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terça-feira, 6 de julho de 2004

Miscelânia

Dias sem postar. Vou ver se compenso com um post bastante variado. Vamos lá.


Um livro

À força de tantos elogios e recomendações, acabei lendo O Apanhador no Campo de Centeio, de J. D. Salinger. "Porque eu li quinze vezes e vou ler mais quinze", "o livro da minha vida" etc etc. Então lá fui eu apanhar O Apanhador no Campo de Centeio, de J. D. Salinger. Eita ferro! Fui saber depois que esse é o livro de cabeceira de nove entre dez psicopatas maníaco-depressivos. Não precisa ser psicólogo para saber o motivo. Só não digo que seria o livro que o capeta escreveria porque sinceramente acho que o diabo teria certo talento na Literatura, se um dia se aventurasse nela, a julgar pelas obras tão maquiavélicas e criativas que o coisa ruim faz aqui na Terra. Não, o capeta não escreveria um livro desses. Ele é ruim de "mau" e não ruim de "porquêra".

O livro é um relato de Holden Caulfield, um rapaz desajustado, nos seus 17 anos, falando sobre últimos dias que antecederam sua internação num sanatório. Até aí nada demais. Um jovem revoltado com o mundo destilando veneno em cada palavra, em cada frase que sai de sua boca. Seria apenas mais um. O problema é que o desgraçado dedica todo seu ódio e inteligência às coisas mais ordinárias e mesquinhas que podem existir. Não consegue ver nada de bom à sua frente. Não porque não existam, mas é que ele só olha para baixo, para coisas menores. E quem dá importância para as coisas pequenas, acaba não vendo as coisas maiores. A alma dele é pequena. Nada vale a pena. É uma estreiteza de espírito e de horizonte do começo ao fim. Um pequeno-burguês que torra o dinheiro dos pais e não tá nem aí para o mundo. A decadência da classe média está bem representada nele. Talvez por isso faça tanto sucesso. Nossa atual juventude se identifica horrores com o personagem principal.

Numa passagem que ajuda dar título ao livro, ele fica observando um garoto que brincava distraído se equilibrando no meio-fio e cantando "se alguém encontra alguém atravessando o campo de centeio." E fica absorvido com aquela cena. Acho que nem o autor sabe porquê. Eu penso que sei: inconscientemente, ele vislumbra no garoto um estado de espírito do qual jamais seria capaz: o de se abstrair das coisas ordinárias do mundo e de se deixar levar por coisas também simples, porém mais sublimes, mais leves, mais belas.


Uma frase

Li uma frase legal esse fim de semana, por e-mail. Uma frase de um livro hebreu, que eu nem sei qual é. Sei que é uma espécie de bíblia onde os rabinos compilam ensinamentos, parábolas, etc. Sinta o drama:

"Tome cuidado quem faz chorar uma mulher, pois Deus conta suas lágrimas."

Show de bola, não?

Engraçado os judeus. Têm uma história de sangue, de violência, de dominação, no entanto produzem coisas tão poéticas. Constroem frases como essa e têm um governo sanguinário como o de Ariel Sharon, que fez e faz as mulheres palestinas derramarem tantas lágrimas.

Que devem estar na casa dos trilhões, se Deus não perdeu a conta.


Um filme

Ainda não vi Pelé Eterno, mas vi Homem-Aranha, que é a mesma coisa, se a gente ficar na agilidade de um e de outro. Mas têm algumas diferenças evidentes. Enquanto o Aranha tece redes, Pelé estufa-as.

Muito legal o filme do aracnídeo. Recomendo, pelo realismo, pelos efeitos especiais, pelo caráter humano do herói e pela fidelidade com os desenhos das revistas em quadrinhos, de onde The Spider-Man surgiu. Reparem na estética corporal das poses e movimentos do super-herói. Show de bola.

Mas Pelé Eterno ainda vou ver. Talvez depois da pelada na Praia da Costa, sábado. Afinal de contas, devo reconhecer que ele jogava um pouco melhor do que eu jogo.

Mas se o diabo, em vez de se aventurar na Literarura, resolvesse jogar futebol, acho que ele não teria vez com o negro endiabrado Pelé. Se Edílson é o Capetinha, Pelé era o quê, então? O próprio Satã com a bola no pé! Reparou que estou falando muito em diabo? Vade retro se está me criticando, pois não acredito nessas besteiras. Uso esses nomes só para dar ênfase ao que falo.


Promoções.

Coisa para qual eu não dou bola é esse negócio de promoção de sorteio, em que você tem que mandar um rótulo ou código de barras para concorrer a não-sei-o-quê. Claro que o produto vai ficar mais caro e cada um vai ter que pagar um pouquinho a mais para pagar o prêmio que um sortudo vai levar. Se não existe almoço grátis, como é que vai existir carro e casa de graça? Eu, hein! E quando é que a humanidade vai entender isso? Nunca. Dos seres vivos inteligentes, o ser humano é o mais burro (se um jumento ouvir o que eu tô falando, ele vai dizer: "Tá doido, Kali? Burro o cacete! Me inclui fora dessa!")


Trocadilho

Vocês não acham o sexo a coisa mais íntima que existe? Sinceramente, é uma intromissão do caralho na intimidade de uma pessoa, não?


Uma imagem

Para finalizar, uma imagem que leva a um pequeno poema. Espero que pelo menos isso agrade o gosto sensível, fino e apurado de vocês :)


imagem: www.kim-arts.com

É isso.

Kali.
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mas do mundo,
bem mais importante
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