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terça-feira, 28 de março de 2006

O drama de Capitu e Bentinho

"AGORA, por que é que nenhuma dessas caprichosas me fez esquecer a prmeira amada do meu coração? Talvez porque nenhuma tinha os olhos de ressaca
nem os de cigana oblíqua e dissimulada."

Como atingi os 26 comentários no post anterior, ponho-me a traçar as linhas de um novo, conforme prometi. Claro que devo isso bastante a Adriana e a Erika, que conspiraram a meu favor :) . Obrigado, queridas. Se este post sair com ar de precipitado, a culpa é de vocês duas rsrs..

"Kali, por que 26 comentários e não 27 ou 49?".

Não sei. Veio-me à cabeça. Mas não vou mais condicionar novo post a quantidade nenhuma de comentários. Mas vou impor uma quantidade para NÃO POSTAR NUNCA MAIS. Isso aí. Estão avisados: se um dia não aparecer comentários por aqui, fecho o boteco. Comentários é que mais me anima a escrever aqui, capite?

"Captei, Kali."

Antes, porém de dar início ao mais tenro post, aviso que saiu o n.º 5 de Iscas Lógicas, de Jussara Simões. Para ler as anteriores, clique aqui.

Acontece que acabei de reler Dom Casmurro, do nosso Machado. Não, não estou fazendo Vestibular de novo. Reli porque é um dos melhores livros da Literatura Mundial, com certeza. Embora não seja culto e letrado, atrevo-me a afirmar que Dom Casmurro se iquala às obras de Shakespeare, de Balzac ou de qualquer outro gigante da Literatura Universal. É o que eu penso. Impressionante a história de Bentinho contada por ele mesmo. Sei lá, mexe com você de uma tal maneira... te deixa um vácuo no peito, uma angústia que só os grandes romances conseguem fazer. Desfecho dramático. Quem lê Dom Casmurro leva um baque... um tombo... sei lá, é desconcertante. Confesso que até hoje esse romance me causa um impacto muito grande.

Tem aquela conclusão dos cursos pré-vestibulares de que é imposssível saber se Capitu traiu ou não traiu Bentinho, porque o romance é intimista, narrado na primeira pessoa, essas coisas. "Disconcordo, teacher". Para mim, que até me identifiquei com o protagonista - não por questão de traição, mas pelo aspecto meio reservado, retraído, pensativo do personagem - Machado deixou bastante claro que Capitu realmente traiu Bento com o melhor amigo dele, Escobar. A mudança de sua principal característica psicológica - a personalidade forte, a firmeza de caráter e de opinião - a partir do momento em que Bento lhe joga na cara que Ezequiel não era seu filho, e a aceitação do rompimento e da condição imposta por Bentinho de largá-la na Suiça com o filho deixam evidente seu sentimento de culpa. Ela jamais aceitaria tudo aquilo se a grave acusação de ter gerado um filho de outro homem fosse falsa. Never, meu caro, never, minha cara.

"Ao cabo de alguns meses, Capitu começara a escrever-me cartas, a que respondi com brevidade e sequidão. As dela eram submissas, sem ódio, acaso afetuosas, e para o fim saudosas;
pedia-me que a fosse ver."

Pelo estilo da narrativa, pelo enredo, pela riqueza psicológica de seus personagens, pela densidade emocional e dramática da obra, pela finas e melancólicas ironias, pelo brilhantismo do autor, Dom Casmurro é um livro que ficará para sempre na História da Literatura. Podem acreditar, meus caros.

A releitura deu inspiração para um conto. Mas isso é assunto para um próximo post.

Kali.
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bem mais importante
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