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quarta-feira, 8 de março de 2006

Dia santo

Hoje é o Dia da Mulher, essa coisa gos... maravilhosa! Parabéns, meninas! Vocês encantam o mundo.

Eu gostaria de fazer um post superespecial, como vocês merecem, mas para isso eu precisaria do engenho e da arte de um Camões. Não será possível, portanto. Lamento. Numa singela compensação, ofereço com muito carinho dois de meus poemas dedicados à mulher, poemas que gosto muito.

Antes, porém, duas dicas que vêm a calhar. Quanto à primeira, das batatas, não pensem que é gozação. Recebi de Mascarenhas, de um e-mail de grupo. É uma dica superútil e pode servir também para os homens. A propósito, é uma boa razão para fazê-los entrar na cozinha, pois a dica faz uma tarefa chata tornar-se brincadeira de criança. Clique aqui pra ver (ou na imagem aí de cima).

Outra, bem mais light e dedicada à inteligência e intelectualidade feminina, e que recebi de uma mulher, Leni Balthar, do mesmo e-mail de grupo, é o "guia para ter cultura". Recebi a dica no Natal passado, nesses termos:

Minha dica de Natal é um guia para ter cultura que o Paulo Francis preparou lá pelos anos 90. Ainda vale, claro. Na dúvida de um presente, dê um clássico. Ou fuja do Natal para ler um clássico.

Espero que gostem.

Agora, os poemas. Para escrever o segundo, eu me inspirei - vejam só - numa entrevista de Dercy Gonçalves, acreditem. A pergunta e a respectiva resposta eram essas:

- Há quanto tempo você desistiu dos homens?

- Aos 60 anos, eu ainda tinha namorado. Depois, comecei a perceber que estava me magoando. Eram todos homens mais jovens e oportunistas. Eu pensei "poxa, mas não sou eu o que eles querem, mas as minhas coisas". Então, parei para sempre.

Essa confissão da Dercy me tocou de uma forma bastante particular. Não só pela minha condição de homem, mas principalmente pela comovente e tão comum desilusão feminina diante do comportamento masculino. Daí saiu o Poema do Lábios Trêmulos, que dedido não apenas a ela, Dercy, mas a todas as mulheres apaixonadas que não se vêem correspondidas na grandeza de suas paixões.

O primeiro fala de dois rivais, a mulher e o tempo, que em minha poesia fazem-se amigos.


imagem: www.mystudios.com

A MULHER QUE NAMOROU O TEMPO Kali

Em tempo de se formar,
Formou par com tempo
Que de amor a protegia
Como um macho a sua fêmea,
Como uma fêmea a sua cria.

E ele, assim, dela cuidou,
O tempo, inimigo que não a afligia.

Até que um dia findou-se dos dois o amor
Porque dela findaram-se os dias.
Morreu já velhinha,
Quando o fôlego buscava
E este já não aparecia.

Quem apareceu foi o tempo,
O meigo par de infância,
Em sua lenta e eterna constância
Para dela despedir-se num beijo,
Um doce beijo de lembrança
Pousado sobre aqueles lábios de menina
Agora fechados num sorriso.
Um terno, doce e fresco
Sorriso de criança.


Foto-Fixer

POEMA DOS LÁBIOS TRÊMULOS kali

Os homens nunca me amaram.
Nenhum deles, nem um reles.
Só queriam minhas coisas todos eles.
Nem mesmo o último,
Que queria apenas me beijar,
Que me levou o resto que eu tinha,
O pouco que em mim ainda havia para dar:
Guardados em lábios trêmulos,
Os últimos beijos úmidos
Que ele veio roubar,
Deixando-me só com meus beijos estéreis e secos
Que a homem nenhum em minha vida
Ousei entregar.

Kali.
Gostou, assine.



 

 

Não falo de mim,
mas do mundo,
bem mais importante
e interessante.
Quiçá, mais bonito :Þ

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Kim Anderson
textos: kali