Você já deve estar sabendo do hit "Vou te excluir do meu Orkut". Já ouviu? Se eu fosse você eu ouviria. Impagável. É a coisa mais... só ouvindo mesmo! Ouça lá, senão vou tirar você do meu Orkut. E do MSN.

Sábado joguei bola machucado, no campo do Tupy. Dedão do pé destroncado. Meti dois gols. Kali aleijado é ainda melhor que um jogador em sua mais perfeita condição física e mental. Fala sério.

O jogo começou às 15:00h e eu tinha planejado ir depois à Praia da Costa jogar futebol de areia, mas não deu. "Por quê? O dedão do pé doía muito?" Doía, sim, mas não a ponto de suplantar a fomeagem de bola. É que tinha um copo de cerveja no meio do caminho. No meio do caminho tinha um copo de cerveja.

Domingo fui dar uma volta em Enseada Azul, Praia de Bacutia, o local mais badalado do litoral capixaba. Fala sério. A classe média capixaba é uma decadência. Os caras abrindo os porta-malas (será que eles viajam lá dentro?) de seus carros com som a milhões de decibéis, tocando as músicas de sempre(precisa dizer quais? Chiclete com Banana, Ivete Sangalo... essas merdas). Tirando a marca e o modelo do carro, não existe diferença nenhuma em relação ao comportamento do jovem da periferia, mal-educado e de um terrível mal-gosto em música. Claro que eu não reclamei, né! Além de som alto, o que eles mais gostam é de dar porrada. Bom, tem que servir para alguma coisa o cultivo daqueles troncos schwarzeneggerianos, além de suporte de tatuagens, não? Um cara com seus 25 anos, alto, forte, andando meio escondido pela rua de trás tentando acender seu cigarro de maconha... cigarro não, charuto. É sua pequena contribuição para um mundo melhor... melhor para os traficantes, claro. As garotas com seus "ocrão" de aviador. Como a moda é uma coisa ridícula quando vira moda, não? Como a classe média capixaba gosta de carro preto! Que gosto mórbido é esse? O único restaurante da linda orla com seus banheiros sem papel, sem sabão, sem nada... e uma fila de meninas de ocrão aguardando para entrar na pocilga. Fala sério. O turismo capixaba nasceu num túmulo. Deprimente.

Aqui no serviço, por obra e graça de uma colega cheia de ânimo e espírito agregador, criamos a "Confraria de Baco" (pode ser também chamada de Confraria de Dionísio, o correspondente latino do Deus do vinho e das festas, sem problemas :). É assim: cada pessoa doa duas garrafas de vinho de sua preferência para entrar e a cada mês é feita uma reunião em que um determinado membro fica responsável pelos comes (tira-gosto, queijo, essas coisas), quando é feita a degustação dos vinhos, regado a violão, bate-papo....

Nossa primeira reunião foi sexta-feira, depois do expediente. Foi aqui mesmo na sala onde trabalho. Nada impede que seja em outro lugar, mas o importante é o clima e as pessoas, mais do que o local. Já havia 22 garrafas na "adega". Por enquanto, somos dez. Tem uma taça personalizada para cada um, água gazeificada. Bem organizado.Foi muito legal. Eu e um outro colega tocamos violão. Gostei da idéia. Gosto de pessoas que procuram dar ao local de trabalho uma dimensão muito maior do que sua finalidade básica, de produção e de produtividade. Show de bola.