Hoje estou de saída novamente. Porém, um pouco mais inspirado que ontem. E quando estamos inspirados, talvez a gente consiga fazer poesia até de um pedaço de pau. Vamos ver.
RASGO NO PEITO
Então vem a inspiração,
Mais da dor que da emoção.
Não do mel, mas do sal.
Porém, com ela em minhas mãos,
Seguindo-a como gaivota a uma nau,
Sou capaz de extrair a poesia mais abstrata
Do mais concreto pedaço de pau,
Que em minhas mãos já não será árvore morta
Mas alavanca a abrir a porta,
Madeira viva a riscar o chão
Em gestos pungentes, desvairados,
Criando versos de uma paixão,
Que corta fundo o coração
Deste meu peito que tu cortas
Quando o abro em rasgos fundos pra que ouças
Um bater a que não te importas.
Uhu!
Saudações kálidas e apaixonadas.
Kali.
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Não falo de mim, mas do mundo, bem mais importante e interessante. Quiçá, mais bonito :Þ