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sábado, 4 de março de 2006

Um monte de coisas

1. Um show de DVD

Não faço propaganda, apenas indico o que vi e gostei. Então vai. Atenção moradores de Vitória, Vila Velha, arredores e interior do Espírito Santo!: neste domingo, o jornal A Gazeta coloca nas bancas, por R$12,90 o DVD Live By Request, dos Bee Gees, esse aí de cima. Muito legal. Eu já comprei quatro, sexta-feira! Não, não precisava esperar domingo chegar, as bancas já estavam vendendo; e não são pra mim, eu já tenho esse DVD. Comprei pra dar de presente. Um, por exemplo, vou dar para meu irmão. E a promoção também não acaba no domingo. Quem quiser comprar depois, vai poder.

Tudo bem que gosto é gosto, mas esse é um dos melhores shows que já vi. Os irmãos Gibb são realmente muito bons. Um deles já morreu, vocês sabem, né? Então. O Maurice.

2. Um show de filme

Já que estou dando sugestão, ontem eu vi e gostei do filme Noites Brancas (Le notti bianche), de Luchino Visconti, feito em 1957, com Marcello Mastroianni e Maria Schell. Baseado na obra do nosso amigo Dostoievski. Romântico, o filme trata da solidão das pessoas e da expectativa comovente de cada um em dar fim a essa solidão através da busca pelo outro. Nada diferente do que acontece no dia-a-dia de quase todos os seres humanos. O filme é muito bonito realmente. Se por acaso o ânimo de assistir cair sobre você, chamo a atenção para dois detalhes: a atuação comovente e maravilhosa da encantadora Maria Schell e as cenas de dança no bar. Impagáveis. Espero que a locadora não te cobre o preço devido. Boa sorte. Acabo de saber que a atriz Maria Schell morreu no ano passado, coitada. O Google que me contou. Eu não a conhecia, mas já é a segunda vez que ela me comove, veja só.

O filme tem fundo romântico, mas o romantismo não é sua característica principal e nem é o esse romantismo de doar rins aí do post anterior. Ele apresenta uma mensagem filosófica que é mais forte: a busca de companhia pelas pessoas que se sentem sós. É isso. A cena final do personagem de Mastroianni afagando um cachorro de rua e o cachorro correspondendo ao afago diz tudo.

Um parênteses. Vocês sabem que o amor romântico tudo vence, né? É fogo que arde sem queimar, aquelas coisas... Então. O amor faz o homem de joelhos sentir-se de pé. Fala sério.

O ovo da serpente

A revista Caros Amigos republica uma reportagem feita em 2000 sobre o filho bastardo de Fernando Henrique com a jornalista da Rede Globo, Miriam Dutra. Veja aqui e aqui a história, se vc ainda não leu ou ainda não ouviu falar. Como esse FHC é asqueroso. Não assumiu a porra do filho (talvez melhor seria dizer "a porra que originou o filho", pois o filho não tem nada a ver com isso.) e ainda manipulou toda a imprensa nacional para abafar o caso (na verdade, a imprensa vendida é que se deixou manipular, claro).

Com todo respeito que a jornalista Míriam Dutra merece, o caso é emblemático: nos faz lembrar que o auge de sua carreira política, a imprensa abriu as pernas pra FHC, pra não dizer que deu o rabo pra ele. É isso.

3. A Capixabosos de Pilares, o capixaba e os cupins

A Escola de Samba Caprichosos de Pilares entrou na Sapucaí exaltando o Espírito Santo. Se ferrou. Caiu para o segundo grupo. Bem feito! (se bem que por essas duas aí de cima, deveria subir :)

"Pô, Kali! Você é capixaba, uma Escola do Rio canta seu Estado, se afunda e você diz 'bem feito!'?"

É isso mesmo. Acontece o seguinte, dois pontos. Eu gosto do meu Estado, pombas. Meu Estado tem muitas coisas boas e bonitas, como pombas, pombas. Mas tem tanta coisa errada que, se a gente perder o sentido da crítica, as coisas boas se acabam, como, aliás, vêm se acabando faz tempo. Então é uma boa oportunidade para falar um pouco sobre isso, daí o "bem feito!". Falar um pouco só, pois falar tudo é impossível.

Vamos lá, que hoje é domingo, dia bom pra falar mal de tudo e de todos.

"Pô, Kali! Domingo é dia santo, primeiro da semana! Porque esse seria um dia bom pra falar mal de tudo?"

