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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2005

Um poema

Como quem não tinha nada pra fazer, fiz esse poema aí. Como é mesmo aquela frase? "O ócio é a ante-sala do capeta", não é isso?

 

POEMA CABRO por kali

Fiz um pacto com o diabo.
No alto do Monte Nhoso,
Bem no meio da meia-noite,
De uma noite à meia-lua.

Joguei nas mãos do dema
A minha alma desprezada
Em troca de ter nas minhas
A alma que um dia foi tua.

Então, quando eu morrer será levada
minha alma condenada
Para as terras assombradas
Das noites infindas sem lua.

Mas no viver será lavada
Minha alma iluminada
Por cabelos em cascata
Jorrando em ondas calmas
Que vêm detrás das têmporas tuas

Não me condenes, minha amada,
Não me critiques, desalmada,
Por eu prender a tua alma
A um corpo que perdeu a sua.

Não me comovem as tuas lágrimas
Que te caem desencontradas
Mas nunca desamparadas
Por uma boca trêmula de falar com o dema
Mas que agora é tua, toda tua.

Não me comovem essas lágrimas
Que caem acalentadas
Sobre este peito que te ama
Pois sem meu pacto macabro
Cairíam desalentadas
Atrás de quem as rejeitara,
No leito de uma rua.

Não me condenes, minha amada
Pois se salvasse minha alma
E no Éden ela chegasse
Diria em tanta luz:
"De que adianta isso tudo aqui
Se o corpo em que eu vivi
Não viveu junto de ti?"

Entenda, pois, meu amor,
O pacto danado que fiz à meia-lua.
Se vagará perdida pelo Hades
Um alma que um dia foi minha
Mais perdida estaria no paraíso
Uma alma que nunca fosse tua.

Entenda, meu amor,
Esse pacto feito à meia-lua.
Sorria, não deves cobrir-te de nada,
Muito menos de lágrimas
Que nele foi escrito: virás nua, toda nua.

Kali.
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Não falo de mim,
mas do mundo,
bem mais importante
e interessante.
Quiçá, mais bonito :Þ

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Kim Anderson
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