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sexta-feira, 17 de setembro de 2004

Um poema vivo

Esse meu nome Kali (na verdade, apelido) não tem nada a ver com a deusa indiana da morte. Não cultuo a morte. A única reverência que lhe faço é a respeitosa distância que procuro manter em relação a ela. Mas uma vez fiz um poema sobre a morte. Quem me acompanha há mais tempo já o conhece. Me comovi ao fazê-lo. Sei que pedir que gostem é pedir muito, mas acho que não ficou assim tão macabro. Mesmo porque ele não fala exatamente da morte que chega, mas da vida que vai. Penso que ficou legal, bem lírico. Para ler com calma, em paz.

PARTIDA

Por que partes tão breve, vida leve?

Vida inquieta,
Por que foges tão desperta
Do peito de um pálido poeta?

Custa estar um pouco mais
Neste porto a que um dia chegaste
Tão nova, tão meiga
E em meio a tanta paz?

Bem sei. Descobriste como é grande o mar
E te agitas para deixar o cais.

Ah, vida inquieta,
Partes tão ansiosa!
E como sempre descuidada,
Nesse teu jeito criança,
Sem juízo, estabanada,
Que deixas para trás,
Nesse tênue desenlace,
Tua jóia mais valiosa
Teu brilhante mais vibrante:
Uma lágrima em minha face.

Ainda posso vê-la
Antes que a vista se embace.

Pois que vás, vida bela.
Segue teu vôo de flecha.
Obrigado pelo encanto, pela festa
E perdão por não te acenar
Com o espalmar de uma mão aberta.

Mas acredite, minha vida,
De mim já desconexa,
Mágoa não existe
Na palma desta mão que se fecha.

Kali.
Gostou, assine.



 

 

Não falo de mim,
mas do mundo,
bem mais importante
e interessante.
Quiçá, mais bonito :Þ

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textos: kali