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quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Presentes, Huck, Jabour e Banco do Brasil.

1. Presentes

Nesses dias da criança eu ganhei esses presentes aí de cima. Muito bom ser menino bonzinho, não? Show de bola. Obrigado, Patty, obrigado, Erika.

2. Luciano Huck.

Nessas épocas, passo em frente a uma banca de revistas e vejo uma delas me perguntando assim, com a foto do Luciano Huck na capa: "ele merecia ser roubado?". Para quem não sabe, Luciano Huck teve seu relógio Rolex, de R$ 10.000,00 roubado há coisa de um mês, no Rio de Janeiro.

Antes de responder, eu pergunto. O que Luciano Huck faz de bom para a humanidade, além de ficar ludibriando o público jovem com as maiores asneiras possíveis? O que ele faz de útil e de interessante para ter tanto dinheiro assim? O que faz Luciano Huck, além de ministrar um ópio televisivo para ludibriar a garotada e incutir nela valores e conceitos desprezíveis e sem sentido, num mundo tão sem perspectivas como esse? Por que merecia ter um Rolex no pulso uma pessoa que faz tanta gente perder a hora com baboseiras?

Acho que já respondi a pergunta, não? Então. Claro que merece ser roubada uma pessoa que faz questão de expor sua riqueza, da mesma forma que expõe seus filhos, a um público faminto e desgraçado como o nosso. Claro que merece ser roubado um cara que debocha da miséria alheia com seu luxo. Claro que merece ser roubado um cara de comunicação de massa que assume hábitos e valores das elites. Não basta um relógio comum para ver as horas, abestalhado?

Você não pode reclamar, Luciano Huck. Você já roubou muito tempo dessa gente com suas asneiras. Estão quites. Foi bom também para mostrar que a miséria não é aquilo que aparece na novela das 7 ou das 8, não é a apologia que a Globo faz dela, nem a idéia que fazem dela os que vivem numa redoma de fantasia. A barra é muito mais pesada, mano. Não fique verde de raiva, Luciano. Vai cuidar do Joaquim, vai. E vê se pára de encher o saco com essa merda de relógio.

3. Jabour.

Ontem li Arnaldo Jabour. Comprei o jornal, e acabei lendo. Não sei por que cargas dágua perco tempo com essas coisas. Por ser engraçado, acho. É isso. É muito divertido ver um dito inteliquitual vociferando, esbravejando, estrebuchando contra uma realidade que ele está longe de entender.

Como sempre, teceu suas teses e elucubrações fantasiosas e cinematográficas sobre o Brasil atual. Leia-se Mônica Veloso, Renan Calheiros... essas coisas, etc. e tal. É incrível como pessoas do cinema conseguem dar ares de sagrado ao que é vulgar, como essa Mônica Veloso. É incrível também como pessoas ditas inteligentes, acreditam, se apegam e absolutizam valores abstratos, ideológicos e tão relativos quanto a moral, a ética, a democracia, a honestidade. É incrível como Arnaldo Jabour se esforça tanto para encontrar palavras belas e de efeito para não dizer absolutamente nada! Perdido no meio de uma imensa mata, não consegue falar da floresta, apenas do cocô do tamanduá. É incrível como uma pessoa considerada culta prega aos quatro cantos que, se os políticos fossem honestos, a realidade do país mudaria totalmente. Ele acredita mesmo que tudo mudaria se os paus-mandados da burguesia brasileira se contentassem em defender os interesses e os bilhões das grandes corporações nacionais e internacionais ganhando apenas seus salário de deputado e senador. É incrível como esses intelectualóides condenam os cachorros e bajulam seus donos. É incrível como eu perco meu tempo lendo e falando de Arnaldo Jabour e adjacências.

Leio Arnaldo Jabour, Diogo Mainardi e essas merdas como quem assiste a animais rosnando e se debatendo dentro de uma jaula. Só que, dos animais peludos, eu sinto pena. Dos pelados, eu rio.

4. Banco do Brasil

Também ontem, fui, pela manhã, à agência do Banco do Brasil da Praia da Costa (Vila Velha, ES)onde abri uma conta e passo uma raiva danada. Mas não deixei por menos.

