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sexta-feira, 24 de junho de 2005

Um conto

Esse conto aí é de Clarival Vilaça, uma das várias pessoas brilhantes de uma lista de discussão que eu tenho a honra de participar. Achei esse texto interessante, sensível, comovente. Pode ler, eu deixo.

ELAIR

Morava com a mãe desquitada num apartamento daConde de Bonfim. Sétimo andar. Saía bem cedo para o escritório e voltava por volta das cinco, para ver um pouco de televisão e dormir. Pessoa caseira, acomodada, não era mesmo de noitadas.

Um dia, o viu esperando o elevador. Seu coração disparou. Devia ter 25, 26 anos. Moreno claro, cerca de 1,70 de bons músculos. Sorriso encantador.

Era de se apaixonar. Passou a marcar seu horário e procurava descer junto com ele. Logo passaram a se cumprimentar mas o rapagão não puxava conversa e isso entristecia Elair.

Até que um dia o rapaz se animou a conversar e daí em diante, trocavam muitas palavras durante os breves momentos em que o elevador descia. No dia em que ele se despediu e tocou o braço de Elair, talvez tenha notado o suspiro que provocou.

Elair decidiu que logo falaria com ele, propondo saírem juntos para um programa. Então, tendo tomado essa decisão, aguardou o momento oportuno.

E num sábado, Elair desceu para comprar pão, leite e o jornal. Tomou o elevador e quando este abriu as portas no seu andar, deu de cara com o rapaz. Ele estava de braços com duas lindas moças, que se apressou em apresentar a Elair, dizendo que iam a praia e que Elair podia acompanhá-los se quisesse.

Elair agradeceu o convite, mas recusou, tristemente.

E se lamentou por Deus tê-lo feito nascer num corpo de homem...apesar do dúbio nome: Elair.

(Vilaça) 30/04/98

Textos sutis como esses são muito valiosos para despertar o sentimento humano que anda meio esquecido nas pessoas e, no particular, para combater o preconceito contra os gays. Achei o conto de uma delicadeza muito grande e por isso o postei aqui. Eu tenho amigos e conhecidos que são gays e me sinto feliz de sempre tê-los tratado com o respeito que merecem.

Mas nisso não há mérito nenhum. Apenas uma obrigação que um ser humano deve ter no trato com outro.

Kali.
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Não falo de mim,
mas do mundo,
bem mais importante
e interessante.
Quiçá, mais bonito :Þ

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