Poemas kálidos:

A Lenda do Beijo
A Mulher que Namorou o Tempo
Aldeia Global
Evolução
Lábios Trêmulos
Poema do Ciúme
Poesia Concreta
Poema do Blogueiro
Cachorra
 

       
Contos kálidos:


A Repulsa
Duetos
Os Olhos do Velho
Tempestade de Neve



Águas passadas 

2002

jan fev mar abr
mai jun jul

ago

set

out

nov

dez

2003

janfev mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2004

jan fev mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2005

jan fev mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2006

jan fev mar abr
mai jun jul ago

set

out

nov

dez

2007

jan fev mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2008

jan

fev

mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2009

jan

fev

mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2010

jan

fev

mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2011

jan

fev

mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

2012

fev

fev

mar abr
mai jun jul ago
set out nov dez

 



Blogs:

 
(Selo que concedo
aos blogs que admiro)

Recebi:

Visitantes:

Powered by Blogger

 

 

domingo, 24 de novembro de 2002

A Criança Dentro Dela

A Paula Foschia, que tem um dos blogues mais badalados e bem escritos, o Epinion (ela não é uma blogueira que escreve, mas uma escritora que bloga) num dia desses, fazia uma confissão. Vejam que legal:

Estou aqui sentada ao computador, comendo Frutinhas. Alguém lembra? Aquelas balinhas miúdas, umas bolinhas minúsculas coloridas numa caixinha simulando vidro? Encontrei hoje, num depósito de balas em Copacabana e estou aqui, voltando no tempo. Isso me fez pensar que, nessa última semana, voltei muito no tempo. Desde que me mudei comecei - inconscientemente? - um processo de voltar às minhas origens, de retomar meus antigos sonhos, voltar a perseguir meus ideais de infância. Sabe aquela coisa de quando te perguntam o que você quer ser quando crescer? Então. Isso. A gente cresce e acaba fugindo completamente do plano. Eu queria ser escritora, sempre quis, desde os cinco anos de idade, quando aprendi a ler. Assim que aprendi a escrever, fazia livrinhos pros meus irmãos mais novos lerem, fiz toda a sorte de revistinhas e zines, vendia pros amigos na escola, coisa e tal. O tempo passou e eu virei uma advogada. E de repente olhei pra minha vida e vi que ela não era pra mim. Talvez, em algum lugar por aí, tenha uma garotinha crescida como eu, que queria ser uma advogada de sucesso trabalhando no maior escritório da cidade. E provavelmente ela é médica, ou arquiteta, ou bibliotecária. E provavelmente ela nunca saberá porque está infeliz, porque às vezes sente aquele "despertencer" tão forte dentro dela. Talvez ela fique por lá para sempre. Eu não, eu dei o primeiro passo pra voltar aos meus sete anos, quando eu era uma criatura muito sábia. E comendo Frutinhas.

Pois bem, quando criança queria ser escritora. Hoje escritora, quer ser criança. Ganhou de mim esse poema, que ela gostou muito e até publicou em seu blogue. Uma grande honra pra mim:

O SER NO NÃO SER

Era advogada
mas queria ser escritora.

Um dia fez uma petição
em verso e prosa.

O juiz
deu então
razão a ela.

Por causa
do argumento
que embasou
o pedido em tela?

Que nada!
Viu no verso
um desenho de aquarela
e na prosa
a criança dentro dela.

Kali.
Gostou, assine.



 

 

Não falo de mim,
mas do mundo,
bem mais importante
e interessante.
Quiçá, mais bonito :Þ

Creative Commons License

Blog Kálido, escrito por kali, é licenciado sob as seguintes condições:
Creative Commons:
Uso Não-Comercial-Vedada a Criação de Obras Derivadas
2.5 Brasil License
.

 



Clique
nos cartões abaixo
para ver os diálogos.

imagens:
Kim Anderson
textos: kali