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sexta-feira, 11 de novembro de 2005

Revendo

Estava eu revendo alguns poemas que publiquei aqui no blog. Sempre que faço isso, sinto a necessidade de mexer, de dar uma melhorada, especialmente na forma. Como esses dois aqui. Por isso, os republico. Quem não leu, pode ler, eu deixo. Quem já leu, pode ler de novo, pois acho que agora estão melhor escritos. Poemas são assim, nunca estão acabados.

Outra coisa: agora vou passar a responder aos comentários de vocês. Espero que consiga. Vale a pena tentar. Tentação é uma coisa legal, apesar de a Bíblia dizer o contrário. Portanto, vê lá o que vocês vão dizer :) Brincadeira. O importante é que digam. Para mim é. Muito.

O AMOR QUE MORRE

Para onde vai o amor que morre?

Talvez venha a ser tragado
Pela terra seca aos pés de alguém que chore
Quando sobre ela cai o amor mortificado
Sob a forma de lágrimas incontidas
Que dos olhos molhados desse alguém escorre.

Ou, quem sabe, talvez desapareça o amor que morre
Nas entranhas de alguém que nem mais chore
Se de tantas lágrimas vertidas viveu esse amor
Que de lágrimas contidas agora morre.

Eu gosto muito desse:

RAPTO E TORTURA

Quis saber dos seus segredos,
De suas ousadias, dos seus medos,
De suas dores, de seus brinquedos.
Não pude.
Sem você mesma se despir, não há quem te desnude.
Mas fiquei à espreita, sem mágoa,
Como água rala junto à grossa parede do açude.

Até que um dia abriu-se uma comporta:
O seu quarto escondido atrás daquela porta.
Que nunca se abria para não invadirem sua horta,
Mas não para quem já era da sua horda
Seus livros, seus bichos de pelúcia,
Sua individualidade viva, sua natureza morta.

Visita rápida, formal,
Como o acorde com que acordei seu violão
Meio, sei lá, se dó, bemol.
Nem deu para ver direito aquele bichinho estranho
Conservado num vidrinho de formol.

Mas foi o bastante, ainda que fosse pouco.
Era a oportunidade que precisava
Essa minha ânsia que te buscava.
Só um dia depois é que você deu falta
Da pelúcia que mais gostava.

Seu ursinho mais quieto, seu bichinho mais mudo,
Que sob a promessa de ser devolvido
Aos braços que sempre o haviam envolvido,
Não se conteve e de ti contou-me tudo.

Tem esse também, por que não?

RISCO DE GIZ

Sempre te quis, flor-de-lis.
O quadro ainda era negro
E meu nome ainda estava escrito em giz,
Que você riscou em diagonal
Como riscaram seu corpo com uma faixa de miss.

Agora você chega e me diz
"Vem, me faça feliz!"
Quero-te sorrindo, flor-de-lis,
Pois teu riso tem meu riso como bis,
Eco do teu riso quando ris.

Mas só poderei fazer-te feliz, flor-de-lis,
Se me mostrar como se apaga um risco
Sem apagar um nome embaixo escrito em giz.

Kali.
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Não falo de mim,
mas do mundo,
bem mais importante
e interessante.
Quiçá, mais bonito :Þ

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