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quinta-feira, 26 de dezembro de 2002

Cena de Natal

Ontem, dia de Natal fui à delegacia prestar queixa. O carro de minha irmã foi arrombado. Na delegacia, observava o ambiente. As pessoas algemadas, suas fisionomias, o policial com arma na cintura, os advogados. No momento em que o escrivão fazia a ocorrência, um senhor de pobreza aparente chega e pergunta se poderia entregar algo para seu filho preso. "Visitas só amanhã", disse o escrivão. "Eu sei", respondeu o homem. "Eu apenas gostaria de saber se era possível vocês entregarem um negócio para meu filho. Um cartão de Natal". "Perfeitamente. Pode deixar aí que entregamos", disse o escrivão.

Então o homem deixou algo bem diferente daquilo que entendemos ser um cartão de Natal: uma folha de caderno manuscrita, sem envelope, sem nada.

Meus olhos não derramaram nenhuma lágrima por aquela cena. Mas minha alma se comoveu. Profundamente.

Gosto de observar as coisas à minha volta porque, como numa carta que vira cartão de Natal pelas mãos de um pobre pai que ama seu filho, a vida não está nas linhas, mas nas entrelinhas.

Kali.
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Não falo de mim,
mas do mundo,
bem mais importante
e interessante.
Quiçá, mais bonito :Þ

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