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terça-feira, 26 de abril de 2005

A mulher e o tempo

Como sabem, eu fiz um poema falando sobre uma relação harmônica que certas mulheres conseguem estabelecer com o tempo (A Mulher Que Namorou o Tempo, post de 7 abril). Uma espécie de pacto entre ambos, onde o tempo torna-se condescendente e carinhoso com elas, conservando sempre um aspecto jovial no espírito e no semblante dessas criaturas tão adoráveis, as mulheres de nexo e léxico femininos. Em troca, acredito eu, ele recebe delas um certo desencargo de consciência pelo efeito devastador que provoca sobre as coisas e pessoas, um peso enorme que o tempo é obrigado a carregar eternidade afora.

Mas também acontece que eu havia feito um poema sobre uma relação não tão harmônica assim entre a mulher e o tempo, esses dois eternos e incorrigíveis desafetos.

Não sei se se lembram. Foi mais ou menos assim:

O GARANHÃO por Kali

Em meio a tanto desdém,
A certeza de que era bela
De que seu corpo era só dela
Dela, e de mais ninguém.

E não dava mesmo trela.
Nem pra gorducho, nem pra magrela,
Nem para dentuço, nem pra banguela,
E pra negro? Nem pra branquela!
Talvez se o cara fosse alto...
Muito menos se fosse toco de vela!

E ia seguindo seu caminho a gazela.
Inexpugnável fortaleza a donzela!
Impassível, mesmo em meio a tantas
E tão másculas chorumelas.

Mas um dia caiu sua cidadela.

Meigo, faceiro, lânguido e ladino,
Suave, manhoso, sedutor e mansinho,

O tempo veio,
Deu-lhe a flor que trazia na lapela,
Desabotou seu vestido
E fodeu com ela.

Podem falar, eu deixo :)

Kali.
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Não falo de mim,
mas do mundo,
bem mais importante
e interessante.
Quiçá, mais bonito :Þ

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textos: kali