Poemas kálidos:

A Lenda do Beijo
A Mulher que Namorou o Tempo
Aldeia Global
Evolução
Lábios Trêmulos
Poema do Ciúme
Poesia Concreta
Poema do Blogueiro
Cachorra
 

       
Contos kálidos:


A Repulsa
Duetos
Os Olhos do Velho
Tempestade de Neve



Águas passadas 

2002

jan fev mar abr
mai jun jul

ago

set

out

nov

dez

2003

janfev mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2004

jan fev mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2005

jan fev mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2006

jan fev mar abr
mai jun jul ago

set

out

nov

dez

2007

jan fev mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2008

jan

fev

mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2009

jan

fev

mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2010

jan

fev

mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2011

jan

fev

mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2012

fev

fev

mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

 



Blogs:

 
(Selo que concedo
aos blogs que admiro)

Recebi:

Visitantes:

Powered by Blogger

 

 

quinta-feira, 26 de janeiro de 2006

Percebo satisfeito que as pessoas lêem meus antigos posts. Esses dias deixaram o seguinte comentário num post de 04/05/2005, onde eu publiquei o poema O Garanhão:

:) :) :) :) :))

Só que a pessoa não deixou nome, e-mail, nada. Gostaria de saber.

Engraçado é que ontem eu vi no jornal uma nota de que Tônia Carrero dizia-se arrependida por não ter dado para Juscelino Kubitschek e Vinícius de Moraes e o poema aborda exatamente essa questão feminina. Ser ou não ser, digo, dar ou não dar. Para Tônia Carrero, agora nem dá mais tempo, né? Então eu digo: meninas, se for para ter sentimento de culpa, é melhor se lastimar por ter dado do que por não ter dado, não acham? Eu ainda vou falar aqui o que eu penso sobre isso, com a atenção e o carinho que o assunto merece. Sem falar na profundidade do tema, claro.

O post foi esse ("Pô, Kali! Eu entro aqui pra ver coisa nova e só vejo coisa velha?)... Calma! Recordar é viver, meu bem! Como ia dizendo, o post era mais ou menos esse (em 01/04/2005 eu o republiquei aqui novamente):

Quando faço um poema, gosto de surpreender o leitor. O impacto que o poema pode causar é o que mais me motiva a escrevê-lo. E me importa tanto o tipo da emoção quanto a intensidade dela, que deve ser forte o suficiente para justificar a composição. É isso.

O GARANHÃO Kali (autor do poema, não o Garanhão)

Em meio a tanto desdém,
A certeza de que era bela
E de que seu corpo era mesmo dela
Dela, e de mais ninguém.

E não dava mesmo trela.
Nem pra gorducho, nem pra magrela,
Nem para dentuço, nem pra banguela,
E pra negro? Nem pra branquela!
E se o cara fosse alto? Que fosse um toco de vela!

E ia seguindo seu caminho a gazela.
Inexpugnável fortaleza, a donzela.
Impassível, em meio a tantas e másculas chorumelas.

Mas um dia caiu sua cidadela.

Meigo, faceiro, lânguido e ladino,
Suave, manhoso, sedutor e de mansinho,

O tempo veio
E fodeu com ela.

Em vez de ficar republicando meus poemas, vou colocá-los o link aí junto com os outros. É mais prático, não? Claro que é.

Vou colocar também esse aqui que gosto muito e que já postei e repostei aqui várias vezes, a primeira em 01/12/2003:

A LENDA DO BEIJO kali

Dizia ele que os olhos dela
Lhe metiam medo.
Ela não sabia o por quê.
Então perguntou:
"Que medo é esse
Que sentes ao me ver?"

Ele lhe respondeu:
"Não é tanto o medo do que eu vejo
Quanto o medo do que tu vês:
O medo de que os olhos teus
Vejam nos olhos meus
O medo de te perder."

Então ela os olhos fechou,
E ele os dele também cerrou,
E, num beijo cálido,
O medo se acabou.

E como por um encanto,
Depois desse dia
Em que a luz do medo se apagou
Jamais um amante sobre a terra
Que amor em seu peito encerra
De olhos abertos beijou.

Falando em poemas e em romantismos, a coisa mudou muito da época de Camões pra cá. Veja um e-mail que recebi (você também deve ter recebido) falando sobre uma nova versão da bela estrofe de Camões abaixo:

Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer"

Segundo o e-mail, uma aluna de 16 anos da Escola C+S da Rinchoa (deve ser uma região de Portugal, pela forma de escrever) fez a seguinte análise:

Ah Camões
Se vivesses hoje em dia
Tomavas uns
anti-piréticos
Uns quantos analgésicos
E Xanax ou Prozac para a depressão
Compravas um computador
Consultavas a página do Murcon
E descobririas
Que essas dores que sentias
Esses calores que te abrasavam
Essas mudanças de humor repentinas
Esses desatinos sem nexo
Não eram feridas de amor
Mas somente falta de sexo.

O mundo hoje anda bastante pragmático, não? Pragmático e quente. Duvido que neste momento exista ainda alguma calota polar de pé. Fala sério.

Kali.
Gostou, assine.



 

 

Não falo de mim,
mas do mundo,
bem mais importante
e interessante.
Quiçá, mais bonito :Þ

Creative Commons License

Blog Kálido, escrito por kali, é licenciado sob as seguintes condições:
Creative Commons:
Uso Não-Comercial-Vedada a Criação de Obras Derivadas
2.5 Brasil License
.

 



Clique
nos cartões abaixo
para ver os diálogos.

imagens:
Kim Anderson
textos: kali