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terça-feira, 17 de dezembro de 2002

O Tapa e o Tiro

O traficante da favela. Sou do tipo que acha que o crime está na favela, não no traficante. Não que o traficante não seja criminoso. Refiro-me à gênese da coisa, àquilo que gera, não o que foi gerado. Entende, né? Aliás, vou mais longe, se me der licença. Penso também que o crime está mais no consumidor de drogas do que naquele que trafica. Mais uma vez, a gênese, a causa. O problema: quem fuma um baseado ou cheira cocaína nunca irá admitir que seu prazer financia o tráfico e toda a violência que em seu peito encerra. Seria exigir muito de uma pessoa voltada à satisfação de seu hedonismo. Sou contra as drogas não por moralismo ou religião, mas por uma questão prática: seu consumo financia duas mortes: a da consciência de quem faz uso dela e a de quem se põe no caminho dos traficantes. O consumo de drogas é o sustentáculo de toda violência ligada ao tráfico. Cada fuzil, cada bala que os traficantes carregam teve antes que assumir a forma de um sonho psicodélico e prazeroso na mente de um consumidor de drogas. Cada "tapa" se transforma em tiro real, e cada "tiro" dados pelos jovens da classe média ecoam pelos morros e favelas do país sob o som de um zumbido real, dilacerante, mortal. É claro que a violência social provém fundamentalmente da desigualdade social, da miséria, da exploração do trabalho humano, da ausência de perspectivas que levam, inclusive, ao consumo de drogas. Mas deixar o barco correr sob o argumento que é preciso antes deter a correnteza não me parece correto. Droga é uma merda. Droga é coisa de bandido e de quem de sua consciência foi banido.

Kali.
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Não falo de mim,
mas do mundo,
bem mais importante
e interessante.
Quiçá, mais bonito :Þ

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