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quarta-feira, 11 de abril de 2007

Assuntando


imagem: wordpress.com

Como eu havia prometido e não estava cumprindo, aqui vão algumas considerações sobre alguns assuntos. Livre-pensar.

Tem esse negócio do Romário meter o milésimo gol. Abre parêntese. "Meter" gol é linguajar próprio de jogador de futebol. Talvez porque que realmente sejam metidos, talves porque a palavra os auxilia na pobreza de vocabulário ao traduzir de uma vez só vez as duas principais atividades a que se dedicam na vida. Fecha parêntese. Voltando ao assunto, a história tende a se repetir como farsa, ou tragédia, sei lá. Quanta diferença entre Pelé, no auge da carreira e da forma física, com 29 anos de idade fazendo seu milésimo gol, e agora Romário, se arrastando para fazer o mesmo, com o peso de 41 anos de gols e de folia nas costas.

Na verdade, vejo nesse fato algo mais do que uma simples tentativa de se atingir uma marca futebolística. Ressalvadas as proporções, a busca de Romário por seu milésimo gol reflete a mesma necessidade que tem hoje um trabalhador brasileiro, em idade de se aposentar, de continuar trabalhando para poder garantir seu padrão de vida e até mesmo a sobrevivência. O fato é que a maioria dos jogadores de futebol, em razão da origem social - e é exatamente o caso de Romário - mantém uma rede de sustentação familiar bem grande, que mesmo os enormes ganhos obtidos ao longo da carreira não permitem uma interrupção repentina.

Nesse caso, a busca do milésimo gol veio a calhar para o baixinho: lhe dá o leitmotiv para continuar em campo numa altura de sua vida em que o descanso lhe seria o mais indicado depois de tudo o que ele fez pelo futebol.

Sem a expectativa do milésimo gol, a presença de Romário em campo se traduziria numa cena melancólica e patética, representando com grande força dramática a condição do trabalhador brasileiro diante das incertezas da aposentadoria.

Mudando de assunto, mas ficando aqui mesmo no Brasil, ontem eu li um editorial do jornal A Gazeta, de Vitória e nem acreditei. Veja só:

Efeitos do julgamento

É preocupante a perspectiva de anulação de processos que tramitam nas varas federais especializadas em julgar delitos financeiros e de lavagem de dinheiro.

Ao julgar pedido de habeas corpus em favor de um acusado de lavagem de dinheiro no Ceará, a ministra-relatora Carmem Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, votou pela anulação do processo desde a sua origem. E determinou a remessa para a vara não-especializada onde teve início o inquérito.

Tal deliberação teria partido do entendimento de que as varas especializadas ferem a Constituição. Violaria o princípio do juiz natural (artigo 5º, incisos XXXVII e LIII da Carta Magna), que não permite alteração de foro, isto é, a criação de foros e juízos especiais, e cuja competência para julgar é definida antes da instauração do processo. Vale lembrar que as varas especializadas foram criadas pelo Conselho da Justiça Federal (CJF), em 2003.

A sociedade não é constituída de juristas. Para a esmagadora maioria da população está fora do alcance um eventual debate sobre temas próprios do elevado saber jurídico. No entanto, a opinião pública fica preocupada com a informação segundo a qual a anulação de um processo – conforme verificado em relação a um acusado de lavagem de dinheiro no Ceará – faz retroagir à data do crime o início do prazo para extinção de punibilidade. Dessa forma muitos dos delitos estariam prescritos. Mais de 30 mil ações tramitam nas 23 varas especializadas existentes no país.

Diante dessa possibilidade teme-se que possam ficar impunes, sem sequer ir a julgamento, protagonistas e demais envolvidos em falcatruas como o valerioduto, o mensalão, a máfia dos sanguessugas, o Esquema das Associações, que pagava aos mensalistas da Assembléia Legislativa do Espírito Santo, etc. Enfim, são milhares de casos que afrontaram a opinião pública.
...

Se esse negócio for confirmado, a justiça brasileira chega ao fundo do poço. Mais baixo, impossível.


Modelos de blog Blogger

Morte de blogs

Uma coisa que me deixa bastante abatido é blog morto, abandonado. Me dá uma angústia visitar um blog que frequentava e ver que o dono ou a dona o largou para lá. Tem aquele negócio de você ser responsável pelo que cativa. Talvez a pessoa pense que aquilo só diz interesse a ela, ou mede o interesse das pessoas por seu blog através de sua própria opinião. Não é bem assim. Acho que blogs, como toda criação, e como os próprios filhos, não mais nos pertencem totalmente a partir do momento que você os expõe para o mundo. Eu mantenho meu blog desde 2002, e apesar de às vezes tê-lo deixado meio de lado, sempre fico imaginando a cara de muxoxo de uma pessoa que chega aqui esperando vê-lo atualizado e o encontra desatualizado. Pior ainda é se deparar com avisos tipo: "olha, cansei", "tudo tem seu ciclo", "carta de despedida", "este blog não existe mais"....

Se convidassem para o velório talvez ficasse menos triste.

Kali.
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Não falo de mim,
mas do mundo,
bem mais importante
e interessante.
Quiçá, mais bonito :Þ

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