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quinta-feira, 13 de março de 2003

(IN)FELIZ ANIVERSÁRIO!

Existe um ditado com o qual eu concordo plenamente (verdade verdadeira, nem sei se esse ditado existe realmente... mas se não existe, deveria existir. Portanto, se quiser anotá-lo, anote-o, pois se não existia, acaba de ser criado): "Para conhecer o caráter dos pais, observe o comportamento dos filhos."

Estou dizendo isso para falar do espírito mesquinho, limitado e atrasado da classe média urbana brasileira, expresso principalmente nas festas de aniversários, onde o perfil pequeno-burguês encontra a sua mais perfeita tradução nas atitudes imbecis e mal-educadas das crianças, esses gênios incompreendidos (na opinião dos pais, claro).

Sem se dar conta do triste espetáculo que protagoniza, nessas festas infantis é revelada toda a pobreza de espírito da nossa classe média através das suas crianças. A ansiedade pelo fim do Parabéns, o dedo no bolo, o doce furtado, a mão sobre o enfeite se antecipando à posse, o semblante quase babando na borda da mesa, a falta de educação, o comando "Avançar!", a disputa ferrenha e selvagem por quinquilharias, o encher de copos plásticos com guloseimas, a boca estufada de doces e balas, o animalesco estouro das bolas, a careta idiota no momento da foto (como se a original já não fosse o bastante)... etc.

Quanto mais eu conheço os civilizados filhos da nossa classe média, mais admiro os selvagens filhos dos nossos pobres índios. Quanto mais conheço o caráter mesquinho daqueles mais admiro o caráter manso e sereno destes. Os pais da classe média poderiam se espelhar em modelos mais humanos para educar seus filhos. A merda é que são muito arrogantes para isso.

Como dizia um espirituoso cronista: "Ah, essas crianças! Que saudades de Herodes!"

Kali.
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mas do mundo,
bem mais importante
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