Poemas kálidos:

A Lenda do Beijo
A Mulher que Namorou o Tempo
Aldeia Global
Evolução
Lábios Trêmulos
Poema do Ciúme
Poesia Concreta
Poema do Blogueiro
Cachorra
 

       
Contos kálidos:


A Repulsa
Duetos
Os Olhos do Velho
Tempestade de Neve



Águas passadas 

2002

jan fev mar abr
mai jun jul

ago

set

out

nov

dez

2003

janfev mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2004

jan fev mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2005

jan fev mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2006

jan fev mar abr
mai jun jul ago

set

out

nov

dez

2007

jan fev mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2008

jan

fev

mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2009

jan

fev

mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2010

jan

fev

mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2011

jan

fev

mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2012

fev

fev

mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

 



Blogs:

 
(Selo que concedo
aos blogs que admiro)

Recebi:

Visitantes:

Powered by Blogger

 

 

quarta-feira, 22 de janeiro de 2003

A partida de uma escolha e a volta das folhas

Comovente o post de Anani Belita de hoje, desfecho de uma despedida:

A DESPEDIDA - FIM

Nesse abraço eu mais senti ser abraçada do que abracei. Ele me deu um beijo carinhoso no pescoço, então peguei a carta que eu havia escrito e a entreguei a ele. Ele me disse que a minha estava no banco de trás do carro. Olhei o nos olhos através dos óculos, meus olhos estavam marejados de lágrimas e eu sentia minhas pernas ficarem bambas.

Entrei no carro e sorri para ele uma última vez e ele me sorriu de volta, e eu li seus lábios enquanto ele falava.

(...) Parei alguns metros na frente, e peguei o que ele havia escrito para mim, comecei a ler...

Quando eu terminei estava completamente descontrolada. Dormente. Eu estava dirigindo mais nem sabia ao certo para onde... Saí do aeroporto, de repente me veio a cabeça que eu não o tinha abraçado, que eu não o tinha beijado como eu queria, como meu coração necessitava... senti uma pontada no coração, e quando li a placa RETORNO. Eu entrei sem pestanejar. Alguém já fez uma curva a 120Km por hora... eu fiz, naquele dia eu fiz.

(...) Estacionei na primeira vaga que vi. Corri, corri desesperadamente até o embarque da VARIG, a fila para o checking estava enorme. Procurei por toda a fila por ele e não encontrei... comecei a chorar achando que ele já teria embarcado, mas não desisti, comecei a andar pelo aeroporto procurando dentro das lojas, e quando já estava desistindo eu o vi, em pé, na frente da loja Pão de Queijo.

Ninguém tem idéia do quanto fiquei feliz. (...)

Quando me aproximei, eu o abracei e foi por muito pouco que eu não me debulhei em lágrimas. Ele me perguntou..

- O que aconteceu?
- Eu só me arrependi de não ter ficado mais tempo com vc. ( eu respondi )

Conversamos mais um pouco enquanto ele tomava o seu café. A hora do embarque se aproximava e quando ela chegou... me senti a pessoa mais impotente do mundo. Nada que eu fizesse ou dissesse adiantaria.

Abracei o novamente e dei um beijo nele. Virei de costas e fui embora... seria melhor que ele não me visse chorar... Me escondi atrás de uma pilastra, e fiquei olhando de longe ele entregar o papel de embarque e entrar... mas antes, ele olhou em volta como se procurasse algo, seria a mim para um último adeus? Não sei... Só sei que quando ele entrou, eu sentei e chorei. As pessoas passavam por mim e não entendiam... andei sem sentir até o carro... parecia que eu não tinha rumo, como se a vida tivesse acabado... me senti tão sozinha... quando cheguei no carro, olhei para o lugar onde antes ele havia sentado e sorrido para mim... chorei mais um pouco... quando me acalmei, consegui ligar o carro e voltar para casa... durante o trajeto parei umas 5 vezes em acostamentos para chorar, demorei quase 2 horas para chegar em casa... o que normalmente eu faria em 30 minutos... era apenas inicio da dor da ausência que provavelmente permanecerá por muito tempo no meu coração...

(...) Hoje eu espero que ele tenha lido a carta, a carta que eu escrevi o que vinha do fundo do meu coração... com toda a sinceridade possível... meus desejos, meus anseios, e tudo que um dia eu sonhei dizer a ele pessoalmente e não tive coragem...

Quem sabe um dia, eu escreva um fim diferente para a história de Anani Belita e seu JavaMan, por enquanto essa história terminou dia 18 de janeiro as 10:25 da manhã no aeroporto internacional de Guarulhos em São Paulo.

O post me comoveu e fez me lembrar um poema que fiz há algum tempo e que gosto muito. Deixei lá para ela e ela já me agradeceu aqui nos comments. Bom tocar a sensibilidade de uma pessoa num momento desses e receber de volta o carinho de um agradecimento. Um beijo, Anani. O poema é esse:

OUTONO DE MIM

Os ventos sopram.
As folhas caem.
Você se vai...
...Minha alma atrás.

O corpo se detém e chama
por você e pela alma insana.

Gritos roucos
de um corpo oco
no ar se soltam.

Só o vento pára.
Só o vento vira-se.
Só as folhas voltam.

Kali.
Gostou, assine.



 

 

Não falo de mim,
mas do mundo,
bem mais importante
e interessante.
Quiçá, mais bonito :Þ

Creative Commons License

Blog Kálido, escrito por kali, é licenciado sob as seguintes condições:
Creative Commons:
Uso Não-Comercial-Vedada a Criação de Obras Derivadas
2.5 Brasil License
.

 



Clique
nos cartões abaixo
para ver os diálogos.

imagens:
Kim Anderson
textos: kali