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quarta-feira, 20 de setembro de 2006

Eleições e... Cicarelli, veja só.

Estamos a menos de duas semanas das eleições e mantenho inalterada a posição e disposição de votar nulo nessas eleições. Há alguns anos eu vi uma pichação assim, na subida da Terceira Ponte, na Praia da Costa, Vila Velha, ES, Brasil: "Eleição geral, vergonha nacional!" Concordo.

"Mas, Kali, causdiquê você num vota logo num cara bão, em vez de votar nulo, bobão?"

A questão não é tão simplória assim, caro eleitor, cara eleitora. As razões já estão colocadas aí no Manifesto do Voto Nulo. Mas vamos passar os pontos principais, rapidinho.

Primeiro de tudo, é claro que sempre existe um candidato melhor do que outro. Veja por exemplo a candidatura ao governo aqui do Espírito Santo. Acho que Sérgio Vidigal é bem melhor que Paulo Hartung, o atual governador e candidato à reeleição. Mas todo mundo vai votar em Paulo Hartung cujo maior feito foi colocar em dia o salário de fome do servidor público estadual. O salário é tão baixo que ele fez um concurso público para médico e nenhum apareceu. O salário? R$ 1.400,00, o que muitos médicos ganham numa única intervenção. Apesar do valor, é muito difícil encontrar um servidor do Estado com nível superior ganhando mais que R$1.000,00. Os servidores só não abandonam em massa o emprego no Estado porque simplesmente não existem os empregos que Paulo Hartung jura que seu governo e o Petróleo estão criando. O Estado continua quebrado. Tanto é verdade que até para construir cadeias... digo, para transformar contêiners velhos em cadeias, o governador sugeriu que o Banco do Estado, o Banestes, bancasse o custo. Se ele pediu, é porque seu governo não tem, claro. O fato é que ele passou para a história como o governador que reconstruiu o Espírito Santo. E todo mundo acredita. Vive iludindo o povo capixaba com esse negócio de emprego e progresso com o petróleo, com o granito, com a Aracruz, com a Vale do Rio Doce, com a Arcelor, com a puta que pariu. Não precisa ser economista para saber que ele mente desavergonhadamente. Basta olhar para as terras do petróleo do Brasil, Macaé e Campos, para ver o belo progresso que o ouro negro trás para aquele povo. Estamos num país capitalista, Mr. Hartung. Vossa Excelência sabe muito bem disso. A riqueza produzida não vai para o povo que a produziu, nem para o Estado que assegurou sua exploração. Vai para o bolso do explorador. Mesmo se não fosse economista, Vossa Excelência o saberia da mesma forma.

Infelizmente, a questão não passa apenas por escolher o melhor candidato ou o melhor partido. O voto nulo é uma forma de protesto contra todo o sistema eleitoral, contra a grande vergonha nacional que as eleições gerais representam no momento político atual e a forma como é conduzida, e não apenas contra este ou aquele candidato.

Um. O Voto nulo é um protesto contra o voto obrigatório. Se o voto é um direito, não pode ser uma obrigação. Se é para votar forçado, eu voto, mas voto nulo, tomou?

Dois. Independente da existência de um candidato melhor que outro, o sistema continua permitindo o uso do dinheiro público nas eleições. Vejam o que os candidatos da situação fazem aqui (no resto do Brasil deve ser a mesma coisa, creio eu): obrigam os ocupantes de cargos nomeados pela Administração a participar de atividades de campanha, muitas vezes em horário de serviço. O exemplo vem de novo do governador capixaba Paulo Hartung. Semana passada, ele promoveu um "jantar de adesão" à sua candidatura. Os ocupantes dos cargos em comissão do governo estadual, das autarquias e empresas públicas tiveram que pagar a bagatela de R$100,00 por uma gororoba servida numa cumbuquinha de plástico lá num cerimonial da Praia do Canto. R$100,00. E todos tiveram que ir, para não correrem o risco de perder o emprego. Um colega chegou a vender o convite por R$50,00 para reduzir o prejuízo

Três. Independente de quem vença as eleições - ainda que sejam os piores dos piores, o que não muda muito o quadro - o voto nulo cria um clima de pressão muito forte sobre os eleitos, na seguinte linha: "vocês venceram, tudo bem, mas sem a legimidade de uma grande parte do povo, e todo mandato sempre pertencerá ao povo, independente do voto dado. Todo poder emana do povo, e quanto menos o povo votar, mais esse poder ainda estará em suas mão e ainda mais do povo será o mandato que ele não delegou. Ouviu, bobão?"

Quatro. As grandes mudanças da história não foram feitas por meio do voto, mas através da participação direta do povo em mobilizações, em revoltas, em manifestações, incluindo a própria conquista do voto, fruto da luta do povo. "Ah, Kali! Se é uma conquista do povo, porque não usá-la?" Se o voto nulo representa a perda da oportunidade de se votar em alguém, por outro lado expressa tammbém o ato de jogar fora o voto e ficar com as mãos livres para levantá-las em protesto.

Cinco. A omissão do Estado, especialmente do Poder Judiciário e do Ministério Público em impedir que ratos e bandidos concorram à eleições é simplesmente vergonhosa. Eles querem deixar ao povo a tarefa de varrer da vida política os gângsters e as gangues eleitorais, no dizer de Heloísa Helena. Ora, o povo é totalmente indefeso em relação a esses canalhas. A maior parte do povo brasileiro, 70%, tem renda de até somente três salários mínimos. Não têm condições de se educar, de se informar (mesmo porque o Estado não cuida disso), pois precisa que cuidar da própria sobrevivência, dia a dia. Ficam totalmente a mercê dos vagabundos estaduais e federais. E, se quem tem a obrigação social, jurídica e política e todas as condições para tomar tal atitude, não toma, o que fazer? Votar nulo em protesto, claro. Não apenas contra o político corrupto, mas também contra o juiz que o encobre, que o permite. Votar nulo é dizer: "Meu voto nulo não é apenas contra as canditaturas pérfidas que se lançaram, mas também contra o sistema que as permitiu serem lançadas!"

Recebi por e-mail o vídeo que mostra Danielli Cicarelli sendo enrabada recentemente por um tal Tato Malzoni, na praia de Tarifa, em Cádiz, lá na Espanha. Menino! Dá até debaixo d'água, a sereia! Tudo bem, cada um cuida da sua vida blá, blá, blá. Mas para quem dá uma de nobre, que casa em castelo, nem parece ser tão galinha assim e que daria uma trepada tão rampeira como aquela...

Nada de moralismos. A imagem que tenho de Cicarelli não vai mudar por causa disso. Continuo achando que ela é piranhuda, como sempre achei. Mas é só uma opinião pessoal, claro, e bem preconceituosa por sinal, mas não chega a ser uma acusação, apesar da prova mais do que convincente. Dá a impressão de que ela tem mais hora de pinto que urubu tem de vôo, como dizem por aí. Problema dela, né? Ela que paga suas contas. Dar para o namorado, todas dão, e daí?

Daí que...daquele jeito, naquela água gosmenta, sem camisinha? Faltou foi muita classe. Cicarelli agora está nua, como o rei da fábula. Não pode ser mais modelo nem de roupas, muito menos de comportamento. É o que eu penso. Mas hoje são outros tempos.

Bem, não posso falar mal de Cicarelli. Seria muita incoerência, se o que eu mais quero é que ela se foda mesmo...

Kali.
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Não falo de mim,
mas do mundo,
bem mais importante
e interessante.
Quiçá, mais bonito :Þ

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