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domingo, 16 de março de 2003

O CÉU DO CONDOR

Esse aí é um menino pobre chorando. Ele possui poucas coisas na vida além de algumas ovelhas e roupas remendadas, puídas. Nome é uma delas. Eduardo Condor Ramos, um garoto peruano flagrado pelo fotógrafo William Albert Allard, da revista National Geographic, após um taxi ter atropelado seis de suas ovelhas (uma delas aparece ao fundo). Doações de leitores da revista repuseram as ovelhas e ajudaram a custear escolas locais.

A pobreza, mais do que me comove, me encanta. Vejo nela uma nobreza sem tamanho, contra qual a arrogância dos ricos não têm a menor chance, mesmo sabendo que daqui a pouco mais bombas da burguesia cairão sobre gente pobre. Não há dúvida: os pobres e os mansos herdarão a terra. Eles têm sede de justiça. Não há saída para os ricos e sua sede de sangue.

Enquanto esse dia não chega, uma poesia para Eduardo.
Ele merece, não? Claro que merece.

MENINO CONDOR

Ei, Eduardo!
Não chora, menino Condor!
Por que as lágrimas,
Se sou eu que devo chorar?
Porque abaixas tua cabeça
Se tens nela toda nobreza
Que ninguém pode tirar?

E por que caminhas,
Se podes voar?

Levanta tuas asas, menino Condor!
Alça teu vôo, ganha teu céu!
Não é outro o teu lar.

Troca esse gorro por uma coroa.
É esse o acessório
De quem deve reinar.

Kali.
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Não falo de mim,
mas do mundo,
bem mais importante
e interessante.
Quiçá, mais bonito :Þ

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