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segunda-feira, 22 de novembro de 2004

O poema

No post anterior prometi um poema para o dia seguinte. É que eu já havia delineado a idéia básica e achava que iria dar conta. Mas não deu. Andei meio ocupado. Além disso, quando fui conclui-lo, ele foi crescendo em minhas mãos. É difícil lidar com esse negócio de poesia. Parece um bicho vivo. Aí fui fazendo, fazendo. Ficou bem dramático. Mas também criativo, não?

O LOUCO, O MONTE. ...e BIA por kali

- À minha volta não mais te vi.
  Por que dormiram-me os olhos,
  Eternas e ternas sentinelas de ti?

Então por montanhas e vales,
Colinas, campos suaves,
No encalço dela ele fugiu.
E descalço, frente a um monte,
Em seu desmonte parou.
E sós, ele e o monte, um ego e um eco,
No remonte do corpo, o monte ele argüiu, ao monte ele gritou:

- Por dias e dias andei. Sabes por que passei?

- Sei, sei, sei...

- O meu sonho, por mundos medonhos procurei.

- Rei, rei, rei...

- Triste olhar para trás e ver que nada encontraste.

- Traste, traste, traste...

- Deus! Onde meus pés eu pus!

- Pus, pus, pus...

- São feridas dos descaminhos por onde a desilusão passara.

- Sara, sara, sara...

- Não as do peito, onde um coração se enfraquece.

- Aquece, aquece, aquece...

- E onde calor encontrarei nesse frio em que me aperto?

- Perto, perto, perto...

- Onde, que não vejo?

- Vejo, vejo, vejo...

- Se vês, diga-me, ó monte, em que recanto!

- Canto, canto, canto...

- Sim! Ouço a melodia!!! E é dela essa voz!!! De onde se aproxima???

- Cima, cima, cima...

- Sim!!! Eu vejo!!! Tu a abrigavas no alto de ti !!! Como eu não sabia???

- Bia, Bia, Bia...

- Sim!!! É ela!!! Traga-a de volta para mim! É o meu clamor!

- Amor, amor, amor...

- ...E meu ardor!!!

- Dor, dor, dor...

- Dor, amor!!! O que importa? Da paixão os dois diamantes!

- Amantes, amantes, amantes...

- Não cabe em mim a euforia!!! Que venha a noite pois este dia ofereço a Deus!!!

- Adeus, adeus, adeus...

- Nãããooo!!! Não podes me negá-la!!! Traga-a para mim de volta!!!!

- Volta, volta, volta...

- Jamais voltaria sem o meu encanto, monte insano!!! Pois te escalarei!!!

- Calarei, calarei, calarei...

- Poi cala-te!!! Que por ela tuas encostas desbravarei e tuas matas desmatarei!!!

- Matarei, matarei, matarei...

- Nãããooo!!! Pois me desespero, e no meu desamparo me desfaço!!!

- Faço, faço, faço...

- Bia!!! Não te lances desse morro!!!

- Morro, morro, morro...

- Bia!!! Bia!!!... Águia, rapina dos céus, arranque o nó de minha garganta e leve meu grito a Deus!!!

- Adeus, adeus, adeus...

- Monte maldito!!! Do meu amor foste o cadafalso! Montanha assassina!!!

- Sina, Sina, Sina...

- Ora, sina! Tudo é mutável! Nosso destino nós próprios cavamos!

- Vamos, vamos, vamos...

- Para onde? Há caminhos para tudo... não há mais pernas, contudo!

- Tudo, tudo, tudo...

- Oh, dor! O que será agora de minha vida desafortunada?

- Nada, nada, nada...

E aí? O que você achou?.

- Show, show, show... hahahaha :Þ

PS: Atenção! Quem deixou comentário no post anterior, saiba que respondi tudinho. Abraços.

PS2: Fiz pequenas modificações no poema depois que o postei pela primeira vez. Acertei alguns erros e acrescentei mais oito versos no final. Espero que tenha sido para melhor. Abraços 2 :)

PS3: Na Internet, para se despedir com beijos e economizar nas palavras, digite assim: Bye-jos!. Soa "beijos" em português de Portugal ("baijos" :)("não tem o que fazer, não, Kali?". Até que tenho, sabe? Até que tenho). E quando você sair, despeça-se de seu cachorro assim: Meu lindim, tchau au au au!. Ele vai adorar! (Tô indo, tô indo. Abraços 3).

Kali.
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Não falo de mim,
mas do mundo,
bem mais importante
e interessante.
Quiçá, mais bonito :Þ

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textos: kali