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terça-feira, 29 de junho de 2004

A lição da pipa


imagem: www.seelsorge.net/ behinderte/introd.htm

A Carla, que tem um blog encantador, colocou a questão sobre o que prenderia um homem a um relacionamento. Ela prefere acreditar que não seja o sexo que segura o homem.

Também concordo. Claro que não tem essa história de mulher prender o homem pelo sexo. A mulher que pensa assim tá fudida, literalmente. Não que o sexo não os prenda. Prende, sim. Mas só por alguns minutos, depois se desgrudam. Se sexo fosse o elo que prende um homem a uma mulher, não existiriam prostitutas, não é?

E, ainda que essa fosse a verdadeira algema entre o homem e a mulher e se o sexo tivesse mesmo todo esse poder de atração, o motivo do aprisionamento seria o mesmo da fuga: a busca do sexo na outra, já que todas elas o têm, das mais diversas formas, encantos e maneiras.

Mas existem mesmo coisas que podem prender definitivamente um homem a uma mulher? Duvido muito.

Mas se existirem, seriam coisa simples e sutis como a amizade, a cumplicidade, as brincadeiras, as afinidades (*) . Seria algo mais leve, suave e lúdico e menos arrebatador, sério e profundo, por mais contraditório que isso possa parecer. Algo mais hipnótico, disperso e menos denso. É isso. De repente, um beliscão na bunda pode cativar mais do que uma trepada. De repente.

Um menino ficará mais preso a uma pipa por uma frágil e tênue linha do que por uma corrente de aço. Talvez o elo que mais prenda um ser humano ao outro seja justamente aquele que o faça se sentir mais livre.

Falei.

Pode parecer um tanto contraditório isso. Mas as sensações mais gratas e interessantes da vida só encontram sua razão de ser em seu oposto. O repouso não teria o menor sentido sem o cansaço.

(*) Isso é uma questão realmente importante - vejam o post de terça, 29/junho, da Ale onde ela traz um texto muito legal de Arthur da Távola sobre afinidade.

Kali.
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