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sábado, 18 de agosto de 2007

Língua portuguesa, Pato Donald, crise e dondocas cansadas.

1. O Poema de Ana Paula e o da Língua Portuguesa.

Acabei lendo para o pessoal a Poesia que fiz para Ana Paula (post anterior), pois ela havia gostado muito quando mostrei para ela. Na verdade, não mostrei. Apenas passei o endereço do Blog Kálido e ela leu diretamente aqui. No dia seguinte, disse que achou maravilhoso, que chorou muito e que mostrou para uma amiga dela, a Fernanda, que está na China e também é servidora do TRT, vê se pode. Esse mundo é uma bola mesmo, não? Li na frente de todos, ela ficou emocionada, todos gostaram, fui elogiado pela juíza, obrigado, e tudo acabou bem. Ela está bem em Aracruz e eu vou bem aqui, num sábado, em frente do computador. Obrigado, de novo.

Engraçado como são as coisas. Uma vez escrevi aqui um poema sobre a língua portuguesa e achei o máximo. Acontece que ontem li o poema novamente e fiquei decepcionado. Como pude achar bom uma poema tão confuso como aquele? Lá fui eu consertar. Eu vivo mexendo nos meus pemas, sabe? Como plantas, eu vou cuidando. Até que acabam ficando bonitinhos, com o tempo.

Então aqui vai a nova versão, repaginado. Agora ficou bom mesmo, eu acho. Pelo menos até daqui a uns tempos, quado voltar a ele e achar que não era tão bom assim como eu estou falando agora. Fala da língua portuguesa, à la Camões, mas sem pretensões, claro. Apenas uma reles referência de estilo para lembrar um pouco o grandessíssimo poeta luso.

PORTO GALO, PORTUGAL
Kali (singela homenagem ao povo português e à língua portuguesa)

De um porto europeu
Nasceu um povo
De navegar preciso,
De rota certa,
Que abriu as portas do mar
E as deixou abertas.
Portais que nem os deuses abissais
Dos oceanos colossais,
Ousaram de novo fechar.
E nunca mais naus erraram incertas
Nem nunca mais as águas dos sais
Restaram desertas.
E as mentes dos povos,
Como as velas longe dos portos,
Para sempre ficaram abertas

Galo chamava-se o porto.
E qual outro nome teria
Um porto onde nascia
Um povo que se liberta,
Levando na garganta um canto
Inculto e belo,
Um canto que desperta?

2. O traço errado da Disney brasileira

Acontece que a Disney brasileira lançou as obras completas do genial Carl Barks, o desenhista americano dos patos, já falecido. Morreu em 2001. É a coleção O Melhor da Disney. Tudo bem, tudo bom, tudo legal. Como diz a propaganda da caninha 51, "uma boa idéia".

Sem falar do valor artítico dos desenhos, as histórias do Pato Donald, dos seus sobrinhos, do Tio Patinhas e da pataiada toda têm também um valor histórico muito grande, pois transportaram para as páginas em quadrinhos a cultura, os valores, os pensamentos, os costumes, a política e até mesmo a filosofia de toda uma época. No caso, os anos 50 e 60. Carls Barks parou de desenhar em 1969 ou 1970, por aí, se não me engano.

A merda toda - essa é a palavra - é que os disney-produtores refizeram os textos, não reproduzindo as gírias, as expressões, frases, diálogos, nem mesmo as músicas ♪♫'♪♪.♫'.♪♫ da época em que as histórias foram lançadas e traduzidas aqui no Brasil, vê se pode. Ao contrário, jogaram o modo de falar atual sobre desenhos antigos, pelo que deu para notar. Dá para entender uma merda dessa? Não, não dá! Se era para fazer uma homenagem ao desenhista dos patos e fazer o registro histórico das histórias em quadrinhos, por que colocar frases modernas idiotas no bico dos patos? Que sentido tem jogar o falar moderno sobre um desenho antigo? Falai sério, disneylândios!

