Poemas kálidos:

A Lenda do Beijo
A Mulher que Namorou o Tempo
Aldeia Global
Evolução
Lábios Trêmulos
Poema do Ciúme
Poesia Concreta
Poema do Blogueiro
Cachorra
 

       
Contos kálidos:


A Repulsa
Duetos
Os Olhos do Velho
Tempestade de Neve



Águas passadas 

2002

jan fev mar abr
mai jun jul

ago

set

out

nov

dez

2003

janfev mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2004

jan fev mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2005

jan fev mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2006

jan fev mar abr
mai jun jul ago

set

out

nov

dez

2007

jan fev mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2008

jan

fev

mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2009

jan

fev

mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2010

jan

fev

mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2011

jan

fev

mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2012

fev

fev

mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

 



Blogs:

 
(Selo que concedo
aos blogs que admiro)

Recebi:

Visitantes:

Powered by Blogger

 

 

quinta-feira, 22 de setembro de 2005

Gabriel e Sebastião

Acontece que estou lendo Cem Anos de Solidão, do nosso amigo Gabriel García Márquez. Recomendo com força. E quem me recomendou disse simplesmente que eu não poderia passar por essa vida sem ler esse livro. Verdade. Espero, então, não morrer antes de terminar a leitura, embora já tenha lido, nesse meio tempo, outro livro do García Márquez, o mais recente: Memórias de Minhas Putas Tristes. Triste, mas um puta livro. Também recomendo. Até empresto, se alguém pedir. Sem falar do enredo, em Cem Anos de Solidão você lê frases como essas abaixo. Literatura fantástica, no sentido literário e literal do termo. Geniais, apesar de absurdas. Foi com esse livro que ele ganhou o prêmio Nobel de Literatura de 1982, não?

"Recomendaram-lhe a Visitación, uma índia guajira que chegou
ao povoado com um irmão, fugindo de uma peste de insônia
que flagelava sua tribo há vários anos.
"

"Mas a tribo de Melquíades, segundo o que contaram os saltimbancos,
tinha sido varrida da face da terra por haver ultrapassado
os limites do conhecimento humano.
"

"...e uma rota de comércio permanente por onde chegaram os primeiros árabes de pantufas e argolas nas orelhas, trocando colares de vidro por papagaios."

"Poucas horas depois, devastado pela vigília, entrou na oficina de Aureliano e perguntou: "Que dia é hoje?" Aureliano respondeu que era terça-feira. "É o que eu pensava", disse José Arcadio Buendía. "Mas de repente reparei que continua sendo segunda-feira, como ontem. Olha o céu, olha as paredes, olha as begônias. Hoje também é segunda-feira." Acostumado com as esquisitices, Aureliano não lhe deu importância. No dia seguinte, quarta-feira, José Arcadio Buendía voltou à oficina. "Isto é uma desgraça", disse. "Olha o ar, ouve o zumbido do sol, igualzinho a ontem e anteontem. Hoje também é segunda-feira."

Atenção leitores moradores de Vitória e adjacências: se você gosta do trabalho de Sebastião Salgado, não deixe de ver a exposição de fotografias no Shopping Vitória. A mostra fica no mezanino da Praça da Alimentação. Eu recomendo, pois é emocionante. Pelo menos a mim me emocionou. Mas há quem não goste. Tanto é verdade que falei da exposição para um colega de trabalho que conhece pessoalmente Sebastião Salgado (para quem não sabe, a residência fixa de Sebastião Salgado é em Vitória, na Ilha do Boi, embora seja o lugar em que ele menos fica, pois é um nômade no mundo, pela própria profissão) e ele disse que achava as fotos dele muito deprimentes.

Tudo bem. As fotos dele são realmente tristes, puta tristes, mas vejo sempre um ar de dignidade em cada rosto fotografado. Isso quando o ar de dignidade não é suplantado por expressões de luta e de resistência muito fortes e sempre dramáticas. Veja algumas, para conferir:


imagens: Sebastião Salgado

Vou contribuir com a fundação que promove a mostra e levar uma cópia de uma das fotografias expostas. Não tinha da que escolhi, mas a menina ficou de encomendar. Muito legal. Depois eu mostro aqui. Não achei na internet. Vocês vão gostar horrores, tenho certeza.

Adriana, obrigado pelas palavras carinhosas e encorajadoras.

Kali.
Gostou, assine.



 

 

Não falo de mim,
mas do mundo,
bem mais importante
e interessante.
Quiçá, mais bonito :Þ

Creative Commons License

Blog Kálido, escrito por kali, é licenciado sob as seguintes condições:
Creative Commons:
Uso Não-Comercial-Vedada a Criação de Obras Derivadas
2.5 Brasil License
.

 



Clique
nos cartões abaixo
para ver os diálogos.

imagens:
Kim Anderson
textos: kali