso pelo Estado que ele comprou? Fala sério. Além do mais, não fica bem para a nata do capital o mundo ver que o principal investidor do país é também o principal especulador e pistoleiro do sistema financeiro nacional, não é mesmo? Atrairia desconfianças e afastaria dez com finanças. Não é a interpretação jurídica de Gilmar Mendes que o obriga a soltar Naji Nahas, Celso Pitta, Daniel Dantas etc e tal. É a necessidade de soltá-los que o obriga a uma interpretação jurídica. E, é claro, se puder afastar os delegados que estão dando em cima, melhor ainda, né? Se os Daniéis Dantas caírem, a República que está edificada sobre essa pedra também rui, Barbosa!

É comovente ver o chefe do Supremo se doer quando colocam algemas em pulsos acostumados com rolex. É como o vento a prisão dessa gente. Como dizia o filósofo chinês Sei Lah Kein: "Não queira ver presos pela lei os verdadeiros ladrões do povo, pois os verdadeiros ladrões do povo são os donos da lei". Acho que foi Zaratrustra quem disse isso, sei lá. Se não foi, deveria ter dito. Perdeu uma execelente oportunidade de abrir a boca.

Internet e eleições

Falando em não calar a boca, tem também esse negócio aí de o Superior Tribunal Eleitoral ficar regulando o uso da internet pelos candidatos. Você viu? Não pode isso, aquilo também não pode etc e tal... Vou dizer para você, caro leitor, cara leitora, o que realmente está por trás desse tipo de decisão. Só aqui no Blog Kálido você ouve essas coisas. Anota aí para depois não dizer que eu não falei.

Primeiro. Se você pensa que TSE, TRE, TST, STF etc e tal são mesmo insituições imparciais, que estão acima do bem, do mal, das classes sociais e do sistema de exploração ao qual justamente dão a sustentação jurídica, é melhor parar por aqui. É melhor você estudar Direito, digo, estudar direito esse negócio.

Impor a canditados restrição de uso da internet na divulgação suas propostas, golpeando a liberdade de expressão, é, na verdade, evitar o "perigoso" crescimento de candidaturas de apelo popular, já que a internet é um dos espaços mais democráticos e abrangentes que existem hoje em dia: é barato e não precisa prática, nem tampouco habilidade, qualquer criança faz, qualquer criança se diverte.

Aí está o verdadeiro motivo de colocar mordaça nos candidatos, sejam eles de que ideologia, partido e conta bancária forem. Em nenhum outro meio de comunicação haveria tanta igualdade entre os candidatos em termos de acesso ao eleitor e tanta liberdade e espaço a para exposição das idéias, propostas e projetos. Também não haveria tanta liberdade para o eleitor optar, sem as limitações de tempo e de horário da propaganda eleitoral gratuita do rádio e da TV. Como o acesso é fácil e o custo é baixo, favoreceriam mais os canditados pobres. É só por isso que o uso da internet por candidatos e candidaturas está sendo barrado. O resto é discurso vazio de "proteção à Democracia e aos valores democráticos". Daria vontade de chorar de tanto rir se a vontade de rir de tanto chorar não fosse maior.

É impressionante o esforço de juízes e ministros da Justiça Eleitoral para manter a farsa eleitoreira da "igualdade entre as candidaturas", para dar ao eleitor a falsa aparência de que todos são iguais, vender a mentira da "igualdade eleitoral", como se não existissem os candidatos de classes sociais diferentes e de campanhas totalmente distintas em termo de custos e de alcance.

Isso, sim, que é enganar o eleitorado. O resto é promessa de candidato e propaganda eleitoral gratuita. O medo que as classes dominantes sentem de candidaturas ligadas às camadas mais baixas e trabalhadoras do povo é tão real que chega a ser virtual.

A influência do poder econômico só vai começar a ser vencida quando os meios de comunicação de baixo custo e de alto alcance como a internet forem amplamente abertos ao debate de propostas e de idéias. Sem censura, coisa que, dizem, a Constituição proíbe.

Boi na linha

Tem ainda esse negócio aí do Eike Batista. Ao que parece, outro grande especulador do sistema financeiro nacional, além de corno, claro. Cria empresas como quem cria galinhas rsrs. E todo mundo compra as ações. Com o patrocínio da imprensa cucaracha brasileira, claro, tipo revista Veja que apresenta Eike ao Brasil como "gênio" dos negócios. A meu ver, um aventureiro na jogatina financeira. Foi acusado pela Polícia Federal de fraude em licitação na exploração de recursos minerias na Amazônia, de remessa ilegal de dinheiro para o exterior e venda de empresa para grupos estrangeiros. Até as piranhas do Rio Amazonas sabiam que esse negócio da privatização iria fazer as riquezas minerais do país parar na mão dos gringos. Quanto mais as piranhas do mercado financeiro.

Magnata da mineração, Eike é filho do ex-presidente da Vale, Eliezer Batista. Esse parto de um príncipe da mineração privada por um rei da mineração pública ainda está para ser explicado. Quem esconde esses fatos são as mesmas pessoas que mostram Lula dando à luz Lulinha, pode estar certo.


(texto: kali)

A classe média que os pariu

Falando em filhos, eu não acho que a classe média é mais consciente do que as classes pobres no item progenitura. Guardadas as devidas proporções, a irresponsabilidade é a mesma. Boa parte das pessoas que vejo com filhos, não têm a menor condição de tê-los, seja pela estrutura emocional, pela condição cultural ou pela própria situação financeira, sem falar, claro, o principal: a conjuntura atual do mundo capitalista, que é totalmente incerta, violenta, decadente, hostil para qualquer tipo de animal, ainda mais para os que andam sobre duas patas. E todos querem seus filhos. Vejo nisso uma grande insanidade. O desejo de ter filhos, é natural e contagiante, mas na atual ordem mundia é preciso contar até dez. Dez milhões. A ninguém é dado assegurar a nenhum rebento um futuro tranqüilo. Nem os magnatas, se vc quiser saber.

Acho o fim da picada um homem, por exemplo, gerar uma filha e depois sofrer dela uma ação de alimentos. Ou o contrário. Deprimente. Todas as relações humanas se converteram a relações monetárias. Tudo o que era sólido se desmanchou no ar. Parece que a humanidade evoluiu para a frente da traseira.

O resultado é que hoje em dia o que mais se vê são pais e mães à beira de um ataque de desespero diante do que o sistema reservou a seus filhos queridos. O mesmo acontecendo com os filhos em relação aos pais. Triste.

Kali.
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mas do mundo,
bem mais importante
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