Calma, que a merda não pára aí, não! O mesmo que fizeram com o texto, fizeram com a imagem. Explico. Vocês sabem que naquela época não havia computador, né? Pelo menos nas casas não havia. Os que existiam eram embrionários, umas jacas que não poderiam dar a menor ajuda para um desenhista como Barks que - isso talvez vocês não saibam - desenhava em casa. Então os caras, a título de "restauração", desfiguraram totalmente as cores originais, chapadas. Tascaram degradês até não poderem mais! Sabe aquele efeitos "gradientes" do CorelDraw e demais editores gráficos? Tentando dar um efeito tridimensional, vê se pode. Então. Toda arte está inteiramente ligada à tecnica que a produziu, concorda? Concorda sem corda? O desenho era todo feito a mão, pintado a mão, escrito a mão, tudo a mão. Só reprodução que era feita pela indústria gráfica. Aí vem os caras, escaneiam aquela historaiada toda e mete efeitos fotochópicos e estrombóticos no desenho simples e criativo do desenhista dos patos. Deve ter sido tudo feito por estagiários. Fala sério! Engraçado é que, num dos volumes eles colocam até os esboços feio por barks. Se era para preservar a porra da criação, porque não mativeram como estava? Fala sério.

Espera que a merda não pára aí! Os desenhos eram todos "fatto a mano", não erram? Erram sim, pois a mão à vezes falha, o que não deixa de ser interessante, como peculiaridade de uma técnica. Como eram feitos a mão, os letreiros, textos e avisos que apareciam na história também eram feitos a mão, concorda comigo? Concorda sem corda? Sabe o que os caras tiveram a capacidade de fazer???? Trocaram as letras manuscritas das cenas por fontes de computador, você acredita? Talvez contraram estagiários preguiçosos e que não sabem escrever a mão. Pior, os coitados não souberam nem colocar os dizeres na perspectiva correta em relação ao ângulo que Barks escolheu para desenhar a cena. Fala sério.

Mexeram com muita coisa, principalmente com o trabalho de um desenhista genial e com o espírito de uma época.

De qualquer forma, estou adquirindo todos os volumes. Já está no n.º 30. Isso quer dizer que já gastei uns R$ 500,00 nessa coleção. Tudo bem, porque o geral, as tiradas, as peripércias, as piadas, o humor e o traço de Carl Barks ainda está lá, por baixo dessas modernidades sem graça. A gente ainda vê, apesar da falta de respeito e da merda toda que fizeram.

3. As crises das bolsas

O fato é que as crises são inerentes ao sistema capitalista. Ao desassoriar a compra da venda através do dinheiro, o capitalismo traz em suas entranhas as condições para as crises econômicas e financeiras como essa recente, que ainda perdura. Outro fato é que essas crises são cada vez mais freqüentes e maiores. É preciso entedendê-las. O blog Rumores da Crise presta um grande serviço nessa questão. Traz textos muito bons como esse que está lá agora, "PROCURA-SE UMA NOVA BOLHA".

Tentam colocar uma causa isolada para a queda geral das bolsas no mundo inteiro. No caso, o mercado imobiliário. Pode ter sido o estopim, mas se fosse a causa em si, seria simples. Tudo está interligado.

A verdade é que nessas crises acontece uma perda imensa de capital e uma transferência enorme de dinheiro das mãos de uns para as mãos de outros.

Depois eu falo mais nisso, pois agora vou falar do...

4. O movimento Cansei e o boboca que debochou do Piauí

Esse movimento Cansei nasceu para não dar certo, claro. Como bem disse Cláudio Lembo, "movimento de dondocas enfadadas". Até a Ivete Sangalo tá no bolo. Dá para engolir uma baiana vedete Sangalo que é dona de um jatinho dizer "cansei do caos aéreo". Fala sério! Vai gostar de aparecer assim nos infernos.

Tem também esse Paulo Zottolo, presidente da Philips, um dos idealizadores desse movimento dirigido contra o governo Lula. Ele disse que, "se o Piauí deixar de existir ninguém vai ficar chateado". Como assim, cara-pálida? Ninguém vai ficar chateado mesmo? Mas a Philips também não vende suas bugigangas para aqueles lados de lá? Fala sério. Tem coisas que só a Philips fala pra você.

É bom que surjam esses movimentos de grã-finos porque, ao se projetarem, ao se manifestarem seus líderes, ao falarem à nação, o povo vai conhecendo melhor sua burguesia nacional, sua idiossincrasias, seus preconceitos, seu atraso, sua falta de cultura, seu oportunismo político, seu desprezo com o povo, sua ganância, sua mesquinharia, sua arrogância, sua prepotência...

Pelo menos para isso, Lula serviu, para obrigar o empresariado a sair da toca, de onde sempre manipularam seus políticos fantoches. Agora eles têm que aparecer em cena, já que muitos de seu bonecos se quebraram.

Como essa, o maranhense fica do lado do Lula. Que habilidade política!

Eu me cansei de Lula, mas dessa raça aí eu já me cansei há muito mais tempo.

Kali.
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Não falo de mim,
mas do mundo,
bem mais importante
e interessante.
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