Poemas kálidos:

A Lenda do Beijo
A Mulher que Namorou o Tempo
Aldeia Global
Evolução
Lábios Trêmulos
Poema do Ciúme
Poesia Concreta
Poema do Blogueiro
Cachorra
 

       
Contos kálidos:


A Repulsa
Duetos
Os Olhos do Velho
Tempestade de Neve



Águas passadas 

2002

jan fev mar abr
mai jun jul

ago

set

out

nov

dez

2003

janfev mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2004

jan fev mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2005

jan fev mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2006

jan fev mar abr
mai jun jul ago

set

out

nov

dez

2007

jan fev mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2008

jan

fev

mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2009

jan

fev

mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2010

jan

fev

mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2011

jan

fev

mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2012

fev

fev

mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

 



Blogs:

 
(Selo que concedo
aos blogs que admiro)

Recebi:

Visitantes:

Powered by Blogger

 

 

segunda-feira, 15 de março de 2004

O acidente de carro

Até que fui bem na prova. Vou ver a nota hoje, se o professor já tiver corrigido.

Neste fim de semana, dois acidentes aqui por perto e que puseram fim a cinco jovens vidas.

Aí resolvi escrever esse pequeno conto.

SEDE DE VIVER por Kali

Após morrer num acidente com o carro que dirigia, um jovem foi ter com o pai, que inutilmente o esperava.

- Pai, morri numa batida. Morreram também a Suelen e Camila. Corri muito.

O pai o olhava com olhar perdido.

- Ia trazer a chave, mas não consegui pegá-la. Agora não consigo mais ter contato com a matéria, fiquei incorpóreo. Etéreo que fala, não é? Vê como fiquei translúcido? Mas ela está na ignição. O carro ficou todo arrebentado.

O pai o fitava com um olhar vago.

- É ruim aqui, pai. Não consigo tocar em nada. Tenho muita sede, pai, muita sede. Me ajude!

O pai foi em direção a ele.

- Meu filho!

O espectro do filho projetou-se abrindo os braços, que foram atravessados pelo pai que pegava na escrivaninha o porta-retrato do filho.

Ao fitar a imagem sorridente do filho, uma lágrima rolou de sua face.

Antes que ela caísse no chão, o jovem enlouquecido pela sede tentou beber da lágrima.

Que lhe atravessou a garganta.

Kali.
Gostou, assine.



 

 

Não falo de mim,
mas do mundo,
bem mais importante
e interessante.
Quiçá, mais bonito :Þ

Creative Commons License

Blog Kálido, escrito por kali, é licenciado sob as seguintes condições:
Creative Commons:
Uso Não-Comercial-Vedada a Criação de Obras Derivadas
2.5 Brasil License
.

 



Clique
nos cartões abaixo
para ver os diálogos.

imagens:
Kim Anderson
textos: kali