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segunda-feira, 26 de dezembro de 2005

A Magrelinha (final)

Antes, porém, a resposta da pergunta da Jackie.

Por que dão o nome de "porta-luvas" àquele compartimento no carro onde a gente guarda tudo, menos luvas?
Antigamente, o carro era usado só pelas elites, pois custava muito caro. Naquele tempo, início da história do automóvel, os carros quebravam muito, não havia ainda mecânicos em quantidade suficiente e usar luvas era um hábito bastante requintado. Na combinação desses três fatores surgiu o porta-luvas, lugar onde o dono do carro guardava as luvas enquanto consertava o carro, para não sujá-las.

Embora as luvas caíssem em desuso (a não ser para os mecânicos que, para não sujarem as mãos, aproveitavam as que os granfinos agora esqueciam no porta-luvas e acabaram se acostumando com a idéia), o uso do porta-luvas permaneceu, graças aos fabricantes de automóveis. Explico. Como a evolução da humanidade, o automóvel se tornou um dos principais objetos de desejo e de roubo na sociedade. Como os ladrões usam luvas para não deixar impressões digitais na lataria, e como, após o roubo, eles não podem ficar por aí dirigindo com a luva, pra não dar na pinta, os fabricantes mantiveram o porta-luvas para dar uma mãozinha aos gatunos, pois até as loiras sabem que o roubo de automóveis faz aumentar da venda de veículos novos.

E por que vários personagens de quadrinhos como o Mickey e o Pateta sempre estão de luvas, se nem mecânicos são?
Para disfarçar. Por uma questão de estética, os desenhistas preferem apresentá-los com quatro dedos, embora eles tenham cinco, como todo mundo. A solução para isso foram as luvas.

E se os patos das revistas em quadrinhos têm pé de pato como todo pato, por que eles têm mãos no lugar das asas?
Ora, para poderem usar luvas se quiserem, mané.

E porque eles nunca usam?
Para não pensarem que eles têm cinco dedos e que estão escondendo um. Eles só têm quatro mesmo, pode olhar.

O fim da história ficou para amanhã :Þ

Kali.
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Não falo de mim,
mas do mundo,
bem mais importante
e interessante.
Quiçá, mais bonito :Þ

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Kim Anderson
textos: kali