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sexta-feira, 1 de setembro de 2006

Bolada na cara

Acontece o seguinte. No futebol - esse violento e apaixonante esporte bretão - você pode se machucar por ato involuntário ou intencional, claro. O primeiro caso acontece geralmente quando o adversário não é bom de bola mas é afoito e voluntarioso o suficiente para provocar acidentes. Nesse caso, ele pode machucar o adversário e até os companheiros. Mas, na maioria das vezes, é ele mesmo quem se ferra, graças a Deus. Delícia. Vai aprender a jogar bola, vai, mané.

No segundo caso, independente de o cara ser bom ou ruim, ele é maldoso, mal intencionado e sacana o suficiente para agredir seu adversário. Geralmente é ruim de bola, pois a violência substitui um recurso que ele não possui: domínio de bola e agilidade.

Então. Numa pelada que jogo, tem um cara desse. Sábado passado, o desgraçado me deu um carrinho no joelho (é isso mesmo que estou falando: no joelho) que quase me quebra a perna. Se não fosse na areia, o que fez meu corpo ceder e amortecer o impacto, eu tava fudido. Tô sentindo até agora. A bola tinha sobrado para mim na cara do gol e, como não dava para ele chegar na bola, foi na minha perna. Eu ainda cheguei a chutar, mas a bola saiu fraca e o goleiro pegou. O sujeito é maldoso, no pior sentido da palavra. Dá porrada o tempo todo, e para machucar mesmo.

"Tá bom, kali. E daí?". Daí que eu não iria responder com a mesma moeda, claro. Aí viraria uma porradaria do mais baixo nível. E a minha classe, onde fica? Tenho outra estratégia e ela já está traçada.

Ele joga na defesa. É o seguinte. Tá vendo essa imagem que eu botei aí em cima? Então. Eu vou chutar para o gol. Ninguém vai saber que eu estou mirando a cara dele, né? Então. E se acertar umas duas ou três vezes o rosto dele durante o jogo, vai ser só azar ou coincidência, claro, pois nenhum jogador acerta a bola na cara do outro se não for por puro acaso, certo? Errado! Não sei se vocês sabem, mas um bom jogador não precisa ficar olhando para o objetivo de seu chute para acertar o alvo. Na-na-ni-no-no. Ainda mais quando o alvo está pertinho. Jogadores olham para a bola e não para a meta, na hora de chutar. Com a experiência, é fácil colocar a bola onde se quer. Basta dar uma breve olhada antes de chutar. O ponto de interesse, a distância e a direção ficam instantaneamente calculados e gravados na memória. E eu tenho uma potência bem grande no pé, graças ao bom Deus. Outro dia acertei um chute que o pamonha do goleiro tá até agora atrás da bola. É assim que vai ser. Claro que depois eu vou chegar perto para me desculpar, né? Afinal de contas, sou um cara educado. E aproveitar para ver o estrago. Uma bola cheia de areia na cara à velocidade de uns 100 km/h não é bonito, não, tá? Eu bem sei. Já levei uma dessas :Þ E em tempo frio como agora, nem se fala. A bola fica mais dura e a pele mais sensível. Ô dó.

Aqui se faz, aqui se paga, meu chapa.

E mesmo que essa frase aí não fosse verdadeira, ainda assim eu iria fazer um favorzinho ao Papai do Céu para que Ele não perdesse tempo castigando lá em cima gente ordinária como essa aqui embaixo.

Isso mesmo. "Quando eu sou bom, eu sou bom, mas quando eu sou mau, eu sou melhor ainda."

Tá, eu sei que Nosso Senhor Jesus Cristo pediu para oferecermos a outra face quando somos agredidos. Azar se o filho da puta acertou meu joelho e não minha cara, né? Então.

É claro que eu não vou dizer o nome do infeliz aqui, pois ele pode ler esse blog e tirar a cara da reta quando eu chutar a bola.

Se bem que eu duvido muito que um troglodita daquele leia um blog tão doce e angelical como este.

Bom final de semana, gente linda e gente boa.

Kali.
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Não falo de mim,
mas do mundo,
bem mais importante
e interessante.
Quiçá, mais bonito :Þ

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