Atenção moradores da Praia da Costa e adjacências que ora passeiam por esse singelo blog!: Não façam a besteira que eu fiz de abrir uma conta na agência do Banco do Brasil da Praia da Costa. Dois caixas para atender o povo, tá bom? Só que um é para atender os idosos, tomou? O Banco do Brasil é um retrato do próprio.

Então. Eram 10:20h. Entro na agência e pego a senha 608. O atendimento estava no número 606, mas reparo que só existe um atendente e me lembro de ter me esquecido em casa um par de sapatos para consertar, que tem um sapateiro ali perto. Mas eu não estava descalço, não, viu?. Decido ir em casa e voltar à agência depois. "Se já tiver passado minha vez, tudo bem, pego outra senha; pelo menos, corro o risco de aproveitar meu tempo". Moro na Prainha, nem tão longe assim, e estava de carro. Entro no serviço ao meio-dia, em Vitória. Voltei à agência às 10:40h. "Com um par de sapatos estragado na mão, Kali?" Não, mané! Eu deixei no claro, carro, digo, deixei no carro, claro!"

E em qual número estava o atendimento? Quem disse "continuava no 606!", acertou! O mais engraçado é que chegavam clientes de empresas e eles mandavam logo subir para serem atendidos. A mulher que estava com a ficha 607 se levanta, entrega a senha para mim e me diz: "Desisto! Ontem eu tambem não consegui ser atendida! Amanhã eu volto. Tenho que estar em Vitória ao meio-dia!". Eu também tinha que estar. Então respondi em alto e em bom som, para todo mundo ouvir mesmo: "Banco do Brasil é o retrato do Brasil. Atendem bem aos empresários, mas o povo... tem que se lascar, mesmo."

Mesmo com o tempo apertado, resolvi esperar mais um pouco para ver no que iria dar aquilo. E deu no que tinha que dar mesmo: chegou a minha vez de ter que ir trabalhar sem ser atendido. Aí eu pego a ficha deixo em cima da mesa dizendo: "meus protestos pelo mau atendimento! O Banco do Brasil é ótimo para fazer campeonato de vôlei de praia, mas para atender cliente, que é bom, é uma merda!".

Na verdade, foi exagero falar em mau atendimento, pois nem mesmo cheguei a ser atendido, não é? Então. Vou ter que voltar naquela merda amanhã, já que hoje fiquei fazendo esse post. Pô, eu só queria incluir, no débito automático, algumas contas que não consegui incluir pelo caixa automático! É querer demais?

Rapaz (moça também!), eu fico mordido com o que fazem com as estatais, especialmente com os gastos com publicidade em detrimento dos serviços, como no Banco do Brasil, Petrobras, Caixa, Correios... Uma outra hora eu falo mais sobre isso, mas vimos, no escândalo do Mensalão, como a coisa mais ou menos funciona. É muita grana que rola. Por isso é que os Duda marqueteiros de Mendonça é que se tornam peças-chave nas campanhas eleitorais e no próprio decorrer do mandato. É por aí que a grana rola. O preço da criação publicitária não tem, em tese, uma forma de mensuração, e aí o céu é o limite.

E ainda criam essas peças ridículas como fizeram para o BB: "Banco do Pedro", "Banco da Márcia"... do Pedro, da Márcia o cacete! Banco do Zé Dirceu, do Duda Mendonça, do Jeferson, do Renan Calheiros...

O Banco do Brasil é dos porcos.

Mas não pense você que são um ou dois, não. É uma quadrilha inteira.

Moça (rapaz também!), me dá náuseas, vontade de vomitar mesmo, quando entro no Banco do Brasil e sou mau atendido e penso nessas coisas e nessa demagogia de chamar o Banco do Brasil de Banco do Kali, por exemplo. Eca! O estômago embrulha todinho. As agências do Banco do Brasil deveriam distribuir remédio contra enjôo para seus clientes. Ficaria assim:

Cara (coroa também!), o fato é que, com as privatizações, as poucas estatais que restaram, como Banco do Brasil, Caixa, Petrobras, Correios, acabaram se tornando o foco de interesse dos políticos, o lugar de toda promiscuidade entre a coisa pública e a privada, de orgia política e de bacanal ideológico, essa é a verdade.

Ouvi dizer que a Vale do Rio Doce vai mudar de nome. Mas não é por causa do post em que eu brinquei com a logomarca dela, não, né? Ou foi? :)

Kali.
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mas do mundo,
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