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terça-feira, 7 de fevereiro de 2006

O ópio do povo, de novo

Acontece que agora tem essa confusão toda em torno da charge do profeta Maomé. Minha avaliação é a seguinte, dois pontos, digo, três.

Primeiro, considero a charge não só ofensiva como totalmente discriminatória, parcial e preconceituosa. Em se tratando de bombas, é claro que a civilização ocidental-cristã jogou muito mais delas na cabeça dos islâmicos do que o contrário. Isso nem se discute. E bombas muito mais poderosas, diga-se de passagem. E quando eles se defendem, são considerados terroristas. Toda criança, mulher, adulto, idoso que o Estado de Israel mata é sempre um terrorista. Árabes só matam inocentes. Esse é o falso discurso do qual estamos todos tomados. É claro que se os palestinos tivessem armamento para lutar de igual para igual com os invasores do seu território, eles nunca iriam amarrar bombas no próprio corpo e explodirem a si mesmos. Tentariam sobreviver para continuar lutando, óbvio. Se os americanos nao tivessem enfiado à força seu 51º Estado (Israel) no Oriente Médio, possivelmente árabes e judeus estavam vivendo em paz até hoje na região. Portanto, se o cartunista dinamarquês fosse menos cínico e mais honesto consigo mesmo, e mantivesse sua visão vesga do mundo e das religiões, ele teria que fazer um desenho semelhante a esse, Cristo com uma auréola atômica, para expressar de forma crítica o espírito cristão ocidental no mundo:

Segundo, com todo o respeito que os muçulmanos merecem e quase nunca recebem do mundo ocidental, especialmente da imprensa, acho um exagero a reação contra a publicação do desenho. Num mundo globalizado e diversificado como o nosso, a tolerância e a convivência com a diversidade de opiniões deve ser uma regra constante, em todos os povos, em todos os cantos do mundo. Se um desenho desse tipo fosse feito há tempos atrás (e muitos deles já o foram, ironizando a religião islâmica e o profeta Maomé) não haveria uma reação tão violenta e ampla como a que estamos assistindo. Isso acontece não apenas por causa da Internet, que permite o acesso instantâneo de tudo o que acontece no mundo, mas também porque atualmente se registra a ascensão de grupos político-religiosos mais radicais no mundo árabe, com o Hamas na Palestina, o novo governo do Irã e os grupos de resistência no Iraque e Afeganistão contra a ocupação americana. E existem grupos islâmicos bastante diferentes uns dos outros, nós sabemos. Embora qualquer motivo possa ser o estopim para as piores reações dos grupos mais radicais, não tem sentido ficar alimentando esse ódio, como essa charge imbecil e extremamente provocadora. Chumbo na asa.

Terceiro, embora eu defenda o respeito aos sentimentos religiosos, sou de opinião que a religião deva ser a primeira coisa a ser abandonada pela humanidade para se garantir no futuro uma sociedade fraterna, justa e harmônica.

Concordo com Marx quando ele equipara a religião às drogas, ao dizer que ela é o ópio do povo.

Promete o paraíso, mas o que proporciona mesmo é o inferno.

Kali.
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Não falo de mim,
mas do mundo,
bem mais importante
e interessante.
Quiçá, mais bonito :Þ

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