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quarta-feira, 6 de setembro de 2006

O problema dos pobres cotados

Acontece que essa questão de cotas para negros nas universidades cheira a oportunismo político dos mais ordinários. Primeiro, que todo mundo sabe que a medida é inconstitucional, posto que é racismo às avessas. segundo, que não se pode definir com clareza, no Brasil atual, o que é ser negro ou não. Além disso, reserva de vagas nas universidades não é, nunca foi e nunca será condição de melhoria de vida para as classes pobres, pois é justamente a divisão do trabalho intelectual/manual que assegura a exploração do trabalhador. Este continuará a ser explorado. No máximo, e sem garantias, a medida pode beneficiar tão-somente os beneficiários diretos da medida. Os beneficiários indiretos serão os defensores do sistema de cotas, as lideranças dos movimentos negros, que terão um pouco mais de votos na eleição para algum cargo eletivo, só isso. Por que não lutam para as melhorias do nível de ensino das escolas públicas de primeiro e segundo graus? Por que não lutam contra os salários de miséria dos trabalhadores sem formação superior? Ou eles pensam que vamos ter uma sociedade inteiramente formada de engenheiros, médicos, advogados e assemelhados? Eles não sabem que a educação numa sociedade capitalista como a nossa tem um fim utilitarista e de manutenção do status quo?

Como eu queria fazer um post sobre esse tema, fui ler um livro com textos de Marx e Engels sobre a educação e ensino e olhem o que achei:

A força de trabalho em ação, o trabalho mesmo, é , portanto a atividade vital peculiar ao operáio, seu modo peculiar de manifestar a vida. E é esta atividade vital que ele vende a um terceiro para assegurar-se dos meios de subsisistência necessários. Sua atividade vital não lhe é, pois, senão um meio de poder existir. Trabalha para viver. Para ele próprio, o trabalho não faz parte de sua vida; é antes um sacrifício de sua vida. É uma mercadoria que alheou a um terceiro. Eis porque o produto de sua atividade não é também o objetivo de sua atividade. O que ele produz para si mesmo não é a seda que tece, não é o ouro que extrai ndas minas, não é o palácio que constrói. O que ele produz para si mesmo é o salário, e a seda; o ouro, o palácio reduzem-se, para ele, a uma quantidade determinada de meios de subsistência, talvez uma jaqueta de algodão, alguns cobres ou o alojamento no subsolo. O operário que durante doze horas tece, fia, fura, torneia constrói, maneja a pá, entralha a pedra, transporta-a etc, considera esas suas doze horas de tecelagem, fiação, furacão, de trabalho de torno e de predreiro, de manejo da pá ou de entralhe da pedra como manifestação de sua vida, como sua vida? Muito pelo contrário. A vida para ele principia quando interrompe essa atividade, na mesa, no albergue e leito. Em compensação, ele não tem a finalidade de tecer, de fiar, de furar etc nas doze horas de trabalho, mas a finalidade de ganhar aquilo que lhe assegura mesa, albergue e leito. Se o bicho-da-seda tecesse para suprir sua exigência de lagarta, seria um perfeito assalariado. A força de trabalho nem sempre foi uma mercadoria. O tralbaho nem sempre foi trabalho assalariado, isot é, trabalho livre. ...

...8, 10, 12, 15 horas de sua vidas diária pertencem a quem as compra. O operário abandona o capitalista ao qual se aluga tão logo o queira, e o capiatlista o despede quando lhe apraz, desde que dele não extraia mais nenhum lucro ou não obtenha o lucro almejado . Ma o operário, cujo único recurso é a venda de sua força de trabalho, não pode abandonar todas a classe dos compradores, isto é, a classe capitalista, sem renunciar à vida. Não pertence a tal ou qual patrão, mas à classe capitalista e cabe-lhe encontrar quem lhe queira, isto é, tem de achar um comprador nesssa classe burguesa. (Karl Marx, Trabalho Assalariado e Capital, I).

O que os negros devem fazer, juntamente com os brancos igualmente explorados, é acabar com o sistema de exploraão, não tentar, de forma demagógica, dele procurar tirar proveito.

O movimento de cotas é a melhor expressão do famoso jeitinho brasileiro. Tirar proveito de um desastre passando-se por uma das vítimas.

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Kali.
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