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terça-feira, 7 de junho de 2005

Petê, petê, petê

É, eu tirei a foto do post anterior. Não me sinto bem. Timidez, talvez. Mas isso não importa.

Acontece que o PT está pagando bem caro a arrogância e sede de poder de seus dirigentes e dos seus dóceis, fiéis e equivocados seguidores. Acharam que a solução da crise capitalista, da miséria e do desespero dos trabalhadores fossem apenas um mero problema de gestão e de competência do Estado burguês. Ou até de moralização da Administração Pública. Talvez nem chegassem a pensar nisso, tamanho o oportunismo de boa parte de seus quadros, expresso na facilidade com que se aliou à corja de elementos mais desonestos e cretinos do Congresso.

A verdadeira história do PT ainda será contata. Ela será a história de uma camada pequeno-burguesa cada vez mais pobre de espírito e de bens, arrasada por um longo período de massacre físico e econômico perpetrado por uma ditadura militar, e que vislumbrou na classe operária a legitimidade política para ocupar o cenário central da luta de classes no Brasil.

Será a história de grupos sem nenhum compromisso com a classe trabalhadora, mas arrogantes o suficiente para falar em nome dela e se acovardar diante das mazelas que o povo brasileiro é obrigado a suportar.

Lembro muito bem de um dirigente sindical (existem três tipos de dirigentes sindicais: o dirigente sindical, o dirigente sindical de merda e uma merda de dirigente sindical) que assumiu a presidência de uma empresa pública. Um dia falava de pé na sala, com o pé apoiado sobre a cadeira. Dizia que era um costume adquirido por falar para assembléias de trabalhadores de cima de um caminhão, quando tinha que apoiar o pé sobre a carroceria. Cretino.

Lênin dizia que duas coisas os trabalhadores tinham que herdar da burguesia: o bom gosto e os bons modos. Parece que alguns dirigentes do PT, especialmente os que estão no escalão de cima, estão preocupados em herdar outras coisas da burguesia, como a arrogância, a empáfia e, pelo visto, também o dinheiro.

A história do PT será a de um grupo políticos com valores burgueses individualistas, ligados à Igreja, a empresários coptando seguidores atrasados saídos do baixo operariado sem a fleuma, a obstinação das camadas conscientes desse mesmo proletariado, mas oportunistas o bastante para ocupar cargos do Estado burguês e ajudar a manter a ordem perversa da exploração, da miséria e do desemprego, e com dinheiro no bolso no final do mês.

Será a história desse agrupamento social sem preocupações de lutar por um futuro melhor a não ser o deles próprios.

Será a história de um grupo social que, vendo a maior mobilização da classe operária na história do Brasil, dela procurou tirar proveito criando um partido e um dirigente que pudesse ser por eles manipulados. Um líder que viesse das entranhas do movimento operário, mas que não fosse lúcido o bastante para perceber a época histórica, a força e a capacidade que a classe operária tem de mudar um país e a própria História. Um dirigente apegado a emotivas e duvidosas tiradas, mas apelativas o suficiente para conquistar a confiança e o voto de um trabalhador sem muito esclarecimento despertando nele a ilusão de que estava diante de um grande líder de sua classe.

Um dirigente que fosse um trabalhador honesto, com um passado sincero de lutas, porém não esclarecido o bastante para entender toda a trama política montada sob suas costas, mas ousado o suficiente para assumir a missão de liderar a massa operária, e que não fizesse a menor idéia de que estivesse sendo usado para manipulá-la.

Um operário qualquer, com muito respeito na categoria, mas sem uma visão crítica e científica do mundo. Um Lalo... um Lelo... um Lilo... um LULA!!!!

Hoje, infelizmente, Lula encontra-se refém das classes dominantes.

O azar dele é que os trabalhadores não estão nem um pouco interessados em pagar o resgate.

Pois dinheiro não têm...

e pegar emprestado...

Os juros estão muito altos!

Kali.
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Não falo de mim,
mas do mundo,
bem mais importante
e interessante.
Quiçá, mais bonito :Þ

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