Domingo é um dia bom para falar mal justamente porque é dia santo. Os outros dias, que não são santos, não são bons, são "ótemos" pra fala mal haha

Primeira coisa: o capixaba é um destruidor natural do meio ambiente. Na relação entre o cupim e o capixaba existe uma grandeza inversamente proporcional. Enquanto são necessários 200 mil cupins para destruir uma árvore, um capixaba sózinho derruba 200 mil árvores tranqüilo. Não sobrou nada da Mata Atlântica que cobria nosso território. Foi mineiro e carioca que a destruíram? Não (tá, muitos ajudaram, vá lá). A floresta foi dizimada por capixabas em terrenos de capixabas, utilizando mão-de-obra capixaba, com ferrametas compradas e vendidas por capixabas. Pelo menos em sua maioria. Isso aí não foi retratado na avenida, claro. Nesse enredo, quem sambou mesmo foram nossa fauna e flora.

E não se enganem achando que a devastação parou por aí. Se fizerem um levantamento sobre a destruição da Amazônia, verão que, proporcionalmente, o capixaba ocupará o primeiro lugar, especialmente pelas bandas do Pará. O que tem de capixaba derrubando mata por lá, é uma festa. Mas a concorrência de outros estados é bastante forte e participativa, devo reconhecer.

Segunda coisa: O capixaba destrói seu lindo litoral. O turismo do Espírito Santo não precisa de inimigos. O mais cruel e tenebroso deles já reside e atua aqui: é o próprio capixaba. Na ânsia de ocupar o melhor lugar em frente ao mar, o capixaba constrói prédios na areia da praia. E ainda reclama das taxas de marinha cobradas pela União. Se não fosse essa taxa, acho que construiríamos prédios dentro d'água, tal é a ganância dos especuladores imobiliários e tal é a nóia de morar de frente para o mar. Na Praia da Costa onde eu bato bola, não existe luz do Sol à tarde. Apenas sombra de edifícios. Tem uma praia, a Ponta da Fruta, aqui em Vila Velha, indo para Guarapari, que os caras construíram bares e casas tão perto do mar que precisaram colocar sacos de areia para impedir que a maré alta invada o fino recinto das biroscas e dos lares.

Agora no carnaval eu fui para Vila de Parati, perto de Anchieta. Ia caminhando pela praia, para chegar em Ubu. Não consegui. Num determinado ponto foram construídos muros pelos proprietários dos terrenos à beira-mar que me impediam a passagem. Eu teria que nadar para chegar ao outro lado. Desgraçados. Não tem "Os Passos de Anchieta", uma caminhada de Vitória a Anchieta que reproduz o que seria as indas e vindas do Padre pelas areias das praias? Então. Nesse ponto, os andarilhos tem que passar por uma rua do bairro, porque alguém achou que tinha o direito de construir dentro da praia, com o apoio da prefeitura local, claro. Geralmente o prefeito é ele próprio um especulador ou apoiado por especuladores. Fala sério.

E por aí vai. Todo o litoral do Espirito Santo está comprometido. E constrói-se da pior forma e aplicando-se a mais medíocre das arquiteturas. Embora a pobreza material seja muito constante, a pobreza de espírito prevalece. Pobre Espírito Santo.

Outra coisa: vi nos jornais várias otoridades daqui sambando na Marquês de Sapucaí, como se tudo estivesse na maior das maravilhas no solo espiritossantente. O prefeito Helder Salomão (PT), de Cariacica, por exemplo. Um município caindo aos pedaços, sem dinheiro para nada e o cara aparecendo fantasiado nos jornais. Tem que ser muito idiota, não? Ou cínico, sei lá.

E tem o governador Paulo Hartung, para mim, o mago dos magos do Marketing. O cara não faz porra nenhuma e está com 70% nas pesquisas. Ele diz que "reconstruiu o Estado" e todo mundo acredita. Diz que o "petróleo vem aí, que vai trazer milhares de empregos, de oportunidades e inserir o Espírito Santo na era da modernidade" e outros chavões neoliberais. Todo mundo acredita. Enquanto isso, nada de segurança, de saúde, de educação. Fazer o quê, né? A voz do povo é a voz de Deus. Além disso, o povo não aceita um peso maior do que o que pode carregar. E o povo capixaba tá levando Paulo Hartung na cacunda numa boa.

Tem mais um monte de coisas no meu Estado que me irritam. Coisas podres, coisas repugnantes. E quando houver oportunidades como essa da Capixabosos de Pilares que afundou junto com sua exaltação ao Espírito Santo, eu vou aproveitar para falar. Tá bom não? Então desliga.

Que poste grandão! Vou falar mais não. Ainda mais que hoje é domingo e vou bater bola.

À sombra, claro.

PS: Desculpem a ausência. Foi só de corpo. De espírito, nunca.

Kali.
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Não falo de mim,
mas do mundo,
bem mais importante
e interessante.
Quiçá, mais bonito :Þ

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