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terça-feira, 13 de julho de 2004

Da terra de Camões

The Ship, Salvador Dali
(Esta imagem fantástica eu vi no blog da Danielle. Coloquei-a aqui porque,
além de ser maravilhosa, casa-se perfeitamente com o sentido do post e do
poema que deixei no final do post. Obrigado, Danielle :)

Acontece que recebi a visita de Joaninha, vinda de algum lugar (algures, em bom português) de Coimbra, Portugal. Sonia Joana, seu nome formal, a julgar por seu e-mail. Vale atravessar o Atlântico e fazer uma visita de cortesia.

Acho muito legal receber a visita de alguém de Portugal. Por um motivo bastante simples: sempre vou me sentir em gratidão com os portugueses pela maravilhosa herança que esse povo nos deixou, a língua portuguesa. Se eu não falasse o português, acho que não conseguiria fazer meus poemas, ou então eles ficariam muito sem a graça que roubo dessa língua ao escrevê-los. Não que sejam lá assim tão graciosos, mas escritos numa outra língua imagino que seriam bem piores. Ou simplesmente não seriam.

Falando em poesia e Portugal, não se pode deixar de falar em Camões, não é? Fantástico o Luis de Camões, não? Olhem só esse trecho do Canto Nono de Os Lusíadas, onde ele fala da parada dos navegantes portugueses numa ilha "fresca e bela" para proverem-se de água fria para a longa viagem. Na ilha, os nautas encontram ninfas seminuas andando pelos campos, algumas tocando cítaras, outras sonoras flautas e ainda outras com arcos de ouro fingindo seguir animais que não seguiam. Pois assim lhes ensinava (atenção meninas!) Vênus, a deusa do amor: que andassem pelos campos espalhadas, sendo presas incertas, e se fizessem desejadas (algumas, que confiavam no belo corpo, deixavam-se banhar nuas na água pura). Vejam, então, esses versos que retratam a fala do soldado Leonardo para com Efire, que ele perseguia cansado, sem conseguir alcançá-la (para Camões, ele queria dar a ela mais do que a natureza lhe deu rsrs):

- "Ó formosura indigna de aspereza,
pois desta vida te concedo a palma,
espera um corpo de quem levas a alma!"

Demais, demais, não?

Demais, mas eu tenho mais. Um poema que fiz especialmente para este post. Tem tudo a ver com o que acabo de escrever aqui. Espero que tenham me ajudado o engenho e a arte e que gostem todos os que usam a língua portuguesa para falar o que pensam e o que sentem.

PORTO GALO, PORTUGAL por Kali
(Singela homenagem de um brasileiro ao povo e à língua portugueses)

De um porto europeu
Nasceu um povo
De navegar preciso,
De rota certa,
Que abriu as portas do mar
E as deixou abertas
Portas que não ousaram fechar
Nem os deuses abissais
Aos quais monstros colossais
Deram o alerta.

Galo chamava-se o porto.
E qual outro nome teria
Um porto onde nascia
Um povo que se liberta
Levando na garganta um canto,
Um canto que desperta?

Simples, mas bonitinho, não?

 

Kali.
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Não falo de mim,
mas do mundo,
bem mais importante
e interessante.
Quiçá, mais bonito :Þ

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