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terça-feira, 23 de setembro de 2003

O seu quarto

Acontece que ontem eu visitei um blog (estou sem o endereço dele aqui, mas assim que puder informo) onde a autora falava em voltar mais para dentro de si mesma, para o seu quarto e seus bichos de pelúcia. Era mais ou menos isso. O post, especialmente a frase "bichos de pelúcia" me inspirou um poema, que vocês vão fazer o favor de ler agora.

INCONFIDÊNCIA

Quis saber dos seus segredos,
Suas ousadias, seus medos,
Suas dores e brinquedos.
Não, não pude.
Sem você se despir, não há quem te desnude.
Mas fiquei à espreita, sem mágoa,
Como a água rala
Junto à grossa parede do açude.

Até que um dia abriu-se uma comporta:
O seu quarto escondido atrás de sua porta.
Seus livros, seus animais de pelúcia,
Sua individualidade viva, sua natureza morta.

Visita rápida, formal,
Como o acorde que deixei em seu violão
Meio, sei lá, bemol.
Nem deu para ver direito
Aquele bichinho estranho
No vidrinho de formol.

Mas foi tudo, ainda que fosse pouco.
Era tudo o que precisava
O grito que te buscava
E que já se fazia rouco.
Só um dia depois você deu falta
Da pelúcia que mais gostava.

Seu ursinho mais quieto,
Seu bichinho mais mudo.
Sob a promessa de devolvê-lo
Aos braços cálidos que sempre o envolveram,
Não se conteve e de ti contou-me tudo.

Simplizim, mas muito fofim o poema, não?

Kali.
Gostou, assine.



 

 

Não falo de mim,
mas do mundo,
bem mais importante
e interessante.
Quiçá, mais bonito :Þ

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Kim Anderson
textos: kali