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sexta-feira, 1 de junho de 2007

Um pouco de alguma coisa. Um nada de algo.

Achei a japonesa Riyo Mori bem mais bonita. Falta a Natália Guimarães um certo ar angelical e diferenciado, próprio desses padrões "misses" de beleza. Não, não estou dizendo que ela tem cara de sem-vergonha, mas que ela tem uma expressão meio batida, um tanto quanto vulgar, tem. É a impressão que me passa. Mas é muito bonita, com certeza. Mas esse negócio de Miss é coisa ultrapassada e atrasada. Não cabe mais no mundo moderno. Fala sério. Miss Queça!

Tem também esse negócio aí de a japonesa desfilar com o mesmo modelo de vestido Gucci com que a atriz Oprah Winfrey foi à festa pós-Oscar da Vanity Fair. Mas isso acontece, não tem a menor importância e nem sei porque estou colocando isso no meu blog. Vamos mudar de assunto. Vitória e Brasil.

Anteontem, outra vez uma lancha passou por cima de um nadador, aqui em Vitória, Espírito Santo, Brasil. No mesmo lugar, Enseada do Suá, Curva da Jurema. Dessa vez a vítima foi um salva-vidas, vê se pode. Já deceparam a perna de Lars Grael, o iatista, vocês se lembram. Depois detonaram o braço de um rapaz, o engenheiro Felipe Domingues Brito. Neste último caso, a polícia aponta o empresário Rodrigo Codeceira Campello como o responsável pelo acidente que causou a amputação do braço do engenheiro. A polícia tem até uma gravação do sujeito tripudiando sobre o fato, dizendo que vai mudar o nome da lancha dele para "toquinho" ou "cotoco", algo assim.

O problema é o seguinte: aqui em Vitória do Espírito Santo, tem um pessoal que se acha rico, mas é pobre de quase tudo, especialmente de espírito. Então eles pegam a lancha que eles chamam "iate", às vezes comprada a prestação, e vão para a beira da praia se exibir para o pessoal da areia. Geralmente fazem isso depois de encherem o rabo de uísque falsificado. Aí acontecem os desastres. Isso não acontece só em praias de menor cotação. Na praia mais badalada do Estado, Bacutia, em Guarapari, a cena se repete. A impressão é que a Capitania dos Portos não fiscaliza porra nenhuma. Ou melhor, fiscaliza até ouvir a famosa frase: "o sr sabe com quem está falando?" ou "o sabe quem é o dono desta embarcação? É o Fulano de Oliveira de Tal, conhece?". E La Nave Va.

Mas por aqui a coisa não anda feia apenas no mar. Em terra firme, num desses finais de semana um empresário capixaba, Matelz Thadeu Andrade, 46 anos, morador do bairro Jardim da Penha, de classe média, dono de uma concessionária de veículos, matou a tiros um jovem universitário Vinícius Brandão Nascimento, de 22 anos. Motivo: desentendimento de rua, por causa de namoradas. O irmão do assassino disse que ele é uma pessoa de boa índole. Porque uma pessoa de boa índole tem porte ilegal de uma arma roubada escondida dentro do carro, ele não respondeu. Nem vale a pena perguntar.

O interessante é que o atirador é um típico cidadão classe média aqui de Vitória. Membro de um Clube grã-fino de Vitória, o Clube Ítalo-Brasileiro e filiado ao PHS - PARTIDO HUMANISTA DA SOLIDARIEDADE, vê se pode haha.

Bem pelo menos, a turma parou de falar em pena de morte, por ora.

Pois, vocês sabem, os alvos da pena de morte não tem o biótipo desse tipo de delinqüente. Ele não é branco, é preto; ele não é rico, é pobre.

Nossos conceitos de justiça são conceitos de classe, esteja certo.

Sinceramente, cada vez mais fico menos esperançoso com esse país. Olha só. Vocês viram o negócio da reconstituição do crime lá em Mato Grosso, dos policiais militares usando munição de verdade em vez de balas de festim? ...fala sério... ...isso não existe... dá para ter esperança num país tão desgraçado assim?... ai, ai...

É muita miséria, muita pobreza, muita humilhação, muita carência, muita indigência, muito nada. O que vem depois, a violência, a baixaria, a ignorância, as tragédias e o diabo a quatro vêm por consequência. Não adianta culpar. Simples: os brasileiros agem como bichos porque o povo sempre foi tratado pelas classes dominantes exatamente como bichos. Então, toma. Não agem com educação porque nunca foram educados. Não agem de modo civilizado porque jamais sentiram soprar no rosto ar da civilização.

Exemplozinho. Num emérito local de trabalho, vi um estagiário enxugando na própria calça jeans a faca que ele acabara de "lavar" para passar manteiga no pão, de uma mantegueira de que todo o pessoal se serve. Então. Aí chegou outro estagiário, com uma aparência bem mais asseada e eu disse a ele: "cara, sabe o que seu colega fez agora? Limpou a faca da manteiga na própria calça, você acredita?"

E o que o garoto respondeu? "Acredito! É a mãe dele que lava a roupa dele, não é ele!"

Dá vontade de chorar, não dá não?

Outra exemplo simplório. Dá para ter esperança num país cujas padarias jogam açúcar cristal grosso em cima do pão? Dá para ter fé num povo que mastiga açúcar cristal com pão?

Kali.
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Não falo de mim,
mas do mundo,
bem mais importante
e interessante.
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