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domingo, 1 de dezembro de 2002

Dois Poemas

Só porque hoje é domingo, ontem foi sábado e sexta-feira eu fiz dois poemas de que gostei muito, vou mostrá-lo aqui para vocês. Mas antes, vocês terão que ler o post abaixo, da Juliana, do blogue Texto Livre. Eu cheguei lá através do blogue Que Droga de Vida, da Constanze, de quem já falei aqui. Constanze pedia a seus visitantes para irem ao Texto Livre dar uma força para a Juliana (Ju), pois ela estava precisando muito. Entro lá e me deparo com isso:

"Não há muito o que dizer. Na última terça-feira eu mandei assassinar friamente o ser mais importante da minha vida: a Frances. Pode soar dramático, pode parecer piada, mas é sério, muito sério. Não vejo muito sentido em continuar achando alguma graça na vida. Fiz uma coisa que não queria, me arrependi apenas alguns minutos depois, mas já não tinha mais volta. E agora terei que conviver com a culpa, com a saudade e com essa dor que parece que nunca vai passar."

"Não consigo trabalhar, não consigo conversar, estou com raiva do mundo. Tenho ódio de mim. Tenho ódio dessa vida maldita que conseguiu descobrir meu ponto mais frágil (talvez o único) e me atingiu com um golpe muito, muito baixo. Não há palavra para me consolar. Não há abraço que me conforte. Não há piada que me faça rir. Tudo perdeu o sentido. Eu sei que esse desânimo vai passar e um dia eu voltarei a brincar como antes, a fingir que a vida pode ser boa, a distribuir sorrisos sem sinceridade, tentando enganar minha própria certeza: isso não vale a pena."

"Enquanto isso, vou me esconder em uma caverna em companhia da autopiedade e curtir a minha dor, a única coisa que é minha, só minha. Que ninguém vai tirar de mim. Talvez eu volte em dois dias, talvez demore dois anos. Talvez eu não volte nunca. Quem me conhece sabe o quanto isso tudo está conseguindo acabar comigo. Agradeço a todos que passaram por aqui, riram comigo, me fizeram enxergar coisinhas boas no meio de tanta merda, me fizeram acreditar mais em mim."

"Abaixo, os últimos minutos de vida da Fran. Para os que não me conheciam, o fantasma por trás dela sou eu."

E seguiam quatro fotos da Frances. O fato de Juliana referir-se a si própria como "fantasma", a mim mostrava o grande grau de culpa e de angústia que havia nela por causa de sua atitude. Então deixei nos comments esses dois poemas e enviei um e-mail para ela. Minha intenção foi a de tirar dela todo o seu remorso.

POEMA PARA FRANCES

Queria dar seu último salto,
Para o mundo dos sonhos lautos.
Ansiava à beira do derradeiro obstáculo,
Mas já não podia pular po si só
E só aceitaria ser ajudada
se fosse arremessada
por uma força grandona,
pela mais grata persona.
Conseguiu o que tanto queria:
Lançou-se no espaço etéreo
pelas mãos de sua dona.

POEMA PARA JULIANA

Tinha uma cadela.
Um dia, com seus olhos pidões,
a cachorra, num latido angustiante,
lhe pediu suplicante:
"Me leva, para que eu possa viver!"
"Claro, meu amor! te levarei agora
para a vida que queres ter."
E com doçura, enlaçou-a com a coleira
e levou-a para viver.
Mas só a alma foi junto com a cadela.
E o corpo que ficou
achou que tinha matado ela.

Se poesia não serve para acalentar o coração das pessoas, não serve mais para coisa alguma...

Kali.
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Não falo de mim,
mas do mundo,
bem mais importante
e interessante.
Quiçá, mais bonito :Þ

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