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segunda-feira, 2 de abril de 2007

Mulheres à beira de um ataque de nervos

Eis-me de volta. E agora pra valer, querendo Deus e não atrapalhando o diabo. Acontece que andei meio atabalhoado e os posts não saíam. Peço sinceras desculpas à toda minha meia dúzia de leitores. Tenho que parar com essa coisa de não blogar! Não posso ficar sem escrever no meu bloguinho, de jeito nenhum. Gosto bastante. Afinal, eu mesmo quero saber o que tem para dizer "esse meu eu tão desconhecido". Esse negócio de "meu eu desconhecido" é verdade porque muitas coisas que escrevo acabam saindo totalmente do que a princípio imaginava. Interessante isso. De qualquer forma, imprevisível ou não, estou aqui.

Além disso, há tanta coisa para se falar, não? Sempre tem... teremtemtem...

"Kali, por que você não pára de falar besteira e começa a blogar?"

Tá bom, tá bom!

Posts atrás prometi continuar falando sobre os blogs de mulheres que vivem reclamando dos homens. Havia escolhido três, se lembram?: O Mulé Burra, O Mulé Tonta... digo, Homem é Tudo Palhaço e o Não Saia com Ele. A intenção é um fazer um discurso "metablog", isto é, tentar explicar o porquê dessa atitude, de procurar as verdadeiras razões que levam o mulherio a montar um site para ficar malhando os homens na internet. Não sei se vou conseguir, mas tentar não custa. Afinal, sou homem e mereço direito de resposta, não?

Bem, é lógico que a mulherada tem razão em grande parte do que suas lamúrias contam. O que tem de homem sem noção não é brincadeira! Fala sério. Envergonham não só o gênero, mas a própria raça humana, sem dúvida. Mas, porém, contudo, todavia, a questão não é essa. Mulheres com defeito também existem aos montes por aí e não é por isso que os homens devem generalizar e esculhambar todas essas doces, frescas e cremosas criaturas. Isso não se faz, Arnesto! O que me interessa é mostrar as contradições nessa atitude feminina em ficar o tempo todo esculhambando os homens blogs afora.

Penso eu que boa parte da irritação teria, em primeiro lugar, uma causa simplesmente mercadológica: baixa oferta de homens na praça, em relação às mulheres. Pendendo a balança da oferta e da procura a seu favor, os homens tornam-se excessivamente autoconfiantes, soberbos, insensíveis e isso irritaria profundamente as mulheres.

Nesse caso, a culpa seria do sistema. Mas as mulheres não deixariam de ter uma parte de culpa no cartório. Explico. Da população de homens disponíveis, as meninas desses blogs, geralmente de classe média, excluem a metade por causa do nível social. Isso mesmo. Metade dos rapazes brasileiros são pobretões, ponto. Outra parcela de culpa recai sobre os próprios homens: da parte que sobra, a metade já está comprometida com seu piteuzinho. Do que sobrou, a metade é biba. Meu Deus, como tem bicha no mundo, não? Nenhum preconceito, mas a viadagem já preencheu todas as cotas. Minha filha! Parece que dão em árvore!

Se bobear, dão mesmo...

E do que mais reclama a mulherada? Principalmente da falta de compromisso de quem se diz homem. No caso do Mulé Burra, a cobrança é um pouco mais tênue, até espirituosa, afinal, as meninas escrevem muito bem, obrigado. Mas nem por isso deixam de ser incoerentes em suas ladainhas. São dois os tipos de incoerência. Primeiro, ao reclamarem que os rapazes apenas se servem sexualmente delas, colocando-as, por exemplo, na mera e bucólica condição de "lanche da madrugada". Pera aí, lindinhas. Vocês não acham que esse discurso está um pouco bolorento, não? Que história é essa de "ele se aproveitou de mim, mamãe!". De uma relação sexual só um se aproveita? A outra parte não se delicia, não? Onde vai parar aquele fogo, aquela ânsia, aquela falta de fôlego, aquele frêmito, aquela lascívia, aquela disritmia, aquele gozo e aquela languidez feminina? Em pleno século XXI, não dá mais para fazer a cobrança do "comeu, tem que casar!" ou mesmo do "tem que apresentar para a família". Isso não te pertence mais, querida, infelizmente! Tudo era fruto de uma condição social feminina que não existe mais, transformada pelo avanço da ciência e da medicina. Antes, a mulher poderia exigir de quem a seduziu um compromisso por ter sido seduzida. Hoje não há mais necessidade disso, pois já existe o controle sobre a gravidez e paternidade que antes não existia. Além do mais, nos dias de hoje, uma mulher "comida" não é mais mal vista como antigamente. Pelo contrário. Talvez uma mulher virgem seja mais estigmatizada que uma mulher que foi amada, ou mesmo simplesmente "traçada", como queiram. Pois se não der, sempre haverá uma que dará. Deu para entender ou entendeu sem ter precisado dar? Aqui, mais uma vez a lei da oferta e da procura tende para o lado masculino. E as meninas começam a dar cada vez mais cedo na vida pelas circunstâncias da vida moderna, entre outros fatores, o de que os pais têm que sair para trabalhar e não podem acompanhar o crescimento dos filhos.

A segunda incoerência vem da exigência de um amor "incondicional", como elas dizem. Fala sério. Um amor "incondicional" pode ser tudo, menos exigível. Amor incondicional, até onde entendo, trata-se de um amor espontâneo, natural, verdadeiro. Ou seja, é auto-executável, digamos. Jamais poderá ser cobrado. Nenhum homem ou mulher poderá exigir um amor cuja principal característica é não ter exigências. É igual mula-sem-cabeça: não existe no mundo real. Além do mais, as mulheres não deveriam nem pensar em colocar isso na mesa de negociações. Não são elas as que mais cobram depois do casamento ou da relação solidificada: os horários, as reuniões com os amigos, as amizades... Que incondicionalidade é essa?

Com as meninas que usam o Não Saia com Ele para denunciar os canalhas, a coisa é bem mais direta. Baixo nível mesmo. Quando você vê as denúncias escritas por meninas que não conseguem redigir um linha num português digno, e na forma extremamente vulgar com que são feitas, você é obrigado a pensar assim do cara: "bem feito! Quem mandou comer isso?!".

As meninas do Homem é Tudo Palhaço têm uma veia mais cômica, digamos. Embora mulher não seja tudo palhaço, algumas têm certa tendência haha. Elas preferem ridicularizar os homens e suas cretinices. Realmente, material não falta, temos que concordar. Mas quem diz que acha todos os homens palhaços, está é de olho no dono do circo. A diferença entre a estupidez e a espiritualidade de um homem está muitas vezes em sua conta bancária.

Penso que, no fundo, tanto homens quanto mulheres são figuras frágeis num mundo cada vez mais inóspito, desumano e inseguro. Tanto o homem quanto a mulher precisam de uma companhia, pela própria natureza da sociedade e pela própria natureza humana. E a independência feminina, que a meu ver subsiste sob a fachada desses blogs, não passa de uma lenda que a ideologia dominante contou para que as mulheres a cantarolassem mais felizes a caminho do trabalho e da exploração diária. Ou escrevessem blogs sob esse espírito.

Kali.
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Não falo de mim,
mas do mundo,
bem mais importante
e interessante.
Quiçá, mais bonito :Þ

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