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quinta-feira, 12 de dezembro de 2002

O Suicídio da Garota

Hoje o post é grande e espero que não o seja apenas na forma. Vou mostrar dois poemas que deixei ontem no blogue Solitudine, da Carol (suicidegirl.net). Mas seria recomendável ler os posts que eu li e que me inspiraram, para contextualização. Eles valem por si mesmos, independente dos poemas. No dia 11 de novembro, eu lia no domínio suicidegirl.net:

"Só que para renascer precisamos deixar muitas coisas morrerem, alguns sonhos, algumas esperanças, alguns relacionamentos, alguns costumes, alguns hábitos, algumas desculpas, enfim é repensar a sua vida em todos os aspectos, jogar fora o velho para que o novo possa entrar e chegar na sua vida de maneira plena. Quando a gente muda a nós mesmos, nós mudamos a realidade a nossa volta, quanto mais profunda a transformação interna mais visíveis são as mudanças no todo, no mundo que nos toca e passar de uma fase para outra não é fácil, quase sempre é um processo doloroso, do qual muitas vezes tentamos fugir, mas eu cheguei a um ponto que não posso voltar mais atrás, que não posso mais continuar parada esperando que as coisas aconteçam, eu tenho que correr atrás, eu tenho que muda-las, eu tenho que torna-las possíveis. O preço pode até ser alto, mas ou eu pago por ele, ou vou ficar estagnada para o resto da minha vida e tudo aquilo que estagna morre."

"Claro que algumas coisas a gente sempre leva conosco, como amizades verdadeiras, como nossa família, alguém que seja realmente especial na nossa vida, só que algumas pessoas não vão conseguir compreender o processo, compreender as minhas oscilações, as minhas crises, pois certamente elas vão acontecer e bem verdade já estão acontecendo. O que me consola é saber que quem continuar ao meu lado, continuar fazendo parte deste meu mundo, serão as pessoas que mais tem a ver com o meu novo eu, são as pessoas que realmente gostam de mim pelo o que eu sou e não pelo o que eu tenho, ou ofereço. Vai ser difícil dizer adeus para algumas coisas e pessoas, mas é preciso dizer adeus, é preciso deixar as pessoas partirem e assim surgirão outras pessoas, outros sonhos, outras possibilidades que talvez nada tenham a ver com estes sonhos que faço hoje."

"... Eu me dei conta que não adianta esperar que o mundo mude para você, você é que tem que muda-lo e por isso ando meio depressiva, porque é muito difícil ver isso, aceitar isso, se perdoar pelos erros e crescer através da mudança."

"Espero que compreendam as minhas eventuais oscilações de humor por aqui, eventuais desaparecimentos,..."

"... acho que estou precisando de um tempo para ver o que é realmente importante, o que ficará, o que sairá, enfim... mudanças ! Quero agradecer pelo carinho, pelas mensagens, pela força, pela amizade, vocês foram e são muito importantes mesmo que não conheça praticamente nenhum de vocês pessoalmente, vocês se tornaram especiais nesta minha casa virtual e espero que voltem sempre por aqui. Sei que estou devendo muitas visitas, mas ando meio sem tempo e as vezes até mesmo sem vontade de escrever, até leio os blogs mas prefiro não escrever nada, mas esta é apenas uma fase e certamente vai passar."

(Carol SuicideGrrrl. Quinta-feira, Novembro 07, 2002)

O poema que ficou (com pequenas alterações):

MUDANÇA

Decidiu mudar.
O caminho,
não o jeito de andar,

que amava,
mais do que qualquer estrada.

Não dava mais
para voltar atrás.

Sacrificar coisas santas
para preservar outras tantas.
Acabar para recomeçar.
Recomeçar para terminar
o que não se acabou,
o que nem começou.

Matar, dar um corte
a uma parte de sua vida
para poder dar vida
ao que partia para a morte.

E na tese da partida
uma síntese contida
na antítese do suicida:
O suicídio para a vida..

O último post, do dia 6 de dezembro, era esse:

"Por que calorão existe ? Toda vez que Brasília começa com este calor medonho eu me pergunto isso ! Eu simplesmente não consigo raciocinar direito num calor como estes, me dá vontade de deitar e ficar ali morgando o resto do dia, ou então ir para uma linda praia, me empanturrar de água de coco, cerveja e camarão, mas ficar em casa ? Ir trabalhar ? Andar de carro ou a pé mesmo ? Pqp, ninguém merece ! Eu ao menos não mereço, eu odeio calor demais ! Sempre que me pedem para ir morar no Rio eu penso "poxa o pessoal de lá é tão maneiro", mas por outro lado eu penso "ter que aturar aquele calor dos infernos?" Nãaoooooooooo, eu prefiro Brasília, que mesmo não sendo frio é mais ameno do o Rio..."

(Carol SuicideGrrrl. Sexta-feira, Dezembro 06, 2002.)

A poesia que ficou foi essa:

CALOR HUMANO

De cidade em cidade,
do calor ela fugia.

Até que um dia descobriu
que muito daquele calor urbano
era puro calor humano.

Foi num dia muito quente,
quando de uma cidade saía.
Se deu conta nesse dia
que, ao sair da cidade,
da cidade o calor refluía.

Kali.
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Não falo de mim,
mas do mundo,
bem mais importante
e interessante.
Quiçá, mais bonito :Þ

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