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quarta-feira, 8 de dezembro de 2004

Imagens e um amigo perdidos. Um poema numa noite escura

Acontece que algumas figurinhas aí ao lado, que têm diálogos e poemas sobre imagens de crianças, não estão mais disponíveis. Fui ver isso ontem. Elas estavam no servidor HPG/IG (alguém se lembra desse troço?). Deletaram e nem me avisaram. Que morram em paz.

Falando em morte... Puxa vida! Acabo de receber notícia de que um amigo meu não vive mais. Escovedo. Estava com câncer. No cérebro. Lamentável. Em homenagem a ele, vou publicar um poema que fala da morte de uma maneira lírica. A imagem da mão que acompanha o poema também estava lá no túmulo da HPG. Tive que recuperá-la. Sorte que guardei uma cópia.

Pena não podermos guardar cópia de nós mesmos a ser usada depois uma tragédia. Descanse em paz, Carlos Escovedo.

POESIA DA MORTE por kali

Por que partes tão breve, vida leve?

Ah, vida inquieta
Por que foges assim tão desperta
Do peito de um poeta?

Custa ficar um pouco mais
Neste porto a que um dia chegaste
Tão meiga, e em meio a tanta paz?

Eu sei: viste como é grande o mar
E queres agora diexar o cais.

Ah, vida inquieta,
Partes tão ansiosa!
E, como sempre descuidada,
Com teu jeito criança,
Sem juízo, estabanada,
Que deixas para trás
Nesse triste desenlace
Sua jóia mais preciosa
Seu brilhante mais vibrante:
Uma lágrima em minha face.

Ainda posso ver essa gota de vida
Antes que vista se embace.

Pois vai, vida bela!
Segue teu vôo de flecha.
Obrigado pelo encanto, pela festa.
E perdoe-me por não dar meu adeus
De mão aberta.

E creia, vida minha,
De mim já desconexa,
Mágoa não existe
Na palma desta mão que se fecha.

Eu estava preparando um post com outro poema também já publicado aqui, quando recebi a notícia. Um poema que fiz numa noite em que a ausência de uma pessoa era bastante sentida. Ficou assim:

NOITE ESCURA por kali

Noite infeliz.
De cantar a minha dor,
De murchar a minha flor.
De amargor, diria um trovador.

Noite sem estrelas,
Por mais que brilhassem.
Sem lua, por mais que cheia.

Noite que escureceu, que virou breu,
Que não passou, doeu.

Porque não tinha você ao meu lado.

Bem, beber não te traria
...mas te escreveria uma poesia.

E do cigarro que se dividiria
Senti queimar-me a brasa
Da parte que te cabia.

Enfim, amanheceu.

Porque em torno de si o mundo gira
Ou porque em torno de mim você apareceu?

Kali.
Gostou, assine.



 

 

Não falo de mim,
mas do mundo,
bem mais importante
e interessante.
Quiçá, mais bonito :Þ

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Kim Anderson
textos